terça-feira, 13 de novembro de 2018





Por que o nosso conhecimento é diferente do conhecimento de Deus?
Texto temático: Isaías 55. 8
“Porque os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, nem os vossos caminhos, os meus caminhos, diz o SENHOR.”

Introdução: Vivemos num mundo que exige conhecimento. Nossa vida é uma constante sucessão de descobertas. Em algum momento, acreditamos que atingiremos um nível de conhecimento pleno. Mas, quanto mais vivemos, mais sentimos que esta é uma missão impossível. As Escrituras Sagradas deixam claro que nosso conhecimento não é um conhecimento perfeito e que, além disto, nosso conhecimento é totalmente diferente do conhecimento de Deus. Vamos compreender, hoje, porque nosso conhecimento é diferente do conhecimento divino:

1- Porque o nosso pensamento é de criatura e não de criador
·        As minhas ideias, as minhas reflexões estão no campo das vivências de uma criatura. Não tenho conhecimento experiencial antes, nem depois de mim. Logo o meu universo para conhecer é extremamente limitado[1] - Jó. 38. 4;
·        Os meus pensamentos, minha compreensão da vida é horizontal. Não consigo sair do mundo e enxergá-lo, separado de mim – estou contido, por isto sou produto do mundo[2] -  Gn. 3. 19;
·        Não existe um super- homem, como queria Nietzsche[3]. Existe um humano mortal, sujeito às paixões e limitações da sua própria existência[4] - Salmo 39. 5[5];
·        Porque nossa natureza pecaminosa não consegue auto-exame imparcial, nem é apta enxergar com clareza os outros.[6] I Sm. 16. 7;

2- Porque Deus nos conhece de uma maneira que ninguém conhece
·        O conhecimento de Deus é movido pelo amor, não é conhecimento especulativo, crítico ou investigativo – Ele nos conhece porque nos ama. Seu conhecimento é essencial e relacional[7] – Jr. 31. 13 – Ele nos amou, antes de sermos – No existencialismo Sartriano[8], entende-se que o Ser se torna Ser, de fato, no existir (nas relações) e não na sua essência. Diferentemente disto, Deus nos ama, antes da nossa existência. Somos amados e conhecidos pelo que somos essencialmente, não pela nossa ação no mundo;
·        Nossa existência não é suficiente para nos explicar. Existem realidades psicológicas e espirituais que transcendem nossa vida histórica e biológica – Daí, nossa ignorância a respeito de muitos aspectos de nossa existência[9] - Ec. 3. 11;
·        Nenhuma filosofia esgota a complexidade do ser. Somos criados à imagem de Deus e isto garante nossa vocação para realidades que transcendem a compreensão científica e filosófica. Nem Sartre, nem Heidegger são competentes para dizer que o Ser se reduz e se explica a partir de sua mera existência.[10]
·         Nossos pensamentos nunca serão como os de Deus, porque Deus nos criou para a transcendência, para a imortalidade, para a eternidade. Nossa realidade biológica e histórica, nesse sentido, não nos possibilita um conhecimento satisfatório. Nossas respostas estão em Deus...[11]








[1] “Onde estavas tu, quando eu lançava os fundamentos da terra? Dize-mo, se tens entendimento.” (Jó 38:4 RA)
[2] “ No suor do rosto comerás o teu pão, até que tornes à terra, pois dela foste formado; porque tu és pó e ao pó tornarás.” (Gênesis 3:19 RA)
[3]Não considero o ateísmo como resultado, menos ainda como acontecimento: em mim decorre do instinto. Sou demasiado curioso, demasiado problemático, demasiado insolente, para me contentar com uma resposta grosseira. Deus é uma resposta grosseira, uma indelicadeza para conosco, pensadores – no fundo, é mesmo apenas uma grosseira proibição: não deveis pensar!” NIETZSCHE, Friedrich. Ecce Homo. p. 25,
[4] Nossas paixões nos impedem de leituras neutras. Nosso pensamento está contaminado pela nossa humanidade. Ser humano é ser “problemático e insolente” (nas palavras de Nietzsche) e incompetente na forma plena de pensar. Deus não proíbe o pensar, pelo contrário, gostaria que pensássemos com mais isenção e profundidade...
[5] “Deste aos meus dias o comprimento de alguns palmos; à tua presença, o prazo da minha vida é nada. Na verdade, todo homem, por mais firme que esteja, é pura vaidade.” Salmos 39:5 
[6]  “Porém o SENHOR disse a Samuel: Não atentes para a sua aparência, nem para a sua altura, porque o rejeitei; porque o SENHOR não vê como vê o homem. O homem vê o exterior, porém o SENHOR, o coração.” (1 Samuel 16:7 RA)

