segunda-feira, 25 de agosto de 2014


Romanos, Gladiador, Lança, Hoplita
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AS ARMAS DA NOSSA BATALHA


TEXTO BASE: EFÉSIOS 6. 10 – 18
10 Quanto ao mais, sede fortalecidos no Senhor e na força do seu poder. 11 Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderdes ficar firmes contra as ciladas do diabo; 12 porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes. 13 Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, depois de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis. 14 Estai, pois, firmes, cingindo-vos com a verdade e vestindo-vos da couraça da justiça. 15 Calçai os pés com a preparação do evangelho da paz; 16 embraçando sempre o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do Maligno. 17 Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a palavra de Deus; 18 com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito e para isto vigiando com toda perseverança e súplica por todos os santos

Introdução: Vivemos em um mundo em guerra. A paz versus a violência, a justiça versus a injustiça, a verdade versus a mentira, a saúde versus a doença etc. A igreja está neste mundo, embora, não seja dele. Como deve ser a ação da igreja neste mundo desordenado e infeliz? A igreja, também, está em guerra, entretanto é uma guerra diferente, que não é física, nem visível. É uma batalha espiritual e invisível. Mas como lutar nesta guerra, que armas usar? Este é o tema do nosso estudo: Quais as armas de nossa batalha?


1-   PRIMEIRA ARMA: A VERDADE
- No mundo só existem duas versões acerca dos fatos: verdade ou mentira. O que acontece aqui não deve ser relativo para a igreja...
- A verdade procede de Deus. Quando falamos a verdade estamos agindo dentro dos limites do Reino de Deus – mentira alguma vem da verdade – 1 Jo. 2. 21
- A verdade é inegável. Ela não pode ser vencida – 2 Co. 13.8.

2-   SEGUNDA ARMA: A JUSTIÇA
- A justiça é uma arma para estabelecer a igualdade e a retidão. A base dos relacionamentos sociais deve ser a justiça –Sl 106. 3;
- A injustiça é uma arma de Satanás para envenenar as relações humanas – Cl. 3. 25;
- A injustiça praticada cria um ciclo vicioso de desigualdade e conflitos – as cotas nas universidades visam reparar uma injustiça histórica com os negros e os pobres – a forma como é feita talvez não seja a melhor, mas a motivação está correta.

3-   TERCEIRA ARMA: O TESTEMUNHO
- O cristão não pode ter vergonha dos valores do evangelho – Rm. 1. 16;
- Onde o crente chegar o evangelho precisa chegar junto com ele – Is.52. 7;
- As boas notícias são uma arma poderosa contra as más notícias deste mundo – que formoso é quem dá boa notícia – que desagradável é quem traz somente más notícias;

4-   QUARTA ARMA - A FÉ
- A fé é aquilo que gera convicção e segurança. Sem ela estamos sem proteção em face dos ataques do inimigo (através dos questionamentos, críticas, dúvidas) – Hb. 11. 1;
- A fé precisa ser guardada em nosso coração para que na hora do confronto estejamos prontos para agir – a fé não é uma coisa de última hora, é algo que se constrói antes das adversidades – Mt. 7. 24 – 26;
- A fé é a base para nossa reação quando somos atacados pelos inimigos.
5-   QUINTA ARMA: A SALVAÇÃO
- A certeza de salvação é que te dá identidade de Filho de Deus. O Filho de Deus não pode ser tocado sem a permissão do Pai – I Jo. 5. 18
- A condição de salvos nos garante que fomos selados e guardados pelo Espírito de Deus – Ef. 1. 13;
- Quando sabemos de quem somos, estamos prontos para o combate.

