pixabay.com
ESTUDO
A RESPEITO DO USO DO ÓLEO NA IGREJA
Textos:
“
expeliam muitos demônios e curavam numerosos enfermos, ungindo-os com óleo.”
(Marcos 6:13 RA)
“
Está alguém entre vós doente? Chame os presbíteros da igreja, e estes façam
oração sobre ele, ungindo-o com óleo, em nome do Senhor.” (Tiago 5:14 RA)
O uso
do óleo na igreja não é um assunto abordado por Paulo nas suas cartas, nem é
discutido detalhadamente no Novo Testamento. Trata – se de uma prática mais
judaica, entretanto, temos duas passagens do Novo Testamento que validam o uso
do óleo na ministração aos enfermos.
Nas
duas passagens fica evidente a ideia de que a unção é para doentes e
fragilizados, portanto, não há base alguma para o uso do óleo ou azeite em
outras finalidades, como na extrema unção no catolicismo ou na “ministração de
poder” do Espírito Santo na vida do crente, como tem sido praticada por várias
igrejas tidas como evangélicas.
Outra
questão importante é que a unção é feita por presbíteros e não por outros
cristãos leigos. A ministração da unção é prerrogativa dos líderes da igreja e
não deve ser banalizada, a ponto de vermos pessoas levando vidrinhos de óleo ou
azeite para casa como se fosse um amuleto para afugentar as enfermidades. Há de
se entender que o uso do óleo não é a única forma de ministrar cura na vida de
um enfermo. No texto e contexto da passagem de Tiago, dá se a entender que
devido á fraqueza espiritual do indivíduo acometido por aquela enfermidade (que
no caso da passagem, parece estar associado a pecados cometidos e não confessados),
precisa – se de uma forma de motivar a fé do doente. Devemos deixar claro que
nem toda doença é fruto de pecados cometidos, como bem sabemos.
Diante
disto, precisamos ser simples como as pombas e prudentes como as serpentes para
não desprezarmos aquilo que a Escritura nos orienta a fazer, mas devemos
fazê-lo da forma certa. Sabemos que o diabo busca desvirtuar aquilo que é puro
e verdadeiro, e encontramos em diversos segmentos religiosos o uso do óleo com
finalidades pagãs, como é usado na umbanda e outras religiões africanas, pois
“alguns africanos acreditam que o óleo em si possui poder curativo miraculoso.
Outros acreditam que a cura depende do óleo empregado” (Rick Warrem, 2010).
Por
fim, não basta fazer a coisa certa, é preciso fazê-la da forma certa, pois o
uso do óleo é bíblico, mas deve ser ministrado da forma certa, pelas pessoas
escolhidas por Deus para esta missão, conforme somos ensinados, porque “Ninguém,
pois, toma esta honra para si mesmo, senão quando chamado por Deus, como
aconteceu com Arão.” (Hebreus 5:4 RA).