[7] “De longe se me deixou ver o SENHOR, dizendo: Com amor eterno eu te amei; por isso, com benignidade te atraí.” (Jeremias 31:3 RA)
[8] “O ser é o fundamento sempre presente do existente, está nele em toda parte e em parte alguma; não existe ser que seja ser de alguma maneira ou captado através desta manifestação de ser que o manifesta e o encobre ao mesmo tempo.” SARTRE, Jean Paul. O Ser e o nada, p. 35.
[9] “Tudo fez Deus formoso no seu devido tempo; também pôs a eternidade no coração do homem, sem que este possa descobrir as obras que Deus fez desde o princípio até ao fim.” (Eclesiastes 3:11 RA)
[10] Já o ser é a manifestação do ente no tempo, é a sua ação de existir no tempo. Neste sentido, o ente é determinado pela sua existência, ou seja, pelo seu ser. Daí decorre que “o ser é sempre o ser de um ente”. Heidegger, apud, Limas, 2002, p. 43.
[11] “Em Cristo todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento estão ocultos.” (Paráfrase de Colossenses 2:3 RA)



segunda-feira, 24 de setembro de 2018



"Temamos, portanto, que, sendo-nos deixada a promessa de entrar no descanso de Deus, suceda parecer que algum de vós tenha falhado (Hb. 4. 1)."




Introdução: Somos uma geração desassossegada, que vive o tempo todo trabalhando pela sua felicidade, mas que nunca alcança-a. Almas carentes e inseguras perambulando pelas ruas, trabalhando e buscando descobrir o elixir da felicidade. Não há descanso, nem tréguas nesta busca. Livros são escritos, conselhos são dados, remédios são prescritos, mas nada muda. Somos uma geração que não descansa. Mas por que não descansamos?

1- Porque não confiamos nas promessas de Deus – Hb. 4. 2
·        Falhamos em não confiar na suficiência de Deus para nossa vida – Sl. 23. 1 – É a convicção estabelece a circunstância de provisão (se creres, verás a glória de Deus!). Jo. 11. 40;
·        O não descansar é a prova de que não confiamos no cuidado de Deus – Hb. 4. 2. Audição sem crença, informação sem aprendizagem não gera nenhum bem estar;
·        Quando não há confiança, não há segurança – A insegurança e o medo são decorrentes da incredulidade nas promessas de Deus. Conforme o texto de Tiago 1. 17, Deus não muda, ele é sempre bondoso e generoso;
·        A nossa geração está sempre angustiada e preocupada com o amanhã porque não consegue confiar no Senhor Deus, no presente. A tentativa de tornar o amanhã previsível e domável nos esgota diariamente – Mt. 6. 25. – 34.

2- Porque o sistema nos constrange a trabalhar o tempo todo –Hb.4. 10
·        O regime do mundo exige vinte e quatro horas de devoção – Ec. 2. 23. Entretanto, a Bíblia diz que precisamos descansar, pois Deus já criou tudo que era necessário – Hb. 4. 10;
·        O desassossego em mudar as relações do homem com seu ambiente tem demonstrado grandes equívocos – Ec. 3. 14, 15. Não podemos alterar substancialmente as coisas criadas, podemos deformá-las, desvirtuá-las, desencaminhá-las, mas não desconstituí-las da criação;
·        O sistema preencheu, precariamente, o sentimento de carência espiritual, oferecendo coisas e objetos – Fp. 3. 19;
·        A alma sedenta e carente de Deus é embriagada com os prazeres, diversões e deleites corporais – Salmo 42. 2 – Mc. 8. 36.

