sábado, 3 de setembro de 2016



O CONFLITO ENTRE A FAMÍLIA QUE TEMOS E A FAMÍLIA QUE DESEJAMOS
Texto integral: Lucas 15. 11 - 32
Texto básico: Lucas 15. 11 – 13.

11 ¶ Continuou: Certo homem tinha dois filhos;
12  o mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte dos bens que me cabe. E ele lhes repartiu os haveres.
13  Passados não muitos dias, o filho mais moço, ajuntando tudo o que era seu, partiu para uma terra distante e lá dissipou todos os seus bens, vivendo dissolutamente.

Introdução: Muitos pais ficam chocados quando descobrem que seus filhos não são, exatamente, aquilo que esperavam. Muitos filhos não conseguem entender o mundo dos seus pais e perdem a conexão com eles. Na família é comum haver este descontentamento: pais que estão frustrados com a forma de viver de seus filhos e filhos que não gostam do mundo dos seus pais. Vamos buscar uma saída para este problema, admitindo que existe um conflito entre a família que temos e a que desejamos, e a partir daí, buscar uma solução.

1- A FAMÍLIA QUE TEMOS, NORMALMENTE, NÃO É A FAMÍLIA QUE ESPERÁVAMOS
  •        Os pais (do texto) esperavam uma família unida, mas um dos filhos queria sair de casa;
  •         O pai queria que os dois filhos trabalhassem com ele na fazenda, mas um dos filhos queria ir para a cidade grande – muitas vezes, os planos de nossos filhos são diferentes dos nossos;
  •        Os pais trabalhavam duro para ter uma vida decente, mas o filho mais novo queria somente diversão. Nossos filhos não são capazes de medir a importância das coisas que adquirimos porque não trabalharam, ainda, para conquistar as coisas. Eles receberam tudo de graça, mas um dia eles saberão;
  •        O(s)s pai(s) do texto ficaram frustrados com a ingratidão do filho. A maioria dos filhos são ingratos por natureza. Não é maldade, é imaturidade. O filho mais novo achava que o pai tinha obrigação de sustentá-lo e pediu sua parte na herança.

2- A FAMÍLIA QUE DESEJAMOS, NEM SEMPRE É POSSÍVEL
  •        Aquela família tinha um projeto de vida para seus filhos. Eles eram camponeses e viviam da agricultura e da criação de animais. Esta era a vida mais segura e apropriada para os filhos. Mas naquele momento, não foi possível;
  •        Não devemos desistir da família que desejamos, mas é preciso aceitar que, em muitos momentos ela não é possível. O rapaz mais novo estava decidido a morar longe dos pais e viver uma vida diferente dos valores de sua família – v. 13;
  •        A família que desejamos, nem sempre é a família que precisamos. Aquele jovem tinha um temperamento que precisava ser tratado fora de casa – v. 14 – 17;
  •         É preciso aceitar o fato de que Deus tem sua forma própria de nos ensinar a viver. A fome, a solidão, a humilhação foram a “escola” daquele rapaz. Dentro de casa havia comida, companhia e respeito, mas isto não era suficiente para educar aquele filho.

3- A FAMÍLIA QUE PRECISAMOS É O ALVO QUE DEVEMOS BUSCAR
  •         Existe a família que não queremos, existe a família que desejamos e existe a família que precisamos. A família que precisamos é a família que é capaz de reconhecer erros e se arrepender – o jovem reconheceu seu erro. O pai queria uma família que não errasse, mas a família que ele precisava era aquela que era capaz de reconhecer seus erros – v. 18, 19
  •         A família que precisamos é a que toma a iniciativa de perdoar e acolhe aqueles que fracassaram – v. 20. A família que não erra, nem fracassa, simplesmente, não existe;
  •         Como pais, precisamos criar um ambiente de perdão, acolhimento e festa em nossa família. Ela não é a família que desejamos, mas é a família que nós precisamos para sermos felizes – v. 22, 23.