REFLEXÃO
A importância da
instrução na vida religiosa
“Então, os judeus se
maravilhavam e diziam: Como sabe este letras, sem ter estudado (João 7. 15)?”
A necessidade de se
comunicar com a geração contemporânea sempre foi uma exigência para a igreja. O
pensamento de que a igreja é um segmento iletrado e descontextualizado, é uma
leitura precipitada do pensamento e da história da igreja.
A geração de Jesus ficou
estarrecida pela profundidade de seu conhecimento e sua capacidade de se
comunicar com as massas. Jesus não se intimidava diante de um ambiente mais
acadêmico e culto (Mt. 22. 45, 46), bem como, sabia se dirigir aos segmentos
menos letrados da sociedade (Mc. 4. 33).
O fato de Jesus não ter
frequentado uma escola rabínica tradicional não o impediu de ser um estudante
zeloso da torah. Seu crescimento intelectual era visível na sua abordagem e
compreensão de realidades naturais e espirituais (Lc. 2. 46, 47, 52).
O cristão não deve
prescindir de crescimento intelectual. Sua aprendizagem e crescimento não devem
vir em prejuízo de sua fé, mas devem corroborar com sua espiritualidade.
A igreja evangélica
brasileira ocupa um momento singular na história de nosso país, e por isto, a
geração atual será mais exigida, á medida que ela precisa produzir uma cultura
religiosa, social, filosófica e política contextualizada às demandas da
modernidade.
As escrituras sagradas, a
experiência cristã e os valores religiosos precisam ser teorizados, praticados
e ensinados pela igreja contemporânea a fim de evangelizarmos o Brasil. O
evangelismo eficaz da igreja passa pela academia, pela literatura, pela música,
pela arte e, sobretudo, pelo testemunho de vida da igreja.
Diante deste estado de
coisas, a igreja precisa de gente que ora, que lê as escrituras, que escreve,
que compõe, que pesquisa, que pensa, que filosofa, que inspira, que frutifica
(Jo. 15. 5).
Que Deus levante estes
homens e mulheres que moldarão o pensamento cristão presente e das gerações
vindouras (1 Cr. 12. 32).
Pr. José Roberto Limas da
Silva