Pai, uma questão de opção
Texto:
Efésios 1. 4, 5.
4 assim como nos escolheu nele antes da
fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor
5 nos predestinou para ele, para a adoção de
filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade,
Introdução: A paternidade é a experiência social mais marcante na vida de um
ser humano. Tanto para quem exerce, quanto para quem recebe (sofre) a
paternidade. Todos nós carregamos marcas de um pai, seja pela presença, seja
pela ausência. Percebemos na história e na forma como as famílias se organizam
que ser pai não é uma imposição, mas uma opção. E hoje vamos demonstrar que
para ser pai é preciso escolher ser um pai. Pai, uma questão de opção.
1- Eu escolho ser pai
porque minha presença não é obrigatória
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Uma mãe não pode se ausentar do filho, uma vez
que o filho está dentro dela, no começo da família. O pai pode se ausentar ou
fugir da presença do filho – Mt. 1. 18 – 24;
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Ser mãe uma condição, ser pai é uma opção, pois
o pai escolhe o filho à medida que se propõe ficar ao lado dele, assumindo a
função de provedor, protetor e educador/influenciador –
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O pai não gesta o filho, nem pari o filho, nem
amamenta o filho, nem tem a companhia constante do filho, mas deve escolher o
filho por amor – em amor somos escolhidos pelos nossos pais – nós predestinamos
nossos filhos para serem nossos filhos – Efésios 1. 5.
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A paternidade não se consuma com a geração de
um filho, mas com a eleição daquela pessoa como nosso filho; o homem que não
assume o filho não é um pai, mas apenas um reprodutor, um gerador –
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Para ser pai é preciso gerar e adotar o filho
como tal. Senão seremos apenas geradores de uma criatura – Jo. 1. 12 - No novo
testamento há duas palavras para filho: teknon – posição social ou legal do
filho, huios é aquele que foi gerado, ocupa uma posição social e está num
relacionamento com o pai. Jesus é o huios de Deus.
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Deus é pai no sentido de ter gerado ou criado o
ser humano, mas para ele ser pai no sentido pleno é preciso que queiramos a sua
presença como pai, como provedor, protetor e educador.
2- Eu escolho ser pai
movido por um amor sacrificial – v. 5;
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O amor do pai é um amor gratuito e sem
contrapartida. Ele não sente o movimento do filho no seu ventre. Seu sangue não
circula nas veias do filho, não recebe o beijo do filho nos seus seios. Não
dorme ao lado do filho nos primeiros dias e nos três primeiros anos é uma
figura secundária na vida do filho;
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Adotar alguém como filho é uma escolha que
envolve sacrifícios e renúncias – Jo. 3. 16;
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Ser pai não é um acidente biológico ou o
encontro de um espermatozóide com um óvulo, é uma escolha que envolve perdas e
danos. Você vai trabalhar de graça para alguém, vai sustentá-lo, vai gastar seu
tempo com ele, vai treiná-lo para a vida. E depois ele te deixará sem
indenização, sem justificativa, sem compensação material alguma. Só é possível
ser pai se houver um verdadeiro amor por aquela pessoa;
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Ser pai é reproduzir um comportamento divino,
amando mesmo quando não é compreendido, nem aceito – Rm. 5. 8 – o pai não deve
esperar retribuição do seu amor e de sua atenção, deve simplesmente continuar
escolhendo ser pai.
Conclusão: Ser pai para alguns é um grande fardo e uma grande limitação, para
outros é uma coisa acidental e que não gera nenhum tipo de mudança de
comportamento. Entretanto, ser pai é uma representação bíblica da maior
importância e que resume muito da forma de Deus se relacionar com seu povo. A
figura de um pai é o modelo do amor de Deus para com o homem. Descobrimos que a
paternidade é uma escolha e não uma imposição.