segunda-feira, 12 de setembro de 2011

MENSAGEM DE DOMINGO - 11 DE SETEMBRO DE 2011

TEXTO: ATOS 4. 32
32 ¶ Da multidão dos que creram era um o coração e a alma. Ninguém considerava exclusivamente sua nem uma das coisas que possuía; tudo, porém, lhes era comum.
COMO ALCANÇAR A UNIDADE?
Introdução: A unidade é a matéria prima de toda construção. Ela é a argamassa que mantém os tijolos juntos e organizados. A unidade é o sonho de toda organização que deseja alcançar o sucesso. Mesmo os mais brilhantes projetos ou as mais excelentes idéias jamais alcançarão êxito, se na sua consecução não houver a presença da unidade. Mas se ela é tão urgente e necessária, como podemos alcançar a unidade?

1- Entendendo que ela é fruto de um sentir –v.32 – o coração;
  • A unidade não é uma estratégia ou uma forma de gerenciar a organização ou a igreja. Ela é fruto de um sentimento;
  • Não existe unidade onde não há emoção, alegria, contentamento, motivação. Antes de construir é preciso sentir... -Ne.4. 6 - At.27.36 –ânimo: coragem, confiança, entusiasmo;
  • A unidade não se adquire por decreto ou por uma estratégia; ela é obtida primeiro no coração;
  • A unidade só é possível quando sentimos a mesma coisa. Eles eram unos no coração... no coração havia a mesma emoção: a alegria de servirem a Deus juntos...;
*O comunismo proposto por Karl Marx falhou em dado momento porque ele ignorou o sentir do povo. O povo não ia estar unido sem haver um sentimento que fosse real e compartilhado por todos... e os maiores sentimentos, que são o amor e a fé em Deus, foram banidos pelo comunismo. Daí o seu grande fracasso.

2- Entendendo que ela é fruto de uma reflexão – v. 32 – a alma;
  • A unidade é o processo final de uma escolha. Antes de querermos estar junto de alguém ou de alguma coisa, refletimos sobre o assunto;
  • A unidade verdadeira não é um constrangimento ou uma imposição, mas é fruto de uma reflexão madura – os dois filhos – Mt. 21. 28 – 30; houve uma metanóia, ou seja, uma mudança de pensamento e ele achou que deveria estar unido ao pai;
  • Precisamos sentir, mas não podemos parar aí, precisamos racionalizar nossa escolha – Mt. 19. 21, 22 – o jovem sentia vontade de servir a Jesus mas não havia, ainda, racionalizado as renúncias que precisava fazer;
  • A unidade é construída a partir de uma decisão pensada (psique). Quando queremos estar juntos, nenhuma dificuldade é grande demais – ninguém considerava exclusivamente sua – a unidade se torna maior que as necessidades particulares. Os interesses do Reino se tornam maiores do que os meus... - Mt. 6. 33

3- Entendendo que ela é uma conquista do grupo – v. 32 c– tudo era comum
  • A unidade é destrutiva para o egoísmo. Na unidade o mundo gira em torno de todos. O sol, a lua, as estrelas, o mar e todas as coisas boas são patrimônio de todos – At. 2. 46;
  • O sentimento de comunidade era mais forte do que a idéia do ter, do ser e do poder. O bem que Deus fazia a um era compartilhado por todos. Tudo lhes era comum – Koinos – comum a todos, que pertence a generalidade. Que não é particular, mas que pertence ao grupo todo. - At. 2. 32 c;
  • A idéia de acumular coisas somente para o nosso benefício é procedente do capitalismo e não da Bíblia. A riqueza da Bíblia só é justificada quando visa o bem estar de outros, além de mim – Lc. 12. 16 – 21;
  • Quando somos capazes de compartilhar o que temos, e temos humildade para receber o bem através de outros, nos tornamos ricos para Deus. Riqueza para Deus é capacidade de dar e compartilhar – 2 Co. 9. 12 – 14.

Conclusão: A unidade não é um meio para alcançarmos um fim. Ela não é uma ferramenta de gestão para alcançar resultados. A unidade é uma finalidade em si mesma. Havendo unidade as outras coisas acontecerão. Não é um projeto que une um povo, mas um povo unido quem realiza um projeto – Jo. 17. 20, 21. O nosso primeiro objetivo é a unidade, depois faremos o que Deus nos oportunizar.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

VOCÊ É UMA PESSOA COMUM?

TEXTO BÁSICO:
Atos 8. 5 – 8, 12, 26
5 Filipe, descendo à cidade de Samaria, anunciava-lhes a Cristo.
6 As multidões atendiam, unânimes, às coisas que Filipe dizia, ouvindo-as e vendo os sinais que ele operava.
7 Pois os espíritos imundos de muitos possessos saíam gritando em alta voz; e muitos paralíticos e coxos foram curados.
8 E houve grande alegria naquela cidade.