Considerações finais:
Parece que nos perdemos no meio de nossa busca por felicidade. A felicidade estava ali, pronta, quentinha e fresca como um pão que saiu do forno, mas preferimos ignorar o convite de Isaías 55:1: Ah! Todos vós, os que tendes sede, vinde às águas; e vós, os que não tendes dinheiro, vinde, comprai e comei; sim, vinde e comprai, sem dinheiro e sem preço, vinho e leite.
A nossa alma inquieta e imprevisível preferiu seguir seus instintos nada decentes. Construímos uma história longa e dolorida de buscas vazias: construímos, plantamos, inovamos, revolucionamos, tecnificamos, e o que nos restou? Florestas devastadas, rios poluídos, terra esteril, favelas espalhadas, violência desenfreada e sangue, muito sangue derramado. O sangue de Abel foi, somente, o marco inaugural de nossa busca por uma “vida melhor e mais livre”.
Deus nos ofereceu descanso, água fresca, coração tranquilo, alma saciada, mas preferimos a busca da humana felicidade. Felicidade alienada do criador, busca egoísta, conquista particular. Fizemos do sistema gerido pelo deus deste século, nosso refúgio, nossa inspiração. Aliamo-nos ao sistema, em frontal desobediência ao que nos foi rogado em Romanos 12. 1: E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente. Não nos transformamos, mas fomos transformados pelo sistema. Aconselhados pelo sistema fizemos todo tipo de revolução na natureza e na sociedade (revolução agrária, revolução urbana, revolução política, revolução industrial, revolução tecnológica etc).
Depois de tudo isto, nada mudou, essencialmente, para nós, pois continuamos carentes e infelizes. O sistema nos sugou, nos humilhou e nos escravizou. Somos prisioneiros do nosso progresso, reféns de nossa busca. Perdemo-nos no caminho de uma busca vazia. Haverá esperança para esta geração desassossegada?


segunda-feira, 20 de agosto de 2018




DOIS SINAIS DE QUE VOCÊ É UM CRENTE MADURO.
Texto: I PD. 4. 10

10 Servi uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus.

Introdução: A maturidade cristã não é alcançada pelos anos de caminhada, nem pelo tamanho da sua igreja ou pelos cargos que você tem na igreja. A maturidade é percebida no comportamento, na atitude do cristão diante da sociedade. Nesta noite, vamos apresentar dois sinais na vida de um cristão maduro. Vamos a eles!

1- Ter como projeto de vida o serviço ao outro- I Pd. 4. 10a
·        O mais elevado sinal de maturidade na vida social é quando você compreende que você vive para servir ao outro – Jo. 13. 12 – 14;
·        Quando você é capaz de servir o outro por amor é sinal de que você entendeu a obra de Deus na sua vida – Mc. 10. 43 – 45;
·        Servir ao outro com o desejo de ser retribuído é fazer o mesmo que o mundo faz – Mt. 5. 46, 47 – o serviço precisa ser desinteressado, sem espera de compensação;
·        O serviço ao outro deve ser uma proposta de vida e não ações isoladas na vida. Não se serve, apenas, quando as circunstâncias são favoráveis – serve-se ao outro com o que você tem e quando o outro está precisando – Lc. 10. 30 – 36.

2- Administrar com sabedoria os bens que Deus te deu
·        Não temos o direito de desperdiçar as coisas boas que Deus nos deu – somos os economistas de Deus – Mt. 25. 14 – 18;
·        O crente maduro não desperdiça nada daquilo que Deus lhe deu, pois tudo que temos tem utilidade no reino de Deus – Mt. 14. 16 – 18;
·        A pessoa que é imatura está sempre achando que o que tem é muito pouco – Mt. 25. 24, 25;
·        Tudo que Deus nos deu tem valor para ele. Precisamos, apenas, saber usar os dons que ele nos deu. A graça de Deus está presente em tudo que Ele nos deu – somos os despenseiros da sua multiforme graça (ela se manifesta de muitas maneiras) – I Pd. 4. 10b.

quinta-feira, 16 de agosto de 2018




AS BÊNÇÃOS DA LEITURA BÍBLICA
Texto: Salmo 19. 7
“A Lei do Senhor é perfeita e restaura a alma; O testemunho do Senhor é fiel e da sabedoria aos símplices.”
Introdução: A leitura da Bíblia não deve ser, meramente, um exercício cognitivo e racional. A leitura, também, não deve ser somente uma leitura religiosa e espiritual. Neste sentido, devemos pensar numa leitura e numa hermenêutica que contemple aspectos objetivos e subjetivos; racionais e espirituais. Na verdade, quando fazemos uma leitura adequada da Bíblia, ela oportuniza bênçãos sobre nossa vida. Mas que bênçãos são estas?

