quarta-feira, 24 de junho de 2015


QUAL O TEMPO DE FAZERMOS ALIANÇAS?

TEXTO: 2 SAMUEL 5. 1 – 5

1 ¶ Então, todas as tribos de Israel vieram a Davi, a Hebrom, e falaram, dizendo: Eis-nos aqui, teus ossos e tua carne somos.
2  E também dantes, sendo Saul ainda rei sobre nós, eras tu o que saías e entravas com Israel; e também o SENHOR te disse: Tu apascentarás o meu povo de Israel e tu serás chefe sobre Israel.
3  Assim, pois, todos os anciãos de Israel vieram ao rei, a Hebrom; e o rei Davi fez com eles aliança em Hebrom, perante o SENHOR; e ungiram Davi rei sobre Israel.
4  Da idade de trinta anos era Davi quando começou a reinar; quarenta anos reinou.
5  Em Hebrom reinou sobre Judá sete anos e seis meses; e em Jerusalém reinou trinta e três anos sobre todo o Israel e Judá.


Introdução: As alianças são tão antigas quanto o homem. Deus trabalha com alianças no relacionamento com o ser humano. Ele fez aliança com Adão, com Noé, com Abraão, com Moisés, com Davi, com a igreja. Precisamos saber o tempo correto das alianças. A vida exige alianças se quisermos sobreviver. Mas, qual é o tempo da de fazermos aliança?

1-    Quando há paz e concordâncias
·        As duas casas cessaram a guerra – Israel e Judá pararam de guerrear pois as duas casas estavam sofrendo perdas – 2 Sm. 3. 21;
·        Cessaram as disputas por interesses diferentes e todos abraçaram o mesmo projeto – mesma carne, mesmo osso – Gn. 2. 23;
·        Quando não há paz, as alianças não prosperam – 2 Sm. 3. 21, 30;
·        A aliança para ser firmada precisa ser feita com a totalidade do nosso ser – 2 Sm. 5. 1 e Rm. 10. 9, 10.

2-    Quando é o tempo do cumprimento das promessas de Deus
·        Os fatos demonstram que a profecia estava se cumprindo –2Sm.5. 2
·        A aliança exige maturidade das partes envolvidas – 2 Sm. 5. 3 – os anciãos perceberam o momento de fazer aliança...
·        No cumprimento da profecia há um consenso sobre a vontade de Deus – Ed. 1. 1 – 4;
·        As alianças são formas de preservação do povo de Deus – A lei de Moisés foi uma forma de preservar aquela sociedade – não matar, não roubar, não prejudicar o outro. Nenhuma sociedade sobrevive sem alianças.


quarta-feira, 17 de junho de 2015



 
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COMO PODEMOS DESPERTAR O CIÚME DE DEUS?

Ele me disse: Filho do homem, levanta agora os olhos para o norte. Levantei os olhos para lá, e eis que do lado norte, à porta do altar, estava esta imagem dos ciúmes, à entrada -  Ezequiel 8. 5
Introdução: Dentro de um relacionamento há sempre a possibilidade de gerar sentimentos e emoções variadas. Os casais sentem paixão, amor, ciúme, alegria, decepção, realização, frustração etc. No relacionamento com Deus não é diferente. Nosso comportamento pode inclusive despertar o ciúme santo de Deus. Como e quando isto ocorre?
Texto básico: Ezequiel 8. 1-18
A)   COLOCANDO ALGUÉM NO LUGAR DELE – Ez. 8. 1- 12
·         A imagem representava a presença de um deus estranho – Jeová havia afirmado nela estarão meus olhos todos os dias – 2 Cr. 7. 16
·         Aquela imagem era um substitutivo para a presença de Deus. Inconscientemente podemos estar substituindo a pessoa de Deus por alguma pessoa – Atos 14.1 - 13
·         As pinturas eram formas de criar um Deus de acordo com a imaginação do adorador – as obras artísticas (pinturas, mosaicos, vitrais, arquitetura do templo) podem levar o cristão a transferir sua adoração para o templo – Êxodo 20. 4
·         Havia um ritual semelhante ao oferecido a Deus de Israel, mas o receptor do culto era um deus falso e ilusório – Ez. 8. 11.

·         B- COLOCANDO UMA EXPERIÊNCIA RELIGIOSA NO LUGAR DELE -  Ez.8. 13 – 14
·         As mulheres estavam adorando em choros convulsivos e lágrimas. A chegada da primavera marcava o ressurgimento da vida – Tamuz era o deus que ressurge da morte;
·         Tamuz simboliza a experiência com o místico desconhecido, com o sobrenatural, sem o conhecimento do verdadeiro Deus – Colossenses 2. 18;
·         A adoração da experiência religiosa será sempre um perigo, pois afasta o fiel do Deus a ser adorado e o leva a cultuar a experiência religiosa;
·         O culto era espiritual, pois Tamuz não estava ali, mas não era em verdade, pois Tamuz era um ídolo (demônio)- Jo. 4. 24.