12 Quando, porém, deram crédito a Filipe, que os evangelizava a respeito do reino de Deus e do nome de Jesus Cristo, iam sendo batizados, assim homens como mulheres.
13 O próprio Simão abraçou a fé; e, tendo sido batizado, acompanhava a Filipe de perto, observando extasiado os sinais e grandes milagres praticados.
26 ¶ Um anjo do Senhor falou a Filipe, dizendo: Dispõe-te e vai para o lado do Sul, no caminho que desce de Jerusalém a Gaza; este se acha deserto. Ele se levantou e foi.

 
Por que vale a pena ser uma pessoa comum?
Introdução: O ambiente em que vivemos nos empurra para o sobrenatural. Acostumamos a lidar com as coisas incomuns e nos tornamos viciados em coisas espetaculares, grandiosas e fora do comum. Entretanto, a vida ao nosso redor é bem corriqueira. Nada há de novo debaixo do sol.

1- Porque a vida espetacular é uma exceção – At. 8. 13
  • O sobrenatural é uma intervenção eventual no mundo comum. Não podemos viver o tempo todo no sobrenatural. At. 8. 5 – 8 – estar no espírito não significa necessariamente viver o tempo todo realizando milagres – as vezes ser espiritual é aceitar o fato de que o milagre não foi feito -
  • O Espiritual comporta coisas comuns e incomuns. Passear por uma estrada deserta, por exemplo – v. 26 – Filipe não foi de anjo-taxi, nem foi arrebatado. O anjo só deu a dica...
  • Não estamos o tempo todo orando por enfermos, expulsando demônios e preparando sermões - Rm. 15. 32 – a palavra sunapauomai, verbo anapauo – significa provocar descanso, dar descanso a alguém para recompor as forças, reanimar, manter quieto de expectativas, calmo;
  • Não devemos achar que o tempo todo de nossa vida será vivido no ambiente de milagres – a vida também é feita de pausas, esperas e interrupções (Filipe saiu do avivamento e foi para o lugar deserto – ex. Dramático: Elias em I Rs. 19. 1, 2, 3.)
  • 2- Porque grande parte de nossa vida é usada para fazer coisas comuns– lugar deserto – At. 18. 26
    • Todos nós somos pessoas comuns, somos gente, um poço de desejos, paixões e carências. Nossa glória é Cristo – Cl. 1. 27 – precisamos encontrar a graça de Deus na realização de coisas comuns...
    • Quando achamos que somos espetaculares demais, relegamos Cristo a uma posição secundária em nossa vida e nos separamos das pessoas. Este comportamento pode nos empurrar para o abismo de nos acharmos intocáveis – 2 Co. 4. 7 – o vaso é de barro, não é de mármore, nem de bronze...; não somos: super crentes, super abençoados, super espirituais, super pastores, super igreja;
    • 90% do nosso tempo é gasto com coisas comuns e normais – comer, beber, dormir, comprar comida, viajar, fazer higiene pessoal, etc. A graça da vida estar em ser feliz fazendo coisas comuns – Mc. 6. 3. Grande parte do tempo de Jesus ele passou com sua família, viajando, indo a casa de amigos, indo a festas (tabernáculos, páscoa, casamento) - Jesus tinha uma mãe e irmãos – esclarecendo, adelfós é irmão e anepsios (parente, primo, Mt. 4. 21 – João e Tiago eram irmãos carnais - adelfós);
    • Precisamos abrir espaço em nossa vida para que a vida planejada por Deus flua livremente. A tecnologia, a agenda, o frenesi diário rouba a nossa capacidade de viver uma vida racional e comum – At. 1. 9 – verbo koinoo – no dizer de Eugene Peterson, estamos profanando a criação com nosso ritmo frenético e estressado (livro “O Cristo Genérico” - Editora Mundo Cristão).

          3- Porque as nossas aspirações são comuns a todas as pessoas – Jo. 4. 6, 7
          •  fato de termos necessidades comuns nos aproxima das pessoas. Não somos melhores nem piores que os outros humanos – o que nos diferencia é o fato de desfrutarmos da graça de Deus – I Co. 15. 10;
          • Todos nós estamos sujeitos à condição de sermos humanos e comuns. Nosso sucesso está no fato de sermos comuns mas manifestarmos uma fé espetacular – Tg. 5. 17
          • A vida planejada por Deus é bastante básica e comum, portanto a felicidade do homem está em saber viver bem esta vida básica – existem estas referências na Bíblia: comer 171, orar 34 – pão 297, oração 91 –Ec. 5.18 –20.
          • As coisas comuns da vida devem nos ensinar que existe um Deus amoroso e cuidadoso – I Co. 10. 31. Em Corinto existia um grupo que nada podia e o outro que tudo podia. A questão não é tudo pode, nem nada pode, mas se o que fazemos pode glorificar a Deus.
                  Deus te abençoe!

            Pr. José Roberto Limas da Silva - IBANOV