sexta-feira, 29 de março de 2013

 
Tema: as três dimensões da identidade cristã
 
Texto para mensagem: Tito 2. 11, 12
11 ¶ Porquanto a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens,
12  educando-nos para que, renegadas a impiedade e as paixões mundanas, vivamos, no presente século, sensata, justa e piedosamente,
 
 
Introdução: A identidade é um requisito para a felicidade. Não saber quem é ou ter um conhecimento incompleto de si mesmo produz uma personalidade desconexa e fragmentada. Não basta viver é preciso viver de maneira inteligente (sensata), de forma justa (honesta) e num relacionamento correto com Deus (piedosa). Neste sentido se faz necessário saber quem somos, se quisermos ter uma vida sadia e significativa. Eu preciso me achar enquanto indivíduo. Não é a comunidade que deve fornecer o meu senso de valor. Eu preciso saber o valor que tenho como indivíduo diante de Deus e da vida e, para isto, eu preciso saber as dimensões desta identidade. Quais são as dimensões desta identidade?


Dimensão Terrena – Tu és pó – Gn. 3. 19
- A estrutura corporal e física do ser humano é terrena. Somos matéria orgânica e isto nos afeta para o bem e para o mal – no suor do rosto comerás teu pão – o trabalho pode ser um prazer ou uma punição;
- A nossa condição de seres terrenos nos fornece uma identidade: Somos feitos da terra e nossos dias são poucos – Sl. 90. 3 – 12;
- O ser humano não deve ignorar sua corporeidade, sua materialidade, sua condição física sob pena de ter uma identidade defeituosa – gnosticismo cristão. O corpo não é para ser destruído, mas preservado – I Co. 6. 19, 20;
- O curso da nossa vida física é breve, porém é tudo que nossa mente racional é capaz de planejar. Gastamos a maior parte de nosso tempo investindo em coisas terrenas. É uma contradição desprezar o corpo que alimentamos e levamos ao médico periodicamente -  Ec. 3. 12, 13.

2- Dimensão Espiritual – somos filhos de Deus - I Jo. 3. 1
- Nossa filiação divina nos fornece uma nova esfera ou dimensão da vida, até então obscurecida pelo pecado. Não tínhamos sequer consciência dela – Ef. 2. 1, 2 –
- A dimensão do Espírito nos confere um sentido transcendente e pleno da vida – Jo. 4. 13, 14 – saímos do domínio das circunstâncias...
- Nossa corporeidade nos confere consciência espacial e sensorial. Mas nosso espírito nos confere consciência de vida eterna, de espiritualidade, de sobrenatural, de céu – Rm. 8. 16;
- A dimensão espiritual deve nortear a vida física, pois ela é eterna e soberana sobre a dimensão física e material – O reino do Espírito não ignora o reino da matéria, mas se sobrepõe a ele – Hb. 11. 3 e Lc. 17. 20, 21;
- Estamos na terra, apoiados na matéria, mas a nossa esperança vem do Céu – Fp. 3. 20 (nossa comunidade, nosso estado original, nossa terra); Somos uma revelação ambulante do caráter e da natureza de Deus.

3- Dimensão Humana– Somos conhecedores do bem e do mal - Gn. 3. 22
- Ser humano é uma sina irrevogável. Conhecemos o bem e o mal. A grande questão é por qual vamos optar – Rm. 7. 22 – 25;
- A existência humana é determinada pela matéria e pelo espírito, mas a consciência desta existência é dada pela alma. É a alma que nos faz acreditar que somos humanos – Ego eimi: Eu sou
- O cristão é um humano mais pleno porque é dotado da capacidade de rejeitar o mal – Rm. 6. 14 – ele é um humano restaurado;
- Ser um humano é um privilégio no universo. Somos os únicos seres criados por Deus, que tendo uma natureza pecaminosa, ainda assim buscamos uma vida de santidade.

Conclusão: O homem é um ser complexo, mas organizado; o homem é um ser conflituoso, mas criado com um propósito. Somos pó, mas não apenas pó, somos espírito, mas não apenas espírito. Somos humanos de um jeito que ninguém mais pode ser, pois Deus achou tanta graça em nós que resolveu se parecer conosco. No éden ele nos dá sua imagem, mas nos últimos dias, nos lhe damos a nossa imagem.

sábado, 23 de março de 2013




QUAL A SUA ATITUDE DIANTE DO OUTRO?