6-   SEXTA ARMA: A PALAVRA
- A maior arma que dispomos é a da palavra. A palavra de Deus é que nos garante a vitória – Hb. 4. 12;
- Nossa autoridade está limitada pelo uso correto da palavra – 2 Tm. 2. 15 – Mt. 4. 5 – 7;
- Através da palavra afirmamos o Senhorio absoluto de Cristo no universo – Fp. 2. 9 – 11;

7-   SÉTIMA ARMA: A ORAÇÃO
- A oração é a arma mais estratégica que existe. É desconhecida pelo mundo, mas o inimigo não pode resistir a ela;
- Quando oramos entramos num mundo que o inimigo não pode entrar – Mt. 6. 6;
- A oração e a vigilância nos colocam em estado de alerta para discernimos a vontade de Deus para nossa vida e é isto que nos dá a vitória completa – Efésios 6. 18 – A vitória se efetiva quando, além de vencermos o inimigo, cumprimos a vontade de Deus em nossa vida (Salmo 37.4, 5).

quarta-feira, 20 de agosto de 2014


Blue circle. Mark on the calendar at 21. - stock photo
 O TEMPO QUE SE CHAMA HOJE

MENSAGEM EM TIAGO 4. 14
Digo-vos que não sabeis o que acontecerá amanhã. Porque, que é a vossa vida? É um vapor que aparece por um pouco, e depois se desvanece.

Introdução: A pós – modernidade é um tempo de inquietações com o futuro. O medo das doenças, da escassez de alimentos, os problemas ambientais como a diminuição dos depósitos de água, a poluição, as super-populações urbanas. A preocupação com o futuro da humanidade e do planeta se tornou a grande questão filosófica de nossos dias. Ocorre que o futuro é sempre desconhecido, e isto se tornou uma tarefa angustiante para nossa geração, que tem diante de si o desafio de encontrar sentido num presente que aponta para um futuro sombrio. Diante disto resta à igreja oferecer a este mundo pós – moderno, pós meta-físico, pós - científico, pós-secular, uma resposta adequada sobre o futuro. O que a igreja cristã tem a dizer sobre o assunto:

A igreja afirma que não é preciso se preocupar com o futuro.

1-   Porque o amanhã não pode ser determinado – Tg. 4. 14
·        Ninguém sabe, de fato, o que acontecerá amanhã – porque o amanhã não existe – Tg. 4. 14;
·        Ninguém pode viver no amanhã, simplesmente, porque ele não é real – só existe hoje, todo dia se chama hoje – Hb. 3. 13;
·        O hoje não é uma zona intermediária entre ontem e amanhã. O hoje é real e suficiente. Ele não pode ser um meio, ele é um fim em si mesmo. Só posso perceber a vida a partir do hoje – Hb. 4. 7;
·        Quem vive de amanhã (futuro) adoece e mata a vida hoje – Mt. 6. 25, 34. O futuro que as pessoas querem mudar não pode ser mudado. Só posso mudar o meu presente...;
·        A tentativa de controlar o amanhã me rouba a alegria de hoje, pois o amanhã é incontrolável, indomável, inacessível, inabitável, imprevisível e intocável;
·        Quem está preocupado com o amanhã (ocupado previamente com o que não chegou), nunca entrará no descanso de Deus – Hb. 4. 10;
·        Deus promete descanso para hoje, mas você não descansa porque pensa que o descanso será amanhã. Amanhã não pode te dar descanso porque o descanso é para hoje.

2-   Porque eu não preciso saber quanto tempo vai durar a minha vida neste mundo.
·        A duração de nossa vida carnal é do tamanho de nossa fragilidade – Sl. 90. 5, 6 – Tg. 4. 14 – é só olhar para nossa estrutura corporal;
·        Não precisamos saber quanto tempo vai durar, mas como viver bem o tempo que nos resta nesta carne – Sl. 90. 12 – sendo assim... (King James);
·        A vida não foi planejada para acabar. A morte é uma intrometida, uma estranha, uma inimiga que Jesus fez questão de destruir, mas ela deixou o seu veneno no nosso corpo – I Co. 15. 54;
·        O nosso corpo aceita a idéia da morte, mas nossa alma clama por vida – 2 Co. 4. 16 – este é o conflito da filosofia existencialista;
·        Não vale a pena se preocupar quanto tempo nos resta neste corpo (com o futuro de nossa vida física), isto só aflige nossa alma que se alimenta de eternidade, porque nossa alma não se interessa por viver setenta, oitenta, cem anos. Ela só se satisfaz com eternidade – Ec. 3. 11;

Conclusão: Não vale a pena nos agastarmos preocupando quantos dias nos restam. Deus já estabeleceu a soma deles. Só Deus conhecia o meu antes e só ele sabe o meu depois (Sl. 139. 16). A única coisa que eu tenho é o dia de hoje e a minha fé em Jesus.