C-  COLOCANDO OUTRA CASA NO LUGAR DA CASA DE DEUS– EZ 8. 15, 16
·         O afastamento progressivo dos cultos e da casa de Deus é um sinal que colocamos outra casa no lugar da casa de Deus – Hb. 10. 24, 25;
·         O processo de afastamento da igreja é lento e contínuo. Começa no altar e termina na porta de entrada do templo. Ez. 8. 5;
·         Quando deixamos de freqüentar a casa de Deus, pode ser um sinal que não estamos interessados na companhia do dono da casa – Mt. 22. 4 – 6;
·         Quando estamos em comunhão com Deus, desejamos a presença dos irmãos. A distância da congregação é um sinal de afastamento de Deus – Atos 2.46.

quinta-feira, 11 de junho de 2015

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QUANDO AS LEMBRANÇAS AMARGAS DO PASSADO INVADEM NOSSO PRESENTE.
Texto Básico: Gn. 42. 21, 22

Então disseram uns aos outros: Na verdade, somos culpados acerca de nosso irmão, pois vimos a angústia da sua alma, quando nos rogava; nós porém não ouvimos, por isso vem sobre nós esta angústia. E Rúben respondeu-lhes, dizendo: Não vo-lo dizia eu: Não pequeis contra o menino; mas não ouvistes; e vedes aqui, o seu sangue também é requerido.

Introdução: Vez por outra percebemos em nossa vida comportamentos infantis e inadequados. Diante disto ficamos envergonhados e sem entender o motivo de tais. Muitos de nós permanecem condicionados por lembranças amargas do passado, e estas memórias acabam determinando atitudes hostis, vingativas e até perversas. A pergunta que deve ser feita é: O que acontece quando as lembranças amargas do passado invadem nosso presente?

I- A culpa se torna um sentimento real, diário e inseparável – "...somos culpados... - v. 21
·         Todas as ações e reações estavam ligadas à culpa – os irmãos de José possuíam um universo emocional desajustado e instável - v. 21
·         Não havia descanso, nem paz permanente – os conflitos sempre brotavam como resposta a insegurança interior;
·         O coração passa a alimentar-se somente de lembranças tristes (... vimos a sua angústia...) – as lembranças, apesar do tempo, eram vívidas – Pv. 15. 13 – 20 anos se haviam passado;
·         As imagens negativas que geraram culpa invadem o presente, que perde a razão de ser. O passado se reproduz no presente. –“O que somos hoje é um produto de como nos lembramos de acontecimentos passados(...). Frequentemente nos tornamos a imagem daquilo que lembramos - citação do livro “O passado a seu favor, p. 37).


II- Entramos num processo de auto-condenação - “por isto é vinda está angústia sobre nós..."
·         Passamos a sentirmo-nos irritados conosco mesmo – Reprovamos as atitudes que nos levaram àquela situação – “...não lhe acudimos..." (nós não prestamos, pois falhamos com nosso irmão);
·         Começamos a alimentar uma auto-rejeição – este sentimento invadindo nosso coração se torna altamente destrutivo e pode nos levar a morte emocional e/ou física – Judas (Mt.27. 3- 5);
·         Buscamos meios de compensar os nossos erros, nos expondo a situações aviltantes e humilhantes, entretanto isto não produz alívio de nossa culpa – 2 Sm. 9. 8;
·         Tornamo-nos prisioneiro do julgamento e condenação de nossa consciência. Não acreditamos que haja conserto para o mal que fizemos ou que sofremos – Gn. 42. 22 - “eis que se requer de nós o seu sangue”.

III- Somos desafiados a enfrentar estas lembranças amargas e buscar a cura – Lm. 3. 19, 20;
·         Não há tratamento sem diagnóstico – não há diagnóstico sem levantamento de dados – as lembranças do passado de sofrimento de Jeremias precisavam ser tratadas e esquecidas;
·         Enfrentar as lembranças do passado pode ser doloroso, mas se faz necessário, para que elas não se transformem em fantasmas que aterrorizem nosso presente – fantasmas não tem existência própria, mas causam medo e tormento real – Mc. 9. 21, 22;
·         O passado de sofrimento revelado é um mecanismo de cura no presente – Lc. 8. 46, 47;
·         O processo de cura das lembranças amargas desta mulher (Lucas 8. 46) precisava passar pela confissão, perdão, exposição e restauração – a confissão dos seus pecados, o perdão para aqueles que o feriram, a exposição de sua doença se fez necessária porque sua doença era pública e notória – ela precisava ver face a face os seus concidadãos sem nenhum ressentimento ou constrangimento. Ela foi doente, hoje está curada. Glória a Deus – Mc. 5. 33, 34 – a cura era pública também;
·         A cura precisa ser completa, esta mulher recebeu uma cura tríplice – cura física pelo toque, cura emocional pela confissão, cura espiritual pela palavra de salvação que recebeu – esta é a cura completa que Jesus tem para nossa vida – Mc. 5. 34


Conclusão: Diante disto para que haja libertação das lembranças amargas do passado faz – se necessário, algumas atitudes:
·         Se você é a parte ofendida, perdoe francamente (não minore o mal que te fizeram, perdoe-o na proporção da ofensa) – Gn. 50. 18 – 20;
·         Se você é a parte culpada, não diminua a gravidade do seu pecado. Assuma o que você fez por completo e receba o perdão suficiente para este pecado e abandone toda culpa. Pecado confessado é pecado perdoado – Sl. 51. 4.


