Quando chega o tempo da plenitude
Texto Básico: Gálatas 4. 4 e 5
“Vindo, porém, a plenitude do tempo, Deus
enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido sob a lei, para resgatar os que
estavam sob a lei, a fim de que recebêssemos a adoção de filhos.”
Quando falamos em
plenitude pensamos em um ápice, no fim de um ciclo, na completude de um processo.
E é verdade, a palavra plenitude (pleroma no grego) traz consigo a ideia de
tempo oportuno, pleno. Podemos entender a plenitude como uma dispensação em que
o tempo de Deus (Kírios, no grego), cruza com o tempo nosso (Cronos, na língua
grega). Este tempo é a instância que Deus usa e usou para cumprir propósitos
específicos. O maior destes foi o envio do seu Filho, Jesus Cristo.
Existem,
entretanto, experiências particulares na vida do cristão que o faz perceber que
Deus estabeleceu um dado momento em que algumas coisas mudarão. Percebemos isto
nos chamados dos profetas e líderes da nação de Israel, como no caso de Moisés,
Elizeu, Isaías e tantos outros.
Algumas
circunstâncias são observáveis quando se instaura este tempo, chamado
“Plenitude”. A primeira circunstância que se percebe é que neste período
acontece um processo de restauração, que se manifesta em áreas críticas
da vida do cristão, como no nível de comunhão com Deus. Esta é a área mais
sensível, uma vez que, conforme o texto em epígrafe, a missão de Jesus no tempo
da Plenitude foi resgatar a comunhão do homem com Deus. A comunhão é o ponto de
partida para qualquer projeto de Deus na vida do homem. O primeiro e mais
urgente chamado é o chamado à comunhão com Deus.
No tempo da
plenitude percebemos uma obra de restauração envolvendo toda a nossa vida como
o que registra o salmista: “Quando o
Senhor restaurou a nossa sorte ficamos como quem sonha (Sl. 126. 1)”.
A segunda
circunstância que se manifesta é a que chamamos de “Colheita”. O cristão
sente que esforços passados, atividades em que investiu oração, trabalho,
pregação, testemunho, começam a apresentar frutos. Instala – se um período de
resultados, demonstrando que aquilo que foi semeado começa agora a frutificar,
como na poesia do salmo 126: “Quem sai
andando e chorando enquanto semeia, voltará com júbilo, trazendo os seus
feixes”.
No tempo da
plenitude, percebemos que a prosperidade nos persegue, não como resposta a
investimentos presentes, mas como, recompensa da parte de Deus por aquilo que
Ele próprio fez, através de nós. Pura graça, não é verdade? Pois é assim, esse
Deus gracioso nos proporciona, neste tempo pleno, uma grande colheita.
Uma terceira e
última circunstância, também, é observada neste pleroma divino, que é o começo
de um período de descanso (repouso sabático). O descanso que a fé
proporciona se torna real na nossa jornada cristã. Sentimo-nos satisfeitos com
a sensação de uma missão cumprida. A vida cristã se torna prazerosa e
libertadora diante do sentimento de que, aquilo que Deus nos pediu para fazer
está cumprido e tem a aprovação de Dele (Hb. 4. 10).
Podemos concluir
dizendo que, na plenitude do tempo, Deus estabelece uma nova etapa em
nossas vidas, inaugurando um tempo de restaurações, conquistas e descanso na
fé.
Deus permita que
seja este tempo de plenitude, o tempo de Deus para sua vida.
Feliz 2013.
Pr. José Roberto Limas da Silva – Igreja Batista Nova Vida – 01/01/2013