1- Acesso a uma vida mais elevada e significativa – Salmo 19.7a
·        A leitura das Escrituras nos faz sair da mediocridade da vida mundana e material – 2 Tm. 3. 16, 17;
·        Vivemos num mundo imperfeito, temos uma natureza corrompida pelo pecado, mas desejamos a perfeição e a eternidade – Somente a Bíblia responde a esta questão – Ec. 3.11;
·        Nossa alma precisa de tratamento, pois o pecado a desestruturou e a fere continuamente. O conhecimento das Escrituras cura as feridas da alma –Is.53. 5;
·        Não existe cura científica e médica para a alma porque ela não é material – só a palavra de Deus pode penetrar as partes mais profundas do ser humano – Hb. 4. 12.

2- Acesso a sabedoria verdadeira
·        Não se trata de uma sabedoria que se adquire, somente, pelo estudo das ciências humanas – I Co. 2. 6 – 9;
·        Nosso conhecimento acerca da natureza e sobre nós é rudimentar e limitado – Jó. 38. 1 – 4 – Nosso conhecimento acerca da origem da terra e do universo, não passa de hipóteses. Logo o conhecimento racional/objetivo é somente sombra/projeção de um conhecimento mais elevado. Não obstante, precisamos começar pelo conhecimento lógico/cognitivo e racional, pois o texto precisa ser decodificado;
·        Uma leitura adequada da Bíblia nos leva ás respostas corretas e confiáveis à respeito da criação e organização da terra – Gn. 1. 1 – 3. Tudo que ela nos informa sobre as demais coisas estão corretas, porque duvidaríamos do seu testemunho acerca da criação (o texto diz que o testemunho do Senhor é confiável);
·        A sabedoria verdadeira só pode ser alcançada quando se acessa a fonte dela – a sabedoria provisória e imperfeita deste mundo é sombra de uma sabedoria eterna e definitiva – Cl. 2. 2, 3 – quem não conhece a Cristo permanece na ignorância.

Observação: A Bíblia não é somente para ser lida, mas crida. Só há conhecimento dela quando seus preceitos são cridos, experimentados e praticados. O questionamento que a ciência faz das Escrituras é metodologicamente equivocado, pois a ciência não possui um método adequado para estudar o objeto chamado fé.

terça-feira, 22 de maio de 2018




TRÊS PROPÓSITOS DE DEUS PARA O HOMEM
Texto: Eclesiastes 3. 11
11 Tudo fez Deus formoso no seu devido tempo; também pôs a eternidade no coração do homem, sem que este possa descobrir as obras que Deus fez desde o princípio até ao fim.
Introdução: Muitas pessoas reclamam da falta de propósito em suas vidas. Não encontram sentido naquilo que são e nem no que fazem. Olham para a vida e a criação e veêm tudo como obra do acaso. Entretanto, a Bíblia afirma que tudo foi criado atendendo a um propósito. Nada foi criado aleatoriamente, tudo pertence a um plano divino. E o homem, criado à semelhança de Deus, faz parte deste projeto. Mas quais são os propósitos de Deus para a vida do homem?
1- Que ele tenha um trabalho e seja produtivo
·       O trabalho é uma obrigação de todo ser humano. Não há a opção de não trabalhar – Gn. 3. 19 – I Ts. 4. 11
·       O trabalho é um privilégio e uma bênção – Sl 128. 2 – Todo trabalho honesto é proveitoso para o homem – Pv.14.23;
·       Quem não trabalha é chamado de preguiçoso e está fadado a fracassar na vida -  Pv. 6. 6 – 11 e  2 Ts. 3. 11, 12.
·       O trabalho é o meio de suprirmos nossas necessidades e daqueles que dependem de nós – At. 20. 34, 35.

2- Que ele saiba usar bem o tempo
·       O tempo não pode ser retido, nem domado. Precisamos ser sábios em lidar com ele – Sl. 90. 12;
·       Não devemos nos antecipar ao tempo, nem procrastinar. O tempo tem sua própria estrutura – 2 Co. 6. 2;
·       O calendário cria a ilusão que contamos o tempo e que submetemos ele à nossa agenda. Nós é que nos submetemos à agenda do tempo – Ele passa e vai nos levando com ele –Sl. 90. 10 – Para Deus o tempo não passa–Sl.90.4 e 2Pd.3.8;
·        O tempo que dispomos se chama Hoje. Não existe outro tempo para nós. Temos que saber viver neste momento – Hb. 3. 15.

