terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

CAMINHOS DA IGREJA




Três caminhos que a vida religiosa oferece

Texto: João 6. 68
Respondeu-lhe, pois, Simão Pedro: Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna.

Salmo 139. 7 - 10
Para onde me irei do teu espírito, ou para onde fugirei da tua face?
Se subir ao céu, lá tu estás; se fizer no inferno a minha cama, eis que tu ali estás também.
Se tomar as asas da alva, se habitar nas extremidades do mar,
Até ali a tua mão me guiará e a tua destra me susterá.


Introdução: Pedro e Davi manifestam uma convicção que nossa geração não tem demonstrado. É a convicação de que não há nada, nem ninguém que seja tão importante ou que mereça tamanha dedicação e atenção, quanto o nosso Deus. Os dois estão convictos de que a presença de Deus ocupa todos os espaços da sua vida. A religião cristã de nossos dias, entretanto, vive de grandes contradições e conflitos doutrinários. A religião cristã tem várias ramificações e não há consenso entre elas. Vejamos a história:

A Igreja cristã católica romana – surgiu no século IV e crê nas Escrituras Sagradas e na tradição da igreja; nos santos e na infalibilidade papal; e na salvação pós-morte. A Igreja cristã ortodoxa oriental – surgiu no ano de 1054, quando se separou da igreja católica romana e crê nas Escrituras Sagradas, na tradição da igreja, na salvação pós-morte, mas não aceitam a figura do papa como vigário de Deus, possuem um patriarca; a Igreja cristã protestante – surgiu a partir do século XVI, quando se separou da igreja católica romana e crê nas Sagradas Escrituras como única regra de fé e prática, na suficiência da salvação de Cristo, não existe a figura do papa, nem do patriarca e não acreditam numa salvação pós –morte.
Portanto, a igreja cristã seguiu vários caminhos até nossos dias. Cabe a nossa geração analisar quais são os caminhos que a igreja tem enveredado em nossos dias. Vamos pensar nesta noite, nos caminhos da igreja pós-moderna. Quais são os caminhos da igreja pós-moderna?



1-    O caminho da racionalidade – (da razão)
·        Buscar a explicação da vida na finitude dela. Enxergar-se como objeto e coisa no mundo – Fp. 3. 18, 19 – não há explicação possível dentro do meu curso de vida;
·        É a tentativa de esvaziar o mundo do encanto, do sobrenatural e do transcendente – At. 23.8;
·        Alguns seguem Jesus para obter vantagens materiais e políticas – Jo. 6. 26;
·        O caminho da racionalidade foge do que é eterno para buscar respostas no que os olhos podem ver e no que as mãos podem tocar – Jo.6. 51, 52

Anotações:

  • São aqueles que não estão em busca do milagre, mas do resultado do milagre;
  • São cristãos que estão em busca de cargos eclesiásticos e não em busca do Reino de Deus;
  • São aqueles que lutam por interesses religiosos mundanos e temporários não pela obra de Deus;
  • São aqueles que querem que o céu seja na terra, aqui e agora – é o céu do capitalismo: comida, saúde, dinheiro e sucesso;
  • São teologias terrenas: teologia do evangelho social, teologia da libertação, teologia da prosperidade

2-    O caminho da irracionalidade – (da superstição)
·        Viver desligado da realidade, negando os fatos. Fazer da superstição a explicação da realidade – 2 Tm.4.3, 4;
·        O caminho da irracionalidade é o caminho da fantasia, da ilusão, do misticismo e do engano satânico – Êxodo 8. 6, 7;
·        É rejeitar a verdade e viver de fantasias religiosas, enganando se a si mesmo e aos outros –2 Tm. 2. 17, 18 – pior do que não saber a verdade é se desviar dela.
·        São aquelas pessoas que se refugiaram em práticas religiosas e misteriosas e se tornaram prisioneiros de Satanás - Is. 44. 20;
Anotações:
  • Sobre a superstição: onde a consciência e a razão são silenciadas pelo sobrenatural (fé e boa consciência em Timóteo);
  • Onde o cristão perde a capacidade crítica e de juízo sobre a verdade – I Co. 14;
  • Quando o cristão vive, apenas, de um sobrenatural desconhecido;
  • Quando a religião rouba o bom senso e o discernimento – I Tm. 4. 1.

3-    O caminho da eternidade (da salvação)
·        Compreender a vida com os olhos da eternidade. Enxergar-se como projeto eterno de Deus – Sl. 139. 7 – 10 – o projeto de Deus é maior que nossas conjecturas e expectativas;
·        Interpretar a vida a partir do conhecimento de Deus- Jr. 9. 23, 24 – Não o contrário, ou seja, interpretar Deus a partir de seu conhecimento próprio. Há muitos querem compreender a vida a partir de si mesmo;
·        O caminho da eternidade é o único que dá sentido, propósito e direção para a vida – Ec. 3.11 – Por isto Pedro disse: Senhor não queremos ir para lugar algum, encontramos tudo que queríamos e precisávamos encontrar – Jo. 6. 68;
·        Se rejeitarmos o caminho da eternidade, em algum momento ele cruzará com o nosso caminho e nos mostrará a loucura que fizemos com nossa vida – a morte será está passagem inadiável – Lc. 12. 20, Mt. 16.26. 

Conclusão: O projeto eterno de Deus para o ser humano é inescapável. Todos prestarão contas de si mesmo, por isto é melhor prestar contas a Deus quando temos um mediador que nos perdoa, nos justifica e nos redime de nossos pecados. Glória a Deus!