terça-feira, 26 de dezembro de 2017



QUAL A IGREJA QUE DEUS ESPERA QUE SEJAMOS?
Texto: Ef. 4. 15, 16.

15 Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo,
16 de quem todo o corpo, bem ajustado e consolidado pelo auxílio de toda junta, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor.

“Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, de quem todo o corpo, bem ajustado e consolidado pelo auxílio de toda junta, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor.” (Efésios 4:15-16 RA)

“Pelo contrário, falando a verdade com espírito de amor, cresçamos em tudo até alcançarmos a altura espiritual de Cristo, que é a cabeça. É ele quem faz com que o corpo todo fique bem ajustado e todas as partes fiquem ligadas entre si por meio da união de todas elas. E, assim, cada parte funciona bem, e o corpo todo cresce e se desenvolve por meio do amor.” (Efésios 4:15-16 NTLH)

“Antes, seguindo a verdade em caridade, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, do qual todo o corpo, bem ajustado e ligado pelo auxílio de todas as juntas, segundo a justa operação de cada parte, faz o aumento do corpo, para sua edificação em amor.” (Efésios 4:15-16 RC)

Introdução: Qual o modelo de igreja? Qual a expectativa de Deus em relação à igreja? Qual é o sinal de amadurecimento de uma igreja? Hoje, falaremos sobre a igreja que o Senhor espera que sejamos:

1- Uma igreja coesa – uma igreja unida - unida
·        A coesão é o resultado da proximidade. A união remove as brechas e une as partes, formando um todo – bem ajustado (sinarmologoumenov – organizar de maneira compacta); Ef. 4. 16
·        Trata-se de uma união construída e organizada pelos membros desta mesma organização. É a união como atração, necessidade, vocação, propósito comum – como a chuva une as partículas de poeira e pó – Ef. 4. 1;
·        A Coesão é a união com objetivos que somente são alcançados na condição de grupo – até que todos cheguemos – Ef. 4. 13;
·        A coesão nos mantêm colados e apoiados uns nos outros - I Co. 12. 21, 22.
2- Uma igreja sistêmica – comunga todas as partes - comungante
·        A igreja precisa ter uma postura sistêmica, onde todas as bênçãos circulam pelo corpo de Cristo – 1Co. 12. 26;
·        As partes precisam se comunicar entre si. A Coesão não pode matar a porosidade do organismo. União sem respeito às diferenças sufoca o corpo, ou seja, destrói a porosidade – ligadas entre si – Ef. 4. 16b;
·        A vida sistêmica da igreja é a prova de que ela está crescendo de forma sadia – At. 4. 32;
·        Todas as partes do corpo devem estar interconectadas, a fim de nenhum membro fique prejudicado – At. 4. 34, 35.

3- Uma igreja colaborativa – trabalha junto – atuante
·        Os membros da igreja precisam aprender a trabalhar em grupo – justa cooperação de cada parte – Ef. 4. 16c;
·        A igreja quando trabalha com a participação de cada membro cresce em sabedoria e produtividade – Pv. 11. 14;
·        O trabalho isolado de cada membro não tem o mesmo valor do trabalho em grupo. A soma das partes independentes não é igual a soma das partes integradas no corpo[1] ;
·        Uma igreja colaborativa é capaz de fazer grandes coisas para a glória de Deus – Ed. 3. 1- 3.




[1] Teoria Geral dos Sistemas, proposto por Ludwig Von Bertalanffy. A TGS (Teoria Geral dos Sistemas) tem como premissa o fato de que “o organismo é um todo maior do que a soma de suas partes”.

domingo, 10 de dezembro de 2017


Mensagem de formatura do colégio Excelência
Texto: Jo. 4. 23, 24
23  Mas vem a hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores.
24  Deus é espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade.

Qual minha função social? Qual o meu lugar no mundo?

