Só para
lembrar que hoje é o dia da Terra.
Júlia Pires Limas ¹
José Roberto Limas²
Vamos lá, gente! Hoje é o dia da Terra. Pensando bem, difícil é
falar de algo tão abrangente, gigante e distante. Distante e perto, a bem da
verdade. Somos terra e voltaremos para a terra. Ora isto assusta! Assusta
demais. Mudando de assunto, fico impressionado com a diversidade do planeta em
termos de plantas, animais, solos, rios, mares, montanhas etc, mas incomodado
com a persistência de nossas maldosas ações em relação a essa criação
maravilhosa.
Sabe, isto parece discurso de ambientalista alienado, mas não; acho
mesmo que nossas ações sociais e nossos laços de afetividade com a terra estão
no pior nível da história. Exploramos, subjugamos, redesenhamos o planeta na vã
esperança de domesticá-lo. A criação de Deus não é para ser domada, mas
compreendida e amada. Dos animais fizemos nossos palhaços, das plantas nossos
concentrados químicos, dos homens (pobres), nossos escravos.
Bom, minha gente! Este planeta não é criação nossa, e, portanto,
não temos o direito de destruí-lo. A terra geme por causa dos nossos pecados,
do sangue de homens e animais que é derramado diariamente sobre sua superfície.
Como desculpa, criamos a mãe-ciência que explica todos os mistérios da natureza
e justifica nossa gana de conquistas. A terra não nos tolera mais, ela que foi
criada para ser nossa provedora, nossa amiga, nossa parceira, hoje, já enjoou
de nossa cara, de nossas promessas vazias de preservação e justiça social.
Haverá alguma esperança para esta terra? Eu deveria dizer que sim,
especialmente, hoje, no dia da Terra (22 de abril), mas não há não, meu caro
amigo. Esta atmosfera que ora nos protege, sombreia e filtra os raios solares,
em breve, será incendiada e a terra como uma bola de fogo verá sua vegetação,
animais e minerais sendo incinerados (2 Pd. 3. 10 – 12). Mas existe uma boa notícia, é que haverá novos
céus e terra, porque Deus não desiste de nos fazer bem. Deus “ressuscitará”
esta terra e a fará um lugar de bênção, paz e alegria, onde a nossa maldade não
mais poderá afetá-la (Isaías 65. 17 – 19).
¹ Graduanda do Curso de Direito da Unimontes
² Geógrafo (UFMG).