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UMA
REFLEXÃO (NADA NATALINA) SOBRE O NASCIMENTO DE JESUS.
Porque, a
qual dos anjos disse jamais: Tu és meu Filho, Hoje te gerei? HB. 1. 5¹
Porque um
menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus
ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da
Eternidade, Príncipe da Paz. Isaías 9. 6¹
O
nascimento de Jesus é um divisor da história da humanidade. O Filho de Deus encarnado,
o Deus-Humano inaugura um novo momento no Cosmos. Um projeto eterno é manifesto
diante dos nossos olhos e, então, “o verbo se fez carne” (João 1. 14), e
pudemos ver a face de Deus na pessoa de seu Filho Jesus. A humanidade caída e
ferida pelo pecado é impactada com uma nova oportunidade. Se a primeira foi
jogada pela janela pelos nossos pais adâmicos, agora, um novo projeto, ainda
mais ousado e apaixonado do Criador. E porque outra oportunidade? O evangelho
de João responde que é “porque Deus ama o
ser humano, de forma tão apaixonada e intensa, que foi capaz de enviar seu
Filho único para nos conquistar novamente. Mesmo que, para isto, ele tenha que
provar a morte para consumar seu plano” (paráfrase livre de João 3. 16).
Uma nova
história, com desdobramentos eternos, é inaugurada em tempos recentes (2000
anos atrás). A raça que, desgraçadamente, fracassou (em Adão) no Éden, tem a
chance de reescrever sua história. Uma oportunidade de ouro para ter vida
eterna e feliz (isto é, o céu) com exigências mínimas. O Filho de Deus não
somente vai proporcionar o ingresso nesta vida, como dará as condições de
manter e desfrutar desta vida. Basta fé e arrependimento! A proposta é
formalizada assim: “Arrependei-vos, pois, e convertei-vos, para que sejam apagados os
vossos pecados, e venham assim os tempos do refrigério pela presença do Senhor”
(Atos 3.19).
Voltando a atenção, agora, para a nossa geração, e
particularmente, para esta época do ano, em que se celebra o natal, quase que
de forma global, devemos ter em mente não somente o fato do nascimento de
Jesus, mas, também, os motivos e as consequências do nascimento. Muito embora,
nos nossos natais, não haja muita referência ao nascimento de Jesus, mas
consideraremos que ele seja lembrado. Entretanto, lembrar – se do nascimento de
Jesus sem levar em conta a intenção de Deus com tal fato, não nos dá a dimensão
do evento, pois a vinda de Jesus é o lançamento das bases de uma nova história
para a raça humana.
Uma história que começa na forma de um convite para o ser
humano cansado e sobrecarregado com sua trajetória pessoal e comunitária: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu
vos aliviarei.
Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas.
Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve” (Mateus 11. 28 – 30). A nova história é um chamado de Deus para o acolhimento, o perdão, o reencontro do Criador com sua criatura amada. Neste sentido temos que alertar que iguais perigos rondam a raça no sentido de reeditar a rejeição perpetrada pelos nossos antepassados no éden e repetida pelos nossos irmãos judeus, resumida na célebre frase de João: Ele veio para o que era seu, mas os seus não o receberam (Jo. 1. 11).
Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas.
Porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve” (Mateus 11. 28 – 30). A nova história é um chamado de Deus para o acolhimento, o perdão, o reencontro do Criador com sua criatura amada. Neste sentido temos que alertar que iguais perigos rondam a raça no sentido de reeditar a rejeição perpetrada pelos nossos antepassados no éden e repetida pelos nossos irmãos judeus, resumida na célebre frase de João: Ele veio para o que era seu, mas os seus não o receberam (Jo. 1. 11).
Não
obstante, o natal que celebramos, “religiosamente”, todo ano parece desprovido
deste sentido. Um natal regado a vinho e fundado na troca de presentes é
bastante carnal/material e despido de valores eternos. O que temos no natal é
um anestesiamento de nossa condição pecaminosa, apenas, uma trégua na vida
egoísta baseada na posse e no consumismo. Diante disto, este natal de risos e
abraços, troca de presentes e votos de felicidades, naturalmente, não pode ser
desprezado, mas é um natal que não gera reflexão, nem arrependimento, nem culto
a Deus, nem mudança de vida.
As duas
passagens bíblicas que preambulam este texto falam de um momento único na
histórica cósmica, um verdadeiro pleroma Divino, em que Deus oferece ao mundo
uma oportunidade nova de selar um destino feliz. O Espírito Santo gera o Filho
de Deus, em tudo semelhante ao ser humano, exceto na sua condição pecaminosa.
Este sim é um fato a ser comemorado, pois não há projeto tão impensável e
ousado. Quem imaginaria isto? Um Deus ligado ao ser humano por laços
biológicos, sociais, históricos e culturais. O Jesus Emanuel é o Deus presente,
no meio da gente, passeando pelas nossas ruas, nadando pelos nossos rios,
comendo nossa comida e indo as nossas festas.
Mais uma
vez, o natal que comemoramos é o natal do papai Noel (um velhinho escandinavo)
alçado a condição de onisciente e onipotente, pois é capaz de ouvir e atender
todos os pedidos das crianças do globo. É o natal do menino – Jesus que dorme
no presépio, enquanto o “velhinho generoso” sua a camisa para cumprir sua
agenda natalina. E o natal que deveria ser do Emanuel (o Deus presente) é o
natal do Noel onipresente.
Por fim,
não queremos sugerir uma ressignificação do natal, nem propor alguma coisa
parecida com “o verdadeiro sentido do natal”, uma vez que o natal não tem
fundamentação bíblico-cristã, mas somente religiosa-institucional. A data do
natal é uma data cristianizada pelo Imperador Constantino (século IV), no
sentido de ofuscar uma festa pagã na mesma data, que é a festa do ²“ressurgimento
do deus – sol (Invictus)”, que coincide com o solstício de inverno no polo
norte. Entretanto, nestas considerações finais, nos falta o espaço para
discutirmos a pertinência desta data, sendo que nos interessa, apenas,
sugerirmos que repensemos nossa postura diante da proposta de escrevermos uma
nova história, para o nosso bem e o bem da nossa raça, levando em conta o que
nos é proposto abaixo: “Mas Deus prova o
seu amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores
(Rm. 5. 8). Como escaparemos nós, se não atentarmos para uma tão grande
salvação” (Hb. 2.3 A).
José
Roberto L. Silva
Bocaiuva,
22 de dezembro de 2015.
Que este
seja o tempo oportuno de começarmos uma nova história!
Um abraço
fraternal do Pr. José Roberto Limas e de sua Família.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
¹ - Bíblia Sagrada. Versão Online –
tradução revista e corrigida de João Ferreira de Almeida.
²- http://solascripturatt.org/SeparacaoEclesiastFundament/NatalFestaPaga-Ferraz.htm - Acesso em 23 de dezembro de 2015.