Por que estamos nos desumanizando?
Texto: Isaías 53. 1- 3
1 ¶
Quem creu em nossa pregação? E a quem foi revelado o braço do SENHOR?
2 Porque foi subindo como renovo perante ele e
como raiz de uma terra seca; não tinha aparência nem formosura; olhamo-lo, mas
nenhuma beleza havia que nos agradasse.
3 Era desprezado e o mais rejeitado entre os
homens; homem de dores e que sabe o que é padecer; e, como um de quem os homens
escondem o rosto, era desprezado, e dele não fizemos caso.
Introdução:
Estamos num processo de desumanização do ser humano, tirando dele sua essência
enquanto espécie humana. Fomos criados para sermos humanos física, psicológica,
emocional, espiritual e sociologicamente. Já no início, perdemos nossa
humanidade espiritual, ao longo do tempo fomos perdendo nossa humanidade
psicológica e emocional, por fim, estamos destruindo nossa humanidade física e
biológica. De humano está ficando, apenas, a condição de transgressor e
pecador. Por que podemos afirmar que estamos nos desumanizando?
1-
Por que roubamos do humano sua condição essencial de humano.
·
Jesus é o
resgate da imagem espiritual e social do humano. Ele é o humano que não sacrifica a criação para
ser diferente do outro humano – Jesus não era um humano transfigurado, mas um
Deus vestido de humanidade (de humanidade plena) – humanidade física, psicológica
e emocional (Hb 2. 17);
·
A humanidade
original de Jesus assusta nossa humanidade deformada e confusa. Jesus é a
possibilidade de resgatarmos o verdadeiro humano, o adão original – o texto no
faz entender que “não havia Nele o tipo de beleza que nos agradasse” – criamos
um padrão de beleza fajuto para os humanos, transformando sua beleza essencial
em beleza aparente (olha para trás e eleja a pessoa mais bonita);
·
Perdemos o
conhecimento do verdadeiro humano. Acostumamos com o humano impostor que mora
em nós e que é inimigo de Deus – Rm. 1. 23 – o humano impostor rouba a glória
de Deus e usa como se fosse sua;
·
Estamos
transformando os humanos em andrógenos[1] –
Fomos criados para sermos machos e fêmeas (zachar e nequeba), mas estamos
descaracterizando a macheza dos homens e desconstruindo a feminilidade das
mulheres. Virou estilo de vida não ser homem, nem mulher, mas adotar um
comportamento baseado na androgenia[2] –
existe até moda andrógina...;
·
Estamos
roubando do homem a predisposição natural para a cooperação e a generosidade –
Gn. 2. 18;
·
Construímos um
padrão de humano egoísta, cruel e indiferente com a sorte do outro humano – Is.
53. 4 – Mas Jesus ensina que nossa humanidade inclui o outro – Jo. 15. 12, 13.
·
Só posso ser
chamado de humano verdadeiro quando sou capaz de me doar e me sacrificar pelo
outro. O humano que odeia, persegue e oprime o outro, é um humano falsificado,
fajuto, impostor e usado por Satanás – I Jo. 4. 20.
[2] Na psicologia, esse termo também é empregado para se
mencionar a um transtorno de identidade de gênero, no qual o indivíduo não se
conhece como homem nem como mulher, mas como o conjunto dos dois. Vale advertir
que a androginia, no caso em questão, não está, necessariamente, relacionada ao
hermafroditismo e tampouco ao contexto utilizado nesta produção.