Mensagem
de formatura do colégio Excelência
Texto:
Jo. 4. 23, 24
23 Mas vem a
hora e já chegou, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e
em verdade; porque são estes que o Pai procura para seus adoradores.
24 Deus é
espírito; e importa que os seus adoradores o adorem em espírito e em verdade.
Qual minha função social? Qual o meu lugar no mundo?
Introdução: Qual o meu lugar no mundo, qual espaço é o
meu? Qual deve ser minha ação no mundo, para onde vou, para que vim a este
mundo? E agora, o que faço com minha vida? São perguntas que fazemos em algum
momento da vida. Hoje é um dia para fazermos perguntas e obtermos respostas.
1- Minha função social primária é a adoração a Deus
·
Fui criado para a adoração. Esta é minha vocação original. Deus não
esta á procura, primeiramente, de médicos, professores, pastores, advogados,
industriários, empresários, estudantes; mas em busca de adoradores – Jo. 4. 23;
·
Meu primeiro compromisso social é com o Deus que me deu a vida. Dn. 5.
22, 23 . Eu tenho uma dívida (prazerosa de ser paga) de adoração para com ele;
·
Minha estrutura física, psicológica e espiritual foi formatada para a
adoração – Ef. 1. 11, 12. Há o perigo de que, depois que passamos a usufruir da
vida em sua plenitude (adolescência/juventude), surja a ideia de autonomia e
liberdade egoísta – um bebê não pensa em autonomia, mas em dependência. Um
ancião não pensa em independência, mas em apoio e ajuda – Ef. 1. 11, 12;
·
Meu papel social no mundo será empobrecido, se minha primeira ação for
voltada para a sociedade (estudar, trabalhar, produzir bens de consumo). Meu
primeiro papel social é voltado para Deus e não para os homens.
2-
Minha função social secundária é minha subjetividade (sujeitidade).
·
A primeira função social, que é a adoração, me fornece a identidade, me
fornece o sujeito que eu sou. Gn. 32. 27, 28. Sem adoração vivemos a vida
inteira com ideias equivocadas a nosso respeito;
·
Antes de conhecer o mundo, preciso de me conhecer. O maior conhecimento
humano é auto-conhecimento[1];
·
O segundo papel social não é voltado para a coletividade, mas voltado
para a minha interioridade – de que adianta ganhar o mundo inteiro e perder
minha alma. De que adianta conhecer e conquistar o mundo, se nunca me achei, se
nunca me encontrei[2] – Mt. 8.36;
·
Preciso encontrar meu DNA existencial. Preciso de uma história que seja
minha. Não posso viver dignamente se não estiver disposto a construir uma
história que começa em mim e não na sociedade. Não devo abrir mão daquilo que
me é próprio, pois esta é a vida que me foi dada por Deus – Gn. 1. 27 – sou uma
manifestação da vida justa, honesta, verdadeira e santa de Deus.
[1] Normalmente
atribuída ao filósofo grego Sócrates (479-399 a.C.), a frase “conhece-te a ti mesmo”
é, na verdade, a inscrição que se via na entrada do Oráculo de Delfos. Neste
local, dedicado a Apolo (na mitologia grega, o deus da luz e do sol, da verdade
e da profecia), buscava-se o conhecimento do presente e do futuro ...
[2] “Eu estive em todos os
lugares e só me encontrei em mim mesmo” – frase de Jhon Lennon