Quais são as características da Igreja Contemporânea?
Texto: Êxodo 32.
1 – 6
1 ¶ Mas, vendo o povo que Moisés tardava em descer do monte, acercou-se de Arão e lhe disse: Levanta-te,
faze-nos deuses que vão adiante de nós; pois, quanto a este Moisés, o homem que
nos tirou do Egito, não sabemos o que lhe terá sucedido.
2 Disse-lhes Arão:
Tirai as argolas de ouro das orelhas de vossas mulheres, vossos filhos e vossas
filhas e trazei-mas.
3 Então, todo o
povo tirou das orelhas as argolas e as trouxe a Arão.
4 Este,
recebendo-as das suas mãos, trabalhou o ouro com buril e fez dele um bezerro
fundido. Então, disseram: São estes, ó Israel, os teus deuses, que te tiraram
da terra do Egito.
5 Arão, vendo
isso, edificou um altar diante dele e, apregoando, disse: Amanhã, será festa ao
SENHOR.
6 No dia seguinte,
madrugaram, e ofereceram holocaustos, e trouxeram ofertas pacíficas; e o povo
assentou-se para comer e beber e levantou-se para divertir-se.
Introdução: A revelação que Deus tinha para a nação de Israel
passava por um processo de espera e de amadurecimento. O povo,
entretanto, não estava preparado para a ausência de Moisés, nem foi capaz de
esperá-lo. Estamos diante de uma narrativa que guarda algumas semelhanças com a
igreja contemporânea. Na narrativa, Israel não se deu conta dos riscos que
corria e substituiu Deus por um bezerro de ouro. Já, a nossa igreja, que conhece
essa história, precisa perceber as atitudes que poderão levá-la, também, a se
apostatar do nosso Deus. O primeiro passo é caracterizar a igreja
contemporânea, para depois pensarmos numa abordagem apropriada.
1- Uma igreja
apressada e ansiosa – v. 1
·
É uma igreja
impaciente e inquieta que não consegue esperar pelo mover de Deus – v. 1 – eles
queriam chegar logo à terra prometida, mas Deus os queria no deserto para
treiná-los;
·
É uma igreja sem
memória, que ignora os processos históricos que a trouxeram até aqui (...este
homem...). A nação de Israel não tinha história separado de Moisés. A igreja
protestante brasileira é fruto do trabalho de missionários estrangeiros
(ingleses e americanos, principalmente) – v. 1
·
Temos, hoje, uma
igreja pragmática, que precisa atingir seus objetivos rapidamente – Moisés
estava demorando demais para os hebreus – Vejamos a postura de Jesus diante das
exigências de uma agenda - Jo. 7. 2 – 9;
·
É uma igreja que
não serve a Deus, mas que busca um deus que possa serví-los.
2- Uma igreja sem
profundidade – v. 2 - 4
·
É uma igreja que
busca a revelação de Deus a partir dos homens. Deus como um produto da
imaginação do homem – v. 2, 3 - É uma igreja que gera seu deus (faze-nos deuses
– elohim) – v. 1 – Feuerbach[1]
(e não Schophenhauer) disse que Deus é uma criação do homem...
·
São igrejas que
vivem de superficialidades, que não têm tempo para aprender sobre Deus. Que
vivem de adereços espirituais (objetos religiosos – um bezerro substituiu Deus
-);
·
As Escrituras que
Moisés iria trazer não causaram interesse. Eles queriam um deus fácil,
manipulável, limitado, imaginado, criado, circunscrito a sua religião. Um Deus
que transcende ao domínio do religioso não agrada muito à igreja contemporânea
– v. 4;
·
Já, o Deus da
Bíblia é um Deus que exige devoção, sacrifício e aprendizado – Rm. 12. 1
(sacrifício), Mt. 22. 37 (amarás de todo coração) e Js. 1. 8 (estudar dia e noite
e aprender tudo);
·
A igreja sem
profundidade ama a Deus de forma superficial. Para amarmos a Deus, exige-se um
aprendizado, e este aprendizado é afetivo, espiritual e intelectivo – Mt. 22.
37 – o amor a Deus precisa ser nas três dimensões: sentimento (kardia),
adoração (psique), inteligência (noia). Emoção, transcendência e racionalidade.
Ninguém ama a Deus, somente com o espírito.