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Dia Dos Pais, Juntos, Silhuetas


Pai, uma questão de opção
Texto: Efésios 1. 4, 5.
assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor

5  nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade,

Introdução: A paternidade é a experiência social mais marcante na vida de um ser humano. Tanto para quem exerce, quanto para quem recebe (sofre) a paternidade. Todos nós carregamos marcas de um pai, seja pela presença, seja pela ausência. Percebemos na história e na forma como as famílias se organizam que ser pai não é uma imposição, mas uma opção. E hoje vamos demonstrar que para ser pai é preciso escolher ser um pai. Pai, uma questão de opção.

1-    Eu escolho ser pai porque minha presença não é obrigatória
·         Uma mãe não pode se ausentar do filho, uma vez que o filho está dentro dela, no começo da família. O pai pode se ausentar ou fugir da presença do filho – Mt. 1. 18 – 24;
·         Ser mãe uma condição, ser pai é uma opção, pois o pai escolhe o filho à medida que se propõe ficar ao lado dele, assumindo a função de provedor, protetor e educador/influenciador –
·         O pai não gesta o filho, nem pari o filho, nem amamenta o filho, nem tem a companhia constante do filho, mas deve escolher o filho por amor – em amor somos escolhidos pelos nossos pais – nós predestinamos nossos filhos para serem nossos filhos – Efésios 1. 5.
·         A paternidade não se consuma com a geração de um filho, mas com a eleição daquela pessoa como nosso filho; o homem que não assume o filho não é um pai, mas apenas um reprodutor, um gerador –
·         Para ser pai é preciso gerar e adotar o filho como tal. Senão seremos apenas geradores de uma criatura – Jo. 1. 12 - No novo testamento há duas palavras para filho: teknon – posição social ou legal do filho, huios é aquele que foi gerado, ocupa uma posição social e está num relacionamento com o pai. Jesus é o huios de Deus.
·         Deus é pai no sentido de ter gerado ou criado o ser humano, mas para ele ser pai no sentido pleno é preciso que queiramos a sua presença como pai, como provedor, protetor e educador.


2-    Eu escolho ser pai movido por um amor sacrificial – v. 5;
·         O amor do pai é um amor gratuito e sem contrapartida. Ele não sente o movimento do filho no seu ventre. Seu sangue não circula nas veias do filho, não recebe o beijo do filho nos seus seios. Não dorme ao lado do filho nos primeiros dias e nos três primeiros anos é uma figura secundária na vida do filho;
·         Adotar alguém como filho é uma escolha que envolve sacrifícios e renúncias – Jo. 3. 16;
·         Ser pai não é um acidente biológico ou o encontro de um espermatozóide com um óvulo, é uma escolha que envolve perdas e danos. Você vai trabalhar de graça para alguém, vai sustentá-lo, vai gastar seu tempo com ele, vai treiná-lo para a vida. E depois ele te deixará sem indenização, sem justificativa, sem compensação material alguma. Só é possível ser pai se houver um verdadeiro amor por aquela pessoa;
·         Ser pai é reproduzir um comportamento divino, amando mesmo quando não é compreendido, nem aceito – Rm. 5. 8 – o pai não deve esperar retribuição do seu amor e de sua atenção, deve simplesmente continuar escolhendo ser pai.


Conclusão: Ser pai para alguns é um grande fardo e uma grande limitação, para outros é uma coisa acidental e que não gera nenhum tipo de mudança de comportamento. Entretanto, ser pai é uma representação bíblica da maior importância e que resume muito da forma de Deus se relacionar com seu povo. A figura de um pai é o modelo do amor de Deus para com o homem. Descobrimos que a paternidade é uma escolha e não uma imposição.