Introdução: Qual o meu lugar no mundo, qual espaço é o meu? Qual deve ser minha ação no mundo, para onde vou, para que vim a este mundo? E agora, o que faço com minha vida? São perguntas que fazemos em algum momento da vida. Hoje é um dia para fazermos perguntas e obtermos respostas.

1- Minha função social primária é a adoração a Deus
·        Fui criado para a adoração. Esta é minha vocação original. Deus não esta á procura, primeiramente, de médicos, professores, pastores, advogados, industriários, empresários, estudantes; mas em busca de adoradores – Jo. 4. 23;
·        Meu primeiro compromisso social é com o Deus que me deu a vida. Dn. 5. 22, 23 . Eu tenho uma dívida (prazerosa de ser paga) de adoração para com ele;
·        Minha estrutura física, psicológica e espiritual foi formatada para a adoração – Ef. 1. 11, 12. Há o perigo de que, depois que passamos a usufruir da vida em sua plenitude (adolescência/juventude), surja a ideia de autonomia e liberdade egoísta – um bebê não pensa em autonomia, mas em dependência. Um ancião não pensa em independência, mas em apoio e ajuda – Ef. 1. 11, 12;
·        Meu papel social no mundo será empobrecido, se minha primeira ação for voltada para a sociedade (estudar, trabalhar, produzir bens de consumo). Meu primeiro papel social é voltado para Deus e não para os homens.

2- Minha função social secundária é minha subjetividade (sujeitidade).
·        A primeira função social, que é a adoração, me fornece a identidade, me fornece o sujeito que eu sou. Gn. 32. 27, 28. Sem adoração vivemos a vida inteira com ideias equivocadas a nosso respeito;
·        Antes de conhecer o mundo, preciso de me conhecer. O maior conhecimento humano é auto-conhecimento[1];
·        O segundo papel social não é voltado para a coletividade, mas voltado para a minha interioridade – de que adianta ganhar o mundo inteiro e perder minha alma. De que adianta conhecer e conquistar o mundo, se nunca me achei, se nunca me encontrei[2] – Mt. 8.36;
·        Preciso encontrar meu DNA existencial. Preciso de uma história que seja minha. Não posso viver dignamente se não estiver disposto a construir uma história que começa em mim e não na sociedade. Não devo abrir mão daquilo que me é próprio, pois esta é a vida que me foi dada por Deus – Gn. 1. 27 – sou uma manifestação da vida justa, honesta, verdadeira e santa de Deus.



[1] Normalmente atribuída ao filósofo grego Sócrates (479-399 a.C.), a frase “conhece-te a ti mesmo” é, na verdade, a inscrição que se via na entrada do Oráculo de Delfos. Neste local, dedicado a Apolo (na mitologia grega, o deus da luz e do sol, da verdade e da profecia), buscava-se o conhecimento do presente e do futuro ...
[2] “Eu estive em todos os lugares e só me encontrei em mim mesmo” – frase de Jhon Lennon


QUE TIPO DE CONHECIMENTO DEVEMOS ALMEJAR?
Texto: Daniel 12. 3. Os que forem sábios, pois, resplandecerão como o fulgor do firmamento; e os que a muitos conduzirem à justiça, como as estrelas, sempre e eternamente

Introdução: O conhecimento sempre foi um desejo do homem. Desde o conhecimento das sociedades primitivas que eram ligadas à terra e á sobrevivência num mundo cheio de mistérios, animais perigosos, plantas desconhecidas – chamado conhecimento das comunidades tradicionais (senso comum), passando pelo conhecimento alcançado pela reflexão filosófica, herdada dos gregos, chegamos depois ao conhecimento que produz tecnologia na produção de bens de consumo em escala, a partir da revolução industrial do século XVIII. O texto lido fala de um tipo de conhecimento superior as estes, que nos desafia a buscá-lo, dado sua excelência e grandeza, comparada ao brilho das estrelas. Mas que tipo de conhecimento é este que devemos buscar?