3- Uma igreja
Festeira – v. 5, 6
·
Na igreja
contemporânea, a principal função religiosa é socializar as pessoas. Produzir descontração.
É uma igreja divertida e sem zelo – v. 5. 6 – comer, beber e divertir-se...
·
É uma igreja que
não tem coragem de reprovar, nem de contrariar seus membros – 2 Tm. 3. 16 – A
Bíblia ensina que a igreja precisa disciplinar: ensinando, corrigindo e educando
– Paidéia significa instruir/treinar a criança. Não é só letrar, mas treinar a
mente e o coração nas artes, nos esportes, nas guerras, na língua;
·
A missão dessa
igreja é agregar sempre, independente da doutrina. É uma igreja para produzir
pessoas felizes e satisfeitas. É a igreja que busca recuperar a auto-estima das
pessoas – Jo. 12. 25. Não obstante, o evangelho não resgata a auto-estima, mas
mata a auto-estima na cruz e nos dá uma nova vida, uma nova imagem – 2 Co. 5.
17;
·
É a igreja que
vive de eventos e festas. Não sente necessidade de aprender doutrinas
fundamentais, pois (para esta igreja) estas doutrinas geram diferenças,
divergências e dificuldades. É a igreja da unidade a qualquer preço – v. 5, 6.
2, 2 Tm. 4. 3, 4.
Considerações finais: A ideia desse espaço é verificar até que ponto você
se importa em ler os conteúdos com atenção. Portanto, faço um teste aqui!
Assim, se você se importou e se interessou em ler essa mensagem até aqui, é
sinal que você é uma pessoa que tem vontade aprender e crescer na sua fé. Como
prêmio, você ganhou um brinde de 20,00 para lanchar em Lanches Lú. Sendo assim,
a primeira pessoa que me enviar uma mensagem no whattsapp (38 99918 8392),
dizendo que leu esse sermão integralmente, esse será o vencedor ou a vencedora.
Textos:
1- João 7. 2 – 9
2 Ora, a festa dos judeus, chamada de Festa dos Tabernáculos, estava
próxima. 3 Dirigiram-se, pois, a ele os seus irmãos e lhe disseram: Deixa este
lugar e vai para a Judéia, para que também os teus discípulos vejam as obras
que fazes. 4 Porque ninguém há que procure ser conhecido em público e, contudo,
realize os seus feitos em oculto. Se fazes estas coisas, manifesta-te ao mundo.
5 Pois nem mesmo os seus irmãos criam nele. 6 Disse-lhes, pois, Jesus: O meu
tempo ainda não chegou, mas o vosso sempre está presente. 7 Não pode o mundo
odiar-vos, mas a mim me odeia, porque eu dou testemunho a seu respeito de que
as suas obras são más. 8 Subi vós outros à festa; eu, por enquanto, não subo,
porque o meu tempo ainda não está cumprido. 9Disse-lhes Jesus estas coisas e
continuou na Galiléia.
2- Rm. 12. 1
1 Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o
vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto
racional.
3- Mateus 22. 37
37 Respondeu-lhe Jesus:
Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de
todo o teu entendimento.
4- Josué 1. 8
8 Não cesses de falar deste Livro da Lei; antes, medita nele dia e noite,
para que tenhas cuidado de fazer segundo tudo quanto nele está escrito; então,
farás prosperar o teu caminho e serás bem-sucedido.
5- 2 Timóteo 3. 16
16Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para a
repreensão, para a correção, para a educação na justiça,
6- João 12. 25
25 Quem ama a sua vida perde-a; mas aquele que odeia a sua vida neste
mundo preservá-la-á para a vida eterna.
7- 2 Coríntios 5. 17
17 E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas
já passaram; eis que se fizeram novas.
8- 2 Timóteo 4. 3, 4
3 Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina; pelo contrário,
cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo
coceira nos ouvidos; 4 e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às
fábulas.
[1] Para Feuerbach, a religião, relação humana com
o divino por ele próprio criado, é a relação do homem com a sua própria
essência, mas como essência de Deus. A relação do homem com Deus é, portanto,
falsa, pois o homem alienado, no fundo, tenta relacionar-se consigo. A oração
que os homens dedicam a Deus é a oração que os homens dedicam a si próprios. A
religião é humana, totalmente, essencialmente e profundamente humana. Fonte: http://www.filosofia.com.br/historia_show.php?id=107.