segunda-feira, 29 de agosto de 2016

CRISTO GLORIFICADO





Quem é o Jesus ressurrecto?
Texto 1: Atos 7. 55, 56
55 Mas Estêvão, cheio do Espírito Santo, fitou os olhos no céu e viu a glória de Deus e Jesus, que estava à sua direita,
56 e disse: Eis que vejo os céus abertos e o Filho do Homem, em pé à destra de Deus.

Texto 2: Filipenses 2. 9 – 11.
9 Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome,
10 para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra,
11 e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai.

Introdução: Somos capazes de tecer uma descrição minuciosa sobre o Jesus histórico e sociológico, entretanto, temos grandes dificuldades em descrevê-lo, já glorificado. São poucos os encontros com o Jesus glorificado (Paulo e João (em Patmos), basicamente. Entretanto, Cristo, hoje, não está na sua condição humilhada, mas está exaltado e reinando na presença do Pai. Precisamos conhecê-lo, nesta condição, também. Mas quem é, de fato, o Cristo Ressurrecto e Glorificado?

1- Ele tem a glória do Pai e a aparência do homem – Atos 7. 55, 56
  • Ele está exaltado ao lado do pai e conserva sua natureza humana. Isto é demonstrado com clareza pelas Escrituras: “Pois existe um só Deus e uma só pessoa que une Deus com os seres humanos — o ser humano Cristo Jesus (...).” (I Timóteo 2. 5 NTLH);
  • Ele está exaltado sobre toda a criação, está assentado à direita do Pai, mas não abriu mão de sua herança humana, nem do seu compromisso conosco. Por isto a as Escrituras afirmam com todo o vigor: “Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus e também intercede por nós.” (Romanos 8:34 RA);
  • A sua glorificação não anulou sua encarnação. Seu ministério terreno não foi esquecido, mas confirmado na glorificação, quando as Escrituras deixam claro que: “vemos, todavia, aquele que, por um pouco, tendo sido feito menor que os anjos, Jesus, por causa do sofrimento da morte, foi coroado de glória e de honra, para que, pela graça de Deus, provasse a morte por todo homem.” (Hebreus 2:9 RA);
  • O Filho de Deus, agora, em sua glória eterna, não renunciou á sua dimensão sociológica e histórica, conservando o nome que recebeu na sua encarnação e se auto-denominando, assim: “Eu, Jesus, enviei o meu anjo para vos testificar estas coisas às igrejas. Eu sou a Raiz e a Geração de Davi, a brilhante Estrela da manhã.” (Apocalipse 22:16 RA)

2- Ele tem todo o poder em todas as instância (terrenas e celestiais) – Fp. 2. 9 – 11.
  • Jesus, na condição de Filho de Deus exaltado, assume as rédeas de toda a criação, porque o Pai o “constituiu herdeiro de todas as coisas” (Hebreus 1. 2). A dimensão da exaltação é da humanidade de Jesus. Existe um homem que é Dono/Senhor/Rei/Soberano de todo o universo;
  • O homem (Adão) que tinha a aparência de Deus (imagem e semelhança) recebeu a terra para administrar e fracassou; o homem que tem a essência de Deus (Jesus de Nazaré) recebeu o universo, a vida, as criaturas, o céu para administrar e prevaleceu, “Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome, para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra, e toda língua confesse que Jesus Cristo é Senhor, para glória de Deus Pai.” (Filipenses 2:9-11 RA);
  • Ele está entronizado, aguardando o momento de assumir, efetivamente, o seu governo. Ele já foi coroado, falta tomar posse. Suas leis já vigoram, chegará o momento que Ele cobrará responsabilidades de todos. E, então, será anunciado pela corte celestial que o “reino do mundo se tornou de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará pelos séculos dos séculos.”(Apocalipse 11.15b).

terça-feira, 23 de agosto de 2016

UMA ANALOGIA: VIDA CRISTÃ E OLIMPÍADAS




Como fazer a vida valer a pena (uma analogia com as olimpíadas)?



Texto: 1Co. 9. 24- 28.

“24 ¶ Não sabeis vós que os que correm no estádio, todos, na verdade, correm, mas um só leva o prêmio? Correi de tal maneira que o alcanceis. 25 Todo atleta em tudo se domina; aqueles, para alcançar uma coroa corruptível; nós, porém, a incorruptível. 26  Assim corro também eu, não sem meta; assim luto, não como desferindo golpes no ar. 27  Mas esmurro o meu corpo e o reduzo à escravidão, para que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado.” (1 Coríntios 9:24-27 RA)


Como fazer a vida valer a pena (uma analogia com as olimpíadas)?
Introdução: Ao nascer somos presenteados com a vida. A vida é uma responsabilidade e uma administração que dura toda nossa existência. A responsabilidade de cuidar dela e fazê-la valer a pena, pertence a nós. Examinando a história, vemos que na maioria das pessoas não conseguiram este êxito. O grande desafio nosso, então, é viver uma vida que valha a pena. Mas como fazer a vida valer a pena?

