“Então seu senhor o levará
aos juízes, e o fará chegar à porta, ou ao umbral da porta, e seu
senhor lhe furará a orelha com uma sovela; e ele o servirá para sempre." (Êxodo
21:6).
Qual
nosso nível de comprometimento com Deus?
O
nosso discurso de comprometimento nem sempre corresponde ás nossas ações
práticas. Como podemos aferir nosso comprometimento com Deus? Como saber até
onde estamos comprometidos com Deus? Nosso comportamento na comunidade diz
muito á respeito de nossas crenças e valores. Nossas declarações de fé ficam
estampadas no cotidiano e repercutem nas praças, ruas e casas de nossa cidade,
mesmo que nenhuma palavra tenha saído de nossos lábios.
Pensar
de maneira prática no que somos e demonstramos no relacionamento com Deus exige
certo esforço e humildade para admitir as contradições. Percebemos no texto de
êxodo 21.6 uma gradação no comprometimento do servo com seu senhor. O servo na
sua disposição de permanecer ao lado do seu senhor se dispõe a fazer isto de
maneira legal (perante os juízes), de maneira pública (na porta da cidade) e de
maneira cúmplice (ao furar suas orelhas).
Percebemos
nestas ações uma vontade definida do servo em estar e permanecer com seu
senhor. Nosso comprometimento com Deus deve percorrer também estas esferas: legalidade,
publicidade e cumplicidade.
Não
podemos ignorar o sistema legal da sociedade em que estamos inseridos, e sim,
devemos nos valer dele para glorificar a Deus com uma vida sujeita ás
autoridades constituídas (vide Romanos 13). Igualmente nossa aliança com Deus
deve ser notória a todas as pessoas. Não devemos encobrir nossa religiosidade
em favor de uma política de boa vizinhança, sacrificando valores da nossa fé.
Por
fim, nosso compromisso com Deus deve nos expor (se preciso) à crítica e ao
questionamento. Nossas “orelhas estão soveladas”, carregamos marcas indeléveis
na nossa vida que não devem ser encobertas á visão dos céticos. Como disse o
apóstolo Paulo: Desde agora ninguém me moleste mais, pois, carrego no meu corpo
as marcas de Cristo (carta aos gálatas).
E aí, vamos avaliar
nosso nível de comprometimento?
Um abraço! Pr. José
Roberto