TEXTO: LUCAS 10. 29 - 37
29 Ele, porém, querendo justificar-se, perguntou a Jesus: Quem é o meu próximo?
30 Jesus prosseguiu, dizendo: Certo homem descia de Jerusalém para Jericó e veio a cair em mãos de salteadores, os quais, depois de tudo lhe roubarem e lhe causarem muitos ferimentos, retiraram-se, deixando-o semimorto.
31 Casualmente, descia um sacerdote por aquele mesmo caminho e, vendo-o, passou de largo.
32 Semelhantemente, um levita descia por aquele lugar e, vendo-o, também passou de largo.
33 Certo samaritano, que seguia o seu caminho, passou-lhe perto e, vendo-o, compadeceu-se dele.
34 E, chegando-se, pensou-lhe os ferimentos, aplicando-lhes óleo e vinho; e, colocando-o sobre o seu próprio animal, levou-o para uma hospedaria e tratou dele.
35 No dia seguinte, tirou dois denários e os entregou ao hospedeiro, dizendo: Cuida deste homem, e, se alguma coisa gastares a mais, eu to indenizarei quando voltar.
36 Qual destes três te parece ter sido o próximo do homem que caiu nas mãos dos salteadores?
37 Respondeu-lhe o intérprete da Lei: O que usou de misericórdia para com ele. Então, lhe disse: Vai e procede tu de igual modo.


Introdução: Quem é o outro? O que ele significa para você? O outro é absolutamente estranho? Ele tem liberdade para participar da sua vida? Você inclui o outro nos seus planos? Há espaço neste momento para o outro ou sua vida ocupa todo o espaço? Vamos analisar hoje qual a minha atitude diante do outro.

Atitude 1 – EGOÍSTA – v. 31 – personagem 1 - sacerdote
- A frase passar de largo é significativa – no texto original dá a idéia de mudar de margem da estrada;
- Neste sentido, o outro não faz parte da minha agenda. O ferido não cabia na agenda do sacerdote... “coisas mais importantes o esperavam”
- O pensamento do egoísta é: Meu status quo não deve ser posto em risco pelo sofrimento de meu próximo;
- Minha violência é considerar que a vida do outro não é preciosa. O ladrão também pensava assim – v. 30;
- O egoísta não assume o próximo, senão, para usufruir dos seus bens – v. 30.

Atitude 2 - CORPORATIVISTA – v. 32 – personagem 2 - Levita
- A palavra também é um símbolo do corporativismo – os outros não fazem nada eu também não faço – o sacerdote não se importou e o levita idém;
- O corporativista só pensa no seu grupo de interesses. Não é capaz de se libertar das amarras e promover o bem do outro;
- O próximo só é próximo se pertencer a sua “panelinha” – o levita era religioso, mas o ferido não tinha aparência religiosa;
- Nossa formação, nossa profissão e nossa posição social não devem ser engolida pelos interesses do mercado. O mercado é criação nossa, ele não deve nos subjugar...


Atitude 3 – ALTRUÍSTA – v. 33 – Personagem 3 - Samaritano
- O altruísta não se guia somente pelo que ouve ou vê. Ele é capaz de consultar seu coração – aproximou, viu e teve compaixão – v. 33;
- Na agenda do altruísta há espaço para as necessidades do próximo – v. 34; Nenhuma atividade humana é digna se as necessidades do outro não forem consideradas;
- O altruísta não pensa no que o outro pode lhe oferecer, mas no que o outro está precisando. A primeira finalidade de toda profissão deve ser servir ao outro;
- O egoísta está sempre precisando, o corporativista está sempre politicando, mas o altruísta está sempre ajudando – cedeu montaria, recursos financeiros, tempo, apoio – v. 34, 35.

Conclusão: A minha atitude diante do outro demonstra que tipo de pessoa eu sou. Na minha jornada, os primeiros pensamentos não devem ser: Quanto será o meu salário? Quais as vantagens que o cargo me dará? Mas os meus primeiros pensamentos devem ser: Como posso ser útil? Onde precisam de mim? Como posso ajudar?