1) Reconhecendo que nós não teremos outra oportunidade – I Co. 9. 24
  •  Não podemos errar com nossa vida. Só participamos de uma "olimpíada" da vida, não haverá outra – I Co. 9. 24 – devo correr para vencer, ou seja, devo viver para valer a pena...;
  • Não há prêmios de consolação, nem medalha de prata ou bronze na “corrida da vida”. A vida precisa ter sentido e valer a pena – “correi de tal maneira que alcanceis”;
  • A vida terrena não se repete. O estádio (medida de 192 metros) é o curso da vida. Nós temos um percurso a ser cumprido e isto é, somente, o que temos, nada mais. O “restante”[1] da eternidade depende do nosso desempenho nesta corrida;
  • A nossa vida é uma corrida terrena que precisamos nos preocupar em chegar bem ao final dela – I Co. 9. 26 – precisamos correr em direção á linha final e não ficar dando voltas em círculos, como os judeus ficaram quarenta anos no deserto. Estamos numa luta que não podemos errar o alvo e socar o ar, senão o adversário (satanás/pecado) me joga na lona (o pugilismo/boxe é o que Paulo tem em mente em I Co. 9. 26 – vide NTLH).
2) Sabendo que os nossos sacrifícios precisam de uma recompensa verdadeira–ICo. 9. 25
  • Viver, neste mundo, envolve sacrifícios. A vida não deve nos dominar, mas nós devemos dominá-la e conduzi-la da forma que agrada a Deus – I Co. 9. 25 – as olimpíadas eram uma festa religiosa e esportiva – na abertura eram oferecidos sacrifícios aos deuses. As práticas esportivas eram realizadas em Olímpia[2] (cidade grega, onde havia um santuário de adoração a Zeus, principal deus da mitologia grega – Atos 14. 12, 13);
  • Para que ou para quem sacrificamos determina se nossa vida valerá ou não a pena. Vamos receber sempre uma coroa (recompensa) pelos nossos sacrifícios (coroa de oliveira ou de louro, ou a coroa da vida/da justiça/da glória – 2 Tm. 4. 8, Tg. 1. 12, I Pd. 5. 4);
  • Precisamos escolher a coroa que queremos receber. Uma coroa que dure algum tempo e depois murcha (coroa de oliveira selvagem), ou uma coroa que permaneça para a vida eterna (I Pd. 5. 4, coroa imarcessível/imurchável, que não pede o viço, que não se corrompe, que não altera suas propriedades);
  • Precisamos submeter nossas vontades e desejos ao projeto de vida que Deus tem para nós para não sermos reprovados – I Co. 9. 27 – reduzir o corpo á escravidão, ou seja, submeter o corpo á “prova olímpica.”




[1] Restante da eternidade é uma força de expressão, pois a eternidade não é mensurável.
[2] Fonte: http://www.turismogrecia.info/guias/grecia/os-jogos-olimpicos-na-grecia-antiga


sexta-feira, 19 de agosto de 2016

CRISTÃO EM AÇÃO





Como deve ser a ação do cristão no mundo?


Texto: Mateus 27. 57 – 60

57 ¶ Caindo a tarde, veio um homem rico de Arimatéia, chamado José, que era também discípulo de Jesus.

58  Este foi ter com Pilatos e lhe pediu o corpo de Jesus. Então, Pilatos mandou que lho fosse entregue.

59  E José, tomando o corpo, envolveu-o num pano limpo de linho

60  e o depositou no seu túmulo novo, que fizera abrir na rocha; e, rolando uma grande pedra para a entrada do sepulcro, se retirou.


Introdução: O cristão é um embaixador de Deus no mundo, por isto nosso comportamento no mundo deve ser orientado e direcionado. Não devemos desperdiçar nosso tempo, vivendo irresponsavelmente. Temos uma missão a cumprir e nossa estadia é breve. Precisamos saber, então, como deve ser nossa ação neste mundo.



1- Baseando na fé nossas ações – v. 57, 58

  • Nossas ações devem ser, primeiramente, respostas a nossa fé, não reações em face de circunstâncias oportunas. Não era uma “boa ocasião” para se preocupar com o destino do corpo de Jesus, mas José agiu movido pelo seu amor a Cristo;
  • O poder de nossas ações está baseado em nossa fé. Ações desprovidas de convicção não produzem frutos definitivos – Rm. 14. 23;
  • O mundo foi criado e é sustentado por princípios espirituais. Só podemos compreender a criação e o propósito do mundo, agindo por fé – Hb. 11. 3 – sem fé o mundo é incompreensível, pois se ele fosse compreensível não havia nada mais para ser descoberto...

2- Usando nossa capacidade de influenciar pessoas – v. 58

  • Nossa posição na comunidade deve ser usada para influenciar nosso entorno social – José de Arimatéia era um político importante e soube usar sua influência para beneficiar o Reino de Deus – Mc. 15. 43;
  • Nossa posição é sempre estratégica no Reino de Deus. Somos os embaixadores deste reino, dentro de um contexto social e cultural que nos é familiar – Ez. 3. 4, 5;
  • Não devemos minorar ou obstaculizar a capacidade que temos de atingir as pessoas. Somos sal e luz exatamente para temperar e iluminar a vida de quem está ao nosso alcance – Mt. 5. 13 – 16.

3- Investindo nossos recursos materiais no Reino de Deus – v. 59, 60.

  • Nossas riquezas precisam estar sujeitas ás necessidades do Reino de Deus – Lc. 12. 16 – 21 – o rico via a vida assim: meus celeiros, meus produtos, meus bens. Ele era rico para si e miserável para com Deus. Nós, diferentemente, devemos ser pobres para nós e ricos para com Deus;
  • Nossos bens só fazem sentido quando podem ser disponibilizados para o serviço de Deus. José de Arimatéia comprou um lençol de linho novo e usou um túmulo aberto na rocha, que nunca fora usado (Mc. 15. 46);
  • Precisamos usar nossos recursos para dar uma vida digna para aqueles que estão a serviço de Deus, seja na vida, seja na morte – Lc. 8. 1 – 3; Jo. 19. 38 – 40 (NTLH).

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

HOMENAGEM AOS PAIS

fonte: google imagens
 


QUAL O TIPO DE PAI QUE PODEMOS SER?
Texto: I Cr. 28. 10, 11.
10 Agora, pois, atende a tudo, porque o SENHOR te escolheu para edificares casa para o santuário; sê forte e faze a obra.
11 Deu Davi a Salomão, seu filho, a planta do pórtico com as suas casas, as suas tesourarias, os seus cenáculos e as suas câmaras interiores, como também da casa do propiciatório.

Introdução: Hoje é dia dos pais. Acreditamos que nosso papel, como pais, é especial e insubstituível. Hoje, não vamos criticar e questionar o que não conseguimos fazer até aqui. Vamos pensar no que podemos fazer daqui para frente. Qual o tipo de pai que podemos ser?

1- Pais que mostrem o caminho – I Cr.28. 11

  • Podemos ser pais corajosos que mostrem a verdade e o caminho certo para nossos filhos – a planta (vide texto) significa o projeto de vida ideal...;
  • Pais que sejam os primeiros mestres dos seus filhos – Pv. 4. 3, 4;
  • Pais que enfrentam os desvios dos seus filhos e os corrijam – I Rs. 1. 5, 6 – a compensação das nossas deficiências morais com concessões inadequadas é o caminho para o fracasso de nossos filhos.


2- Pais que andem no caminho

  • Podemos ser pais presentes que andam juntos com seus filhos – Pv. 22. 6;
  • Pais que saibam interpretar a cosmovisão dos seus filhos e a realidade sociológica dos seus filhos – conhecer a ideologia e o jeito de viver de seus filhos – Ex: o que é o Pokemom Go?[1]
  • Pais que eduquem à medida que caminham com seus filhos – Pv. 4. 3, 4. Educação e instrução na convivência e não apenas de forma legislativa.


3- Pais que facilitem o caminho – ICr. 29. 1, 2

  • Pais que procuram meios de pavimentar o caminho dos filhos, percebendo suas limitações e fragilidades – Salomão era novo e inexperiente – ICr. 29. 1, 2;
  • Podemos ser pais que se preocupam com a realidade emocional e conjugal de nossos filhos – Gn. 24. 1 – 4;
  • Pais que abram espaço para o progresso dos filhos – ICr. 28. 20 – Filho eu te mostro o caminho e te ajudo, mas vá você e faça (seja forte e faça a obra)!

Conclusão: Podemos ser pais melhores, basta querermos. Esta é a vontade de Deus para nós. Nossa família depende de nós. Vamos cuidar dela!



[1] Programa de produção de monstrinhos virtuais que se espalham por espaços geográficos (através do Google maps). Os caçadores de pokemons vasculham lugares possíveis onde estão estes monstrinhos (em monumentos, pontos turísticos, praças, lugares de grande concentração) – Perigos? Acidentes pela distração e risco ser alvo de ciladas de hakers, copiando dados do seu cadastro no Google. Qual a cosmovisão da geração de nossos filhos?  A interação entre o mundo real e o virtual – eles trafegam nos dois mundos. Para nossa geração o mundo virtual é irreal e fantasioso, já para nossos filhos o virtual interage com o real. Nossos filhos estão mais treinados no virtual e no computacional que na vida real dos relacionamentos (sinais de ansiedade, timidez, medo de falar em público, dificuldade de convivência – por outro lado, mais rápidos na solução de problemas profissionais, na obtenção de informações, no acesso às coisas).