domingo, 21 de janeiro de 2018


Quem deve educar nossas crianças?
“Eduque a criança no caminho em que deve andar, e até o fim da vida, ela não se desviará dele.”[1]

Historicamente, sabemos que o Estado romano facultava aos pais, a prerrogativa de sacrificar as crianças recém-nascidas. Os pais, percebendo alguma coisa que não lhes agradava naquela criança, tinham a liberdade de sacrificá-la. Poderia ser uma doença, uma anomalia comportamental, um defeito físico, um período de escassez de alimentos ou, ainda, para controlar o número de membros da família. Neste sentido o infanticídio era prática recorrente na jurisdição do império romano. Tal fato foi abolido a partir do século IV (d. C), por intervenção da igreja cristã, que passou a ter influência cultural e política no Império Romano.
O infanticídio é uma mácula na história da humanidade que nos envergonha como seres humanos. Não obstante, tal fato precisa ser lembrado a fim de que não se repita em nossos dias. A história pode ser uma boa pedagoga para nossa ação educacional e política. Neste sentido, temos a lamentar que, atualmente, o nosso estado brasileiro sinta-se competente para ingerir de forma invasiva a educação de nossas crianças, oferecendo material pedagógico/didático que perturbam a orientação sexual das crianças. Os pais não podem esquecer que cabem a eles, essencialmente, a responsabilidade de educar seus filhos, especialmente, nos aspectos ligados á vida moral e social, o que envolve valores, crenças e tradições.
A tolerância do Império Romano com o infanticídio pode ser reeditada, atualmente, em outros moldes, especialmente quando o estado “mata” ou permite a escola “matar”, nas crianças, a oportunidade de um crescimento físico, mental e emocional saudável. A escola não tem o direito de arruinar os valores morais e éticos que a criança recebe na família. Ela, a escola, não substitui a família, mas deve ser um ponto de apoio da mesma.
O texto preambulado diz “educa a criança no caminho que deve andar”, sendo que esta missão pertence, precipuamente, aos pais, no período da infância, porque as bases morais, intelectuais e sociais são lançadas nesta fase da vida. Sabemos que nenhum edifício é seguro se não possuir um fundamento seguro e sólido. É na infância que os valores morais e éticos são fundados. Qualquer interferência em fases posteriores da vida (adolescência, juventude e adultez) é precária e dolorosa.
Não podemos nos esquecer que “é dever dos pais, não da escola, a educação religiosa e moral”[2]. Portanto, quando o estado através da escola quer interferir na orientação sexual das crianças, está invadindo o ambiente familiar e assumindo uma autoridade que ele (o estado) não possui sobre nossas crianças. Quando uma escola declara que a família não é composta por pai, mãe e filhos, ela está desconstruindo um modelo milenar, que foi a base da civilização humana, bem como, está atentando contra os princípios divinos para a manutenção da organização social.
Todos nós sabemos que existem outros arranjos familiares, sobretudo em face da morte ou ausência de um dos cônjuges/pais. Há o caso de crianças que são criadas pelos avós, parentes etc. Estas são famílias legítimas, com toda a certeza, mas não são o modelo. São situações que fogem á regra geral. Neste sentido, não é justo, transformar a exceção em regra.
Temos conhecimento de escolas que não comemoram mais o dia dos pais, porque isto seria ofensivo aos filhos que não têm pais. A escola falha aí em deixar de ser conscientizadora e orientadora do filho órfão ou abandonado, mostrando-lhe a importância da paternidade, bem como, ensinando-lhe a importância daquelas pessoas que exercem esta paternidade, mesmo não sendo “pais biológicos”. A falsa piedade demonstrada em não tocar no tema “paternidade” demonstra a irresponsabilidade da escola pública e do estado para com o bem estar das crianças. A criança que não possui um pai presente ou vivo hoje, amanhã poderá ser um pai cuidadoso e presente, bastando ser bem orientado para isto.
Portanto, a questão da sexualidade e do gênero das crianças é um assunto que pertence, exclusivamente, aos pais. De tal forma que, quando um professor questiona a orientação sexual de uma criança, este professor lança dúvida e confusão na cabeça da criança. Sabemos, também, que a sexualidade humana é uma característica biológica (XX e XY). A norma da concepção humana é ser masculino e feminino. O gênero é a consciência desta sexualidade. Sendo que, esta consciência é formada principalmente pelo convívio com os pais. Esta consciência acontece de forma natural e espontânea em consonância com a sexualidade da criança.
