Três caminhos
que a vida religiosa oferece
Texto: João 6.
68
Respondeu-lhe, pois, Simão Pedro:
Senhor, para quem iremos nós? Tu tens as palavras da vida eterna.
Salmo
139. 7 - 10
Para onde
me irei do teu espírito, ou para onde fugirei da tua face?
Se subir ao céu, lá tu estás; se fizer no inferno a minha cama, eis que tu ali estás também.
Se tomar as asas da alva, se habitar nas extremidades do mar,
Até ali a tua mão me guiará e a tua destra me susterá.
Se subir ao céu, lá tu estás; se fizer no inferno a minha cama, eis que tu ali estás também.
Se tomar as asas da alva, se habitar nas extremidades do mar,
Até ali a tua mão me guiará e a tua destra me susterá.
Introdução: Pedro e Davi manifestam uma convicção que nossa geração não tem demonstrado. É a convicação de que não há nada, nem ninguém que seja tão importante ou que mereça tamanha dedicação e atenção, quanto o nosso Deus. Os dois estão convictos de que a presença de Deus ocupa todos os espaços da sua vida. A religião cristã de nossos dias, entretanto, vive de grandes contradições e conflitos doutrinários. A religião cristã tem várias ramificações e não há consenso entre elas. Vejamos a história:
A Igreja cristã católica romana – surgiu
no século IV e crê nas Escrituras Sagradas e na tradição da igreja; nos santos
e na infalibilidade papal; e na salvação pós-morte. A Igreja cristã ortodoxa
oriental – surgiu no ano de 1054, quando se separou da igreja católica romana e
crê nas Escrituras Sagradas, na tradição da igreja, na salvação pós-morte, mas
não aceitam a figura do papa como vigário de Deus, possuem um patriarca; a Igreja
cristã protestante – surgiu a partir do século XVI, quando se separou da igreja
católica romana e crê nas Sagradas Escrituras como única regra de fé e prática,
na suficiência da salvação de Cristo, não existe a figura do papa, nem do
patriarca e não acreditam numa salvação pós –morte.
Portanto, a igreja cristã seguiu vários
caminhos até nossos dias. Cabe a nossa geração analisar quais são os caminhos
que a igreja tem enveredado em nossos dias. Vamos pensar nesta noite, nos
caminhos da igreja pós-moderna. Quais são os caminhos da igreja pós-moderna?
1-
O
caminho da racionalidade – (da razão)
·
Buscar a explicação da vida na finitude
dela. Enxergar-se como objeto e coisa no mundo – Fp. 3. 18, 19 – não há
explicação possível dentro do meu curso de vida;
·
É a tentativa de esvaziar o mundo do
encanto, do sobrenatural e do transcendente – At. 23.8;
·
Alguns seguem Jesus para obter vantagens
materiais e políticas – Jo. 6. 26;
·
O caminho da racionalidade foge do que é
eterno para buscar respostas no que os olhos podem ver e no que as mãos podem
tocar – Jo.6. 51, 52
Anotações:
- São aqueles que não estão em busca do milagre, mas do resultado do milagre;
- São cristãos que estão em busca de cargos eclesiásticos e não em busca do Reino de Deus;
- São aqueles que lutam por interesses religiosos mundanos e temporários não pela obra de Deus;
- São aqueles que querem que o céu seja na terra, aqui e agora – é o céu do capitalismo: comida, saúde, dinheiro e sucesso;
- São teologias terrenas: teologia do evangelho social, teologia da libertação, teologia da prosperidade
2-
O
caminho da irracionalidade – (da superstição)
·
Viver desligado da realidade, negando os
fatos. Fazer da superstição a explicação da realidade – 2 Tm.4.3, 4;
·
O caminho da irracionalidade é o caminho
da fantasia, da ilusão, do misticismo e do engano satânico – Êxodo 8. 6, 7;
·
É rejeitar a verdade e viver de
fantasias religiosas, enganando se a si mesmo e aos outros –2 Tm. 2. 17, 18 –
pior do que não saber a verdade é se desviar dela.
·
São aquelas pessoas que se refugiaram em
práticas religiosas e misteriosas e se tornaram prisioneiros de Satanás - Is.
44. 20;
Anotações:
- Sobre a superstição: onde a consciência e a razão são silenciadas pelo sobrenatural (fé e boa consciência em Timóteo);
- Onde o cristão perde a capacidade crítica e de juízo sobre a verdade – I Co. 14;
- Quando o cristão vive, apenas, de um sobrenatural desconhecido;
- Quando a religião rouba o bom senso e o discernimento – I Tm. 4. 1.
3-
O
caminho da eternidade (da salvação)
·
Compreender a vida com os olhos da
eternidade. Enxergar-se como projeto eterno de Deus – Sl. 139. 7 – 10 – o
projeto de Deus é maior que nossas conjecturas e expectativas;
·
Interpretar a vida a partir do
conhecimento de Deus- Jr. 9. 23, 24 – Não o contrário, ou seja, interpretar
Deus a partir de seu conhecimento próprio. Há muitos querem compreender a vida
a partir de si mesmo;
·
O caminho da eternidade é o único que dá
sentido, propósito e direção para a vida – Ec. 3.11 – Por isto Pedro disse:
Senhor não queremos ir para lugar algum, encontramos tudo que queríamos e
precisávamos encontrar – Jo. 6. 68;
·
Se rejeitarmos o caminho da eternidade,
em algum momento ele cruzará com o nosso caminho e nos mostrará a loucura que
fizemos com nossa vida – a morte será está passagem inadiável – Lc. 12. 20, Mt.
16.26.
Conclusão: O projeto eterno de Deus para o ser humano é inescapável. Todos
prestarão contas de si mesmo, por isto é melhor prestar contas a Deus quando
temos um mediador que nos perdoa, nos justifica e nos redime de nossos pecados.
Glória a Deus!