3- Que ele dê lugar ao desejo pela eternidade
·       Somos movidos pelo desejo da eternidade – As marcas da eternidade estão impregnadas em nossa alma – Gn. 2. 7 – nephesh é alma, fôlego de vida, condição essencial (nossa verdadeira humanidade);
·       Carregamos o desejo pela eternidade em tudo que fazemos. A busca da perfeição é a busca pela eternidade. As manifestações culturais são uma busca pela transcendência, pela superação do cotidiano. Ec. 3. 11b
·       Existe uma demanda do nosso coração pela presença de Deus, isto começa desde a infância – Salmo 42. 2 – Nefesh é alma, e está associada ao processo da respiração (a coisa mais básica de nossa vida) – Deus é o oxigênio da alma ;
·       A eternidade precisa ser vivida, experimentada, sentida. Não vivemos somente das experiências corporais, mas especialmente das espirituais – Mt. 6. 33 – Rm. 14. 17.

quarta-feira, 25 de abril de 2018



DOIS PERIGOS QUE A NOSSA GERAÇÃO CORRE.
Texto: Mateus 6. 25 - 27
25 Por isso, vos digo: não andeis ansiosos pela vossa vida, quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo, mais do que as vestes?
26 Observai as aves do céu: não semeiam, não colhem, nem ajuntam em celeiros; contudo, vosso Pai celeste as sustenta. Porventura, não valeis vós muito mais do que as aves?
27 Qual de vós, por ansioso que esteja, pode acrescentar um côvado ao curso da sua vida? {ao curso da sua vida; ou à estatura}.
Texto 2: Isaías 30. 15.
15 Porque assim diz o SENHOR Deus, o Santo de Israel: Em vos converterdes e em sossegardes, está a vossa salvação; na tranqüilidade e na confiança, a vossa força, mas não o quisestes.
Introdução: Vivemos a pós-modernidade ou modernidade tardia, sendo que este período que começa na década de 60 é marcado pelo rompimento com a história passada, pelo aceleramento da computação e da globalização. Um novo modelo de sociedade que não se baseia nos modelos tradicionais, mas cada pessoa é senhor sobre as suas escolhas. Há um relativismo dos valores e das regras. Marca, também, um novo estágio na revolução industrial (revolução da informática – uso da robótica). Em face deste novo construto social vislumbramos alguns perigos que a nossa geração corre. Vamos focalizar dois deles:
1-    O PERIGO DO HIPERATIVISMO
·        A geração atual é hiperativa e não tem habilidade para esperar (Is. 30.15). Os adolescentes e os jovens não esperam o amadurecimento do corpo e da mente, que têm uma forma, própria, de desenvolver. Os bêbes humanos são diferentes dos filhotes de animais, sendo mais dependentes dos pais, menos instintivos e passíveis de treinamento;
·        As pessoas da nossa geração não conseguem descansar, mesmo quando é momento de descansar – som, tv, rádio, internet ligados quando é tempo de descansar – nem de noite conseguem descansar – Salmo 127. 1, 2;
·        A nossa geração esqueceu-se que o crescimento e o progresso acontecem quando estamos dormindo – Mateus 6. 26, 27;
·         O hiperativismo gera uma sobrecarga sobre a vida mental e física que nos leva ao esgotamento, ao estresse e a depressão. O trabalho não pode ser um fim, mas um meio. Trabalhamos e produzimos um monte de coisas e jogamos, depois, tudo no lixo – Ec. 2. 22 – 24

2-     O PERIGO DA TECNOLATRIA (O CULTO DA TECNOLOGIA) – Salmo 20.7
·        A tecnologia produz autonomia e independência – Is. 30. 1, 2;
·        Por detrás da tecnologia há um desejo de viver sem a presença de Deus. A tecnologia dá a ilusão que temos controle sobre o meio –2 Cr. 26. 15, 16;
·        A tecnolatria nos levou a produzir um monstro tecnológico, chamado armas nucleares, que consumiu bilhões de dólares e que não tem valia, nenhuma, para a sociedade global. Estamos produzindo equipamentos de interatividade e conectividade como nunca na história, mas as pessoas nunca foram tão solitárias. A artificialização da vida. Uma criança é capaz de passar horas com uma máquina na mão, perdendo a capacidade de interagir com outras crianças e pessoas – Jeremias 18. 15 – culto a tecnologia – baal moderno;
·         A tecnolatria é o culto das coisas produzidas pela mão do homem – Cl. 3. 2 – colocamos nosso coração nas coisas da terra e não nas do céu. A tecnologia nos impede de pensar, pois nos entrega o conhecimento pronto e acabado. Não há reflexão, mas repetição, automatismo e ausentamento da realidade social e ambiental. A tecnologia nos afastou de Deus e das pessoas.

a