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QUANDO AS LEMBRANÇAS
AMARGAS DO PASSADO INVADEM NOSSO PRESENTE.
Texto Básico: Gn. 42.
21, 22
“Então
disseram uns aos outros: Na verdade, somos culpados acerca de nosso irmão, pois
vimos a angústia da sua alma, quando nos rogava; nós porém não ouvimos, por
isso vem sobre nós esta angústia. E
Rúben respondeu-lhes, dizendo: Não vo-lo dizia eu: Não pequeis contra o menino;
mas não ouvistes; e vedes aqui, o seu sangue também é requerido.”
Introdução: Vez por outra
percebemos em nossa vida comportamentos infantis e inadequados. Diante disto ficamos
envergonhados e sem entender o motivo de tais. Muitos de nós permanecem condicionados por lembranças amargas do passado, e estas memórias acabam
determinando atitudes hostis, vingativas e até perversas. A pergunta que deve
ser feita é: O que acontece quando as lembranças amargas do passado invadem
nosso presente?
I- A culpa se torna um sentimento real, diário e inseparável – "...somos
culpados... - v. 21
·
Todas as ações e reações estavam ligadas à culpa – os irmãos de José possuíam
um universo emocional desajustado e instável - v. 21
·
Não havia descanso, nem paz permanente – os conflitos sempre brotavam como
resposta a insegurança interior;
·
O coração passa a alimentar-se somente de lembranças tristes (... vimos a
sua angústia...) – as lembranças, apesar do tempo, eram vívidas – Pv. 15. 13 – 20
anos se haviam passado;
·
As imagens negativas que geraram culpa invadem o presente, que perde a
razão de ser. O passado se reproduz no presente. –“O que somos hoje é um produto
de como nos lembramos de acontecimentos passados(...). Frequentemente nos
tornamos a imagem daquilo que lembramos - citação do livro “O passado a seu
favor, p. 37).
II- Entramos num processo de auto-condenação - “por isto é vinda está
angústia sobre nós..."
·
Passamos a sentirmo-nos irritados conosco mesmo – Reprovamos as atitudes
que nos levaram àquela situação – “...não lhe acudimos..." (nós não prestamos,
pois falhamos com nosso irmão);
·
Começamos a alimentar uma auto-rejeição – este sentimento invadindo nosso
coração se torna altamente destrutivo e pode nos levar a morte emocional e/ou física – Judas (Mt.27. 3- 5);
·
Buscamos meios de compensar os nossos erros, nos expondo a situações
aviltantes e humilhantes, entretanto isto não produz alívio de nossa culpa – 2
Sm. 9. 8;
·
Tornamo-nos prisioneiro do julgamento e condenação de nossa consciência.
Não acreditamos que haja conserto para o mal que fizemos ou que sofremos – Gn.
42. 22 - “eis que se requer de nós o seu sangue”.
III- Somos desafiados a enfrentar estas lembranças amargas e buscar a cura – Lm. 3.
19, 20;
·
Não há tratamento sem diagnóstico – não há diagnóstico sem levantamento de
dados – as lembranças do passado de sofrimento de Jeremias precisavam ser
tratadas e esquecidas;
·
Enfrentar as lembranças do passado pode ser doloroso, mas se faz
necessário, para que elas não se transformem em fantasmas que aterrorizem nosso
presente – fantasmas não tem existência própria, mas causam medo e tormento
real – Mc. 9. 21, 22;
·
O passado de sofrimento revelado é um mecanismo de cura no presente – Lc.
8. 46, 47;
·
O processo de cura das lembranças amargas desta mulher (Lucas 8. 46) precisava passar pela confissão,
perdão, exposição e restauração – a confissão dos seus pecados, o perdão para
aqueles que o feriram, a exposição de sua doença se fez necessária porque sua
doença era pública e notória – ela precisava ver face a face os seus
concidadãos sem nenhum ressentimento ou constrangimento. Ela foi doente, hoje
está curada. Glória a Deus – Mc. 5. 33, 34 – a cura era pública também;
·
A cura precisa ser completa, esta mulher recebeu uma cura tríplice – cura
física pelo toque, cura emocional pela confissão, cura espiritual pela palavra
de salvação que recebeu – esta é a cura completa que Jesus tem para nossa vida
– Mc. 5. 34
Conclusão: Diante
disto para que haja libertação das lembranças amargas do passado faz – se necessário,
algumas atitudes:
·
Se você é a parte ofendida, perdoe francamente (não minore o mal que te
fizeram, perdoe-o na proporção da ofensa) – Gn. 50. 18 – 20;
·
Se você é a parte culpada, não diminua a gravidade do seu pecado. Assuma o
que você fez por completo e receba o perdão suficiente para este pecado e
abandone toda culpa. Pecado confessado é pecado perdoado – Sl. 51. 4.
Pastor José Roberto Limas da Silva