Pastor José Roberto Limas da Silva



segunda-feira, 1 de junho de 2015

Como a igreja evangélica pode produzir cultura na terra brasileira?
TEXTO: JOSUÉ 15. 16, 17
16  Disse Calebe: A quem derrotar Quiriate-Sefer e a tomar, darei minha filha Acsa por mulher.
17  Tomou-a, pois, Otniel, filho de Quenaz, irmão de Calebe; este lhe deu a filha Acsa por mulher.

Introdução: O relato bíblico fala de um período de instalação da nação israelita na região de Palestina, em que era dominada pelos cananeus, que possuía uma estrutura social, política, religiosa e cultural totalmente diferente dos hebreus. Para Israel era o momento de conquista, de tomar posse da terra que Deus lhe prometeu. Era o momento de construir uma nova história. Uma experiência parecida acontece com a igreja evangélica brasileira, que se vê diante do desafio de ocupar espaços na política, na educação, na cultura de nosso país. Ocorre que acostumamos a desconstruir a cultura religiosa romana, a criticar o modelo político brasileiro e a questionar a estrutura educacional que privilegiava a igreja católica. E agora qual a nossa proposta para a política, para a educação, enfim, para a cultura brasileira?

1-    TER UMA ATITUDE CONSTRUTIVA E NÃO DESTRUTIVA.
·         Não desprezar as conquistas culturais e científicas que vieram antes de nós – Ex. 18. 18, 19 – Jetro era um homem instruído, capaz e visionário – Moisés ouviu o que ele tinha a dizer – aprendeu sobre democracia representativa – liderança compartilhada. Diferentemente dos regimes do Islã que põem fogo nos redutos culturais e religiosos dos cristãos;
·         Não destruir a identidade cultural, mas redirecioná-la. A alegria, a improvisação, a criatividade, a emoção são características do povo brasileiro e não devem ser destruídas. O carnaval, as festas folclóricas são tentativas profanas de expressar esta alegria. Podemos expressar alegria sem sermos vulgares ou ofensivos a Deus;
·         As estratégias do passado não servem para o novo momento da igreja. A igreja que vivia em guetos, em recantos, em ambientes fechados precisa, agora, mostrar a cara no espaço público – Josué 11. 13. Não é tempo de queimarmos a cultura, mas apresentarmos alternativas;
·         É o tempo de conquistar os espaços acadêmicos pela competência e não pela imposição religiosa – Js. 15. 15, 16 - As cidades da planície eram fáceis de queimar, mas Quiriate Sêfer (cidade dos livros) era uma cidade na montanha e,  uma cidade na montanha, não era prudente queimar;
·         A cidade dos livros (a sociedade do conhecimento) não é para ser queimada, mas conquistada com inteligência e destreza. Se queimarmos a cidade da montanha, será destruída a nossa sobrevivência cultural – campos e florestas serão destruídos com a cidade;
·         Queimar a história só porque não gostamos dela, não vai mudá-la. Precisamos dar um novo prosseguimento, aproveitando as coisas boas que estão presentes – Atos 17. 22, 23 – o país nosso é muito bom, nosso povo é maravilhoso, só precisamos conduzi-los por um caminho seguro – Não devemos esquecer-nos de exemplos da história como a biblioteca de Alexandria, que era a maior do mundo – do século III A. C ao século V depois de Cristo – continha mais de 400.000 rolos de papiro (filosofia, direito, matemática, astronomia etc), mas tudo isto foi destruído, segundo a tradição, por um árabe que não queria concorrência com o alcorão. Outras fontes indicam um imperador Romano;
·         Queimar ou destruir uma cultura é característica de quem não tem nada melhor a oferecer. As cidades montanhosas exigiam um esforço a mais para conquistá-las, pois, possuíam bosques densos, feras no seu interior e as cidades possuíam gigantes – Js. 17. 14, 17, 18;
·         A cultura brasileira tem gigantes na literatura, como Machado de Assis, Jorge Amado e Paulo Coelho – autor vivo mais traduzido no mundo inteiro – já vendeu 174.000.000 (alquimista 72 idiomas) de exemplares. Qual nossa produção literária? Grandes Best Sellers americanos são de procedência evangélica – I Co. 2. 6 – As crônicas de Nárnia do escritor inglês C. S Lewis vendeu 120.000.000 em 41 idiomas, sendo uma ficção evangélica de sucesso mundial;
·         Quiriate Sefer é um tipo de cidade dotada de sabedoria e depósitos de conhecimento. Assim, também, a cultura secular é bem estruturada e de difícil penetração para o cristão, mas nos temos estratégia e armas para conquistar estes redutos – 2 Co. 10. 4, 5.


Conclusão: É o tempo de produzirmos cultura religiosa, literária, artística, educacional e política para o nosso país. Que Deus nos ajude! Amém!


Mensagem pregada pelo Pr. José Roberto Limas da Silva na Igreja Batista Nova Vida em  17 de agosto de 2014.