1- Devemos desejar um tipo de conhecimento que promova o ser humano
·        O conhecimento científico moderno e pós-moderno trabalha para o mercado de capital, não para as pessoas – quem não está no mercado não recebe nenhum tipo de benefício deste conhecimento – Lc. 10. 30, 31 – na sociedade judaica o sacerdote tinha conhecimentos de medicina, direito e teologia;
·        Precisamos de um conhecimento que enxergue as pessoas, que não seja escravizado pelo mercado – Lc. 10. 33 – 35 – o samaritano não era um doutor, nem um intelectual, mas era alguém que tinha uma forma de conhecimento que promovia o próximo;
·        O conhecimento que não produz bem estar na vida do outro é pura vaidade intelectual. O objetivo do conhecimento é tornar a vida melhor. Precisamos de uma educação que seja capaz de “transformar as informações em conhecimento, de transformar o conhecimento em sapiência”[1]; e uma sapiência que possibilite uma vida melhor.
·        O conhecimento teórico, apartado da realidade existencial produz um tipo de educação “domesticadora, bancária, segundo o nosso querido Paulo Freire, que ‘deposita’ no aluno informações, dados e fatos, pensando ingenuamente que com isto ele será capaz de construir o conhecimento que necessita para ser capaz de afrontar o seu destino histórico”[2] – Jo. 5. 39 – a teoria sem a vivência comunitária, a educação sem a vida.
2- Devemos almejar um conhecimento que busque estabelecer a justiça
·        O conhecimento que acentua as desigualdades sociais é um tipo de conhecimento elitista e opressor. O conhecimento deve fomentar um estilo de vida que desperte na sociedade o senso de justiça – Dn. 12.3;
·        A mentalidade de se propor uma educação que gera competição e isolamento do estudante, na busca de um lugar na universidade e no mercado de trabalho, é ingênua e egoísta – ingênua porque está fazendo o que todos estão fazendo e é egoísta porque está fazendo o estudante acreditar que a vida é uma selva e que o que impera é a lei do mais forte. Ocorre que todos somos fracos e precisamos uns dos outros – a regra da vida é amar o outro e não tomar o pão do outro – toda a lei da vida se cumpre em amar o próximo – Gl. 5. 14;
·        Precisamos de um conhecimento que minimize as disparidades econômicas entre as pessoas – Lv. 23. 22 – uma parte da nossa prosperidade deve ser destinada para quem precisa... Exemplo da nova lei do emigrante[3]. Ele não é mais um cidadão de segunda categoria...
·        Precisamos de uma geração de estudantes e acadêmicos que tenha fome e sede de um conhecimento que promova a justiça social em nosso País – Mt. 5. 6.

















[1] MORIN, Edgar. A cabeça bem-feita: repensar a reforma, reformar o pensamento. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2003, p. 47.
[2] MORAES, Maria Cândida. O paradigma educacional emergente. Campinas: Papirus, 2003.
[3] Entre os princípios da lei, estão a garantia ao imigrante de condição de igualdade com os nacionais, inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade e acesso aos serviços públicos de saúde e educação, bem como registro da documentação que permite ingresso no mercado de trabalho e direito à previdência social. Os imigrantes também poderão exercer cargo, emprego e função pública, conforme definido em edital, com exceção dos concursos reservados a brasileiros natos.

sexta-feira, 24 de novembro de 2017




OS TRÊS PASSOS PARA A COMUNHÃO

Texto: Efésios 4. 1 - 6
1 ¶ Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis de modo digno da vocação a que fostes chamados,
2 ¶ com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor,
3  esforçando-vos diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz;
4  há somente um corpo e um Espírito, como também fostes chamados numa só esperança da vossa vocação;
5  há um só Senhor, uma só fé, um só batismo;
6  um só Deus e Pai de todos, o qual é sobre todos, age por meio de todos e está em todos.

Introdução: O texto fala de um caminho para a comunhão. Comunhão esta que não é, apenas, um ajuntamento de cristãos em torno de um evento religioso. A comunhão não é obtida, apenas, reunindo as pessoas (está é uma parte necessária, mas é somente uma fração do todo). A palavra comunhão (koinonia) pressupõe uma parceria, uma sociedade, uma cumplicidade, uma partilha de ideias e projetos comuns. Logo, a comunhão não é um produto religioso, é um caminho que a igreja escolhe trilhar ou não. A Bíblia nos recomenda que andemos em comunhão com Deus e com os irmãos, mas como alcançar a comunhão, que passos temos que dar?


1- Acreditar que ela é possível – Ef. 4. 1
·        A comunhão é possível porque ela é patrocinada por Deus. Deus nos chamou para a comunhão, somos estruturados para vivermos juntos uns com os outros – Ef. 4. 1
·        Ela é realizável porque o fundamento da nossa fé é o mesmo: Um corpo, um Espírito, uma esperança, um Senhor, uma fé, um batismo. Quando não andamos com o outro é porque não achamos que o outro seja crente, ou por não termos certeza de que somos crentes;
·        Ela é possível porque foi idealizada, projetada e abençoada pro Cristo – Jo. 17. 20, 21 – não precisamos orar para saber se devemos ter comunhão, mas devemos tomar a atitude de estarmos com o outro irmão.

2- Dispor-se a conviver com as diferenças
·        A comunhão não tem como objetivo a uniformidade, mas a unidade – Rm. 12. 4 – 6 – posso não parecer, mas faço parte do mesmo corpo que você...;
·        As diferenças não existem para serem anuladas, mas para serem aceitas e incorporadas ao corpo – 1Co. 12. 21;
·        Nunca seremos um rebanho igual, o dia que formos, tornamo-nos uma seita – Rm. 14. 2 – 7.


3- Usar as diferenças para amadurecer sua fé –
·        O estranho, o diferente tem algo que eu não tenho – Atos 10. 17, 25 – 28;
·        Quem pensa, fala e sente as mesmas coisas que você, não tem muito para te oferecer – Mc. 3. 13 – pescador, funcionário público, político etc – Jesus escolheu um grupo heterogêneo, para produzir uma unidade. Jesus não padronizou o grupo, mas educou cada um dentro das suas potencialidades;
·        A graça de Deus não se manifesta de forma uniforme, mas de maneira multiforme, porque as pessoas são diferentes (I Pd. 4. 10). As diferenças servem para usufruirmos de maneira mais abrangente da graça de Deus. A essência é a mesma, mais os discursos, as músicas, as expressões de culto, a liturgia, as estratégias missionárias são diferentes. Separarmo-nos, uns dos outros, por causa disto é infantilidade. A maturidade de uma igreja é medida pela capacidade que ela tem de permanecer fiel a Deus, caminhando com os diferentes.


Que Deus nos ajude!

domingo, 29 de outubro de 2017


POR QUE A GRAÇA É SUFICIENTE?
Texto: Salmo 63. 3
Introdução: A reforma religiosa do século XVI resgatou os princípios da fé cristã, promovendo uma reformulação da fé cristã. As mudanças não foram bem recebidas pela igreja cristã católica romana, dando origem ás igrejas protestantes ou reformadas. As implicações foram muitas na política, na economia e nas ciências. A Europa ficou assim dividida: Espanhóis, portugueses, austríacos, poloneses, franceses, parte dos irlandeses e Italianos ficaram no catolicismo. Ingleses, escoceses, dinamarqueses, alemães, noruegueses, suíços, suecos, holandeses, belgas e parte dos irlandeses se tornaram protestantes (luteranos, calvinistas e anglicanos). Na organização desta nova segmentação religiosa, alguns princípios foram estabelecidos, sendo que cinco foram os pilares desta declaração de fé: Somente Cristo, somente as Escrituras Sagradas, somente a fé, somente a glória de Deus, somente a graça. São os cinco solas da reforma protestante. Hoje, chegamos ao último sola, somente a graça. Por isto, o tema da nossa mensagem é porque a graça é suficiente?

1- Porque ela é superior à vida – Sl. 63. 3
·         Poucas coisas são maiores que a vida. A vida é maior que a religião (lembra-se que Jesus disse que o sábado foi estabelecido por causa do homem e não o homem por causa do sábado), mas a vida é menor que a graça;
·         A graça produz vida, mas a vida não garante graça. Uma vida sem graça é um lento caminhar para a morte – Hb. 12. 15 – uma vida sem a graça de Deus é uma vida amarga...
·         A graça está além da vida, porque ela não faz parte do “pacote” chamado vida. Ela não é inata, ela é um presente que precisa ser aceito. A graça não é imposta, mas oferecida, por isto se a rejeito, ela não tem efeito sobre a minha vida – Gl. 2. 21;
·         A vida não é suficiente para o homem. Se assim fosse, todos os nossos problemas estavam resolvidos. A graça é suficiente porque ela cura e renova a vida – 2 Co. 12. 9;
·         A coisa mais importante que Deus para nos dar é sua graça. Esta é a conquista mais importante da vida: aceitar a graça de Deus. É a última bênção oferecida na Palavra de Deus – Ap. 22. 21.

2- Porque a graça explica a história da nossa existência
·         A graça de Deus mostra a real condição do homem – o homem está morto, perdido, cego, servindo ao interesses do diabo e em estado de ignorância – Ef. 2. 1 – 4;
·         Somente a graça de Deus dá sentido á nossa existência. Sem a graça de Deus somos um barco, sem bússola, durante uma noite escura (sem fim), perdido no meio do oceano – I Co. 15. 10 – Paulo buscava sentido na prática fanática de sua religião, até que Cristo lhe mostrou sua graça. Antes ele trabalhava para alcançar a graça de Deus, depois passou a servir a Deus por estar cheio de graça e sentido para viver;
·         A graça de Deus explica os nossos fracassos do passado, nos alegra no presente e nos mostra um futuro glorioso – I Tm. 1. 13, 14;

·         A graça de Deus mostra onde eu estou e para onde irei – Ef. 2. 4 – 6. A graça de Deus junta o quebra-cabeça da nossa vida. 

domingo, 15 de outubro de 2017

REFORMA PROTESTANTE




OS FUNDAMENTOS DA IGREJA – RELEMBRANDO OS SOLAS DA REFORMA.

TEXTO:  I CO. 3. 10 -12
Introdução: A fundação da igreja está firmada em que? O cristão está fundamentado em que? Na obra missionária, na finalidade social, ou em ser um pronto socorro espiritual? Hoje vamos pensar em quais são os fundamentos da igreja? A reforma protestante respondeu a esta pergunta, alistando cinco fundamentos: Sola Cristo, Sola Escritura, Sola Graça, Sola Fé, Sola Glória. Hoje vamos falar dos dois primeiros fundamentos.

1-    Fundamento 1 – Cristo, o Filho de Deus – I Co. 3. 10 – 12
·        A nossa fé não está firmada na instituição Igreja, mas na pessoa de Cristo – I Co. 3. 11;
·        A nossa fé está firmada na suficiência da pessoa de Cristo – Jo. 11. 25, 26;
·        A nossa fé no Filho de Deus é que nos garante a vida eterna – I Jo. 5. 11, 12;
·        Só Cristo nos revela o verdadeiro Deus – nenhuma tradição religiosa, nem uma experiência mística (Maomé, recebendo a mensagem do anjo Gabriel), nem uma revelação (Os Mórmons) – Hb.1.3–Jo. 10. 31.

2-    Fundamento 2 – As Escrituras Sagradas – 2 Tm. 3. 16
·        As Escrituras Sagradas são o registro confiável da parte de Deus – 2 Tm. 3. 16;
·        As Escrituras contêm as informações necessárias para conhecermos a pessoa de Jesus – Jo. 5. 39;
·        As Escrituras Sagradas são as palavras do próprio Deus para despertar a nossa fé – Rm. 10. 17;
·        As Escrituras Sagradas originais são infalíveis e inerrantes – Jo. 10. 35 e Jo. 17. 17 – o papa não é infalível, nem o bispo, nem o padre, nem o pastor. Todos eles são pecadores falíveis – Lc. 5. 8,II Tm.1. 15.


RELEMBRANDO OS SOLAS DA REFORMA- FUNDAMENTO TRÊS
Por que a glória é somente de Deus?
Textos:
Salmo 115. 1
1 Não a nós, SENHOR, não a nós, mas ao teu nome dá glória, por amor da tua misericórdia e da tua fidelidade.
Isaías 42:8 
Eu sou o SENHOR, este é o meu nome; a minha glória, pois, não a darei a outrem, nem a minha honra, às imagens de escultura.
Isaías 45. 5, 6, 8
5 ¶ Eu sou o SENHOR, e não há outro; além de mim não há Deus; eu te cingirei, ainda que não me conheces.
6  Para que se saiba, até ao nascente do sol e até ao poente, que além de mim não há outro; eu sou o SENHOR, e não há outro.
8  Porque assim diz o SENHOR, que criou os céus, o Deus que formou a terra, que a fez e a estabeleceu; que não a criou para ser um caos, mas para ser habitada: Eu sou o SENHOR, e não há outro.

Introdução: A reforma protestante estabeleceu que a glória de Deus não pode ser compartilhada nem com anjos, nem com santos, nem com homens, nem com a igreja. Na idade média, a igreja católica havia assumido a condição de mediadora de salvação na terra, através dos sacramentos e das indulgências. A reforma vai reagir, gritando bem alto: Soli Deo Glória (glória, somente a Deus).

1-    Por que a criatura não pode assumir a glória que é do Criador.
·        Existem muitas criaturas, mas somente um criador – Isaías 45. 9 e Rm. 9. 20;
·        A criatura é frágil, sujeita e limitada, enquanto o criador é onipotente, ilimitado, eterno e soberano – Jo. 14. 1, 2; I Pd. .1 24;
·        A criatura não tem do que se gloriar, pois não possui glória própria. Tudo que existe de bom na criatura é reflexo do seu criador – duas ilustrações: a) Visita de Richard Dawkins – autor de “Deus um delírio”, onde crítica a fé dos cristãos, precisou da ajuda da semelhança de Deus (reportagem do G1 de São Paulo) - b) famoso filósofo Friederich Nietzche que propagou a ideia da morte de Deus na cultura ocidental, passou os últimos 11 anos (louco) no colo de sua mãe, fiel serva de Deus – frase de Nietzche[1] ;
·        O homem não deve se gabar daquilo que não possui, pois tudo que possui é cedido, emprestado – Jr. 9. 23, 24.

2-    Por que Deus não divide sua glória com ninguém – Is. 42.8
·        A sua condição de Deus o impede de admitir que qualquer criatura se coloque como concorrente – Isaías 45. 5, 6;
·        A idolatria de imagens de escultura é uma clara ofensa a Deus porque é uma tentativa de transferir parte de sua glória para os seres representados nas imagens (sejam homens, anjos ou demônios) – Isaías 42.8;
·        Qualquer criatura que se atreva a roubar a glória de Deus será destruída – Atos 12. 21 – 23 – Isaías 14. 12 – 15;
·        A glória de Deus está associada a sua posição de único Deus e responsável pelo destino do universo. Isto é intransferível e incompartilhável, portanto, toda glória pertence a Ele – Isaías 45. 8.



[1] “O cristianismo foi, até o momento, a maior desgraça da humanidade, por ter desprezado o Corpo.” – Frase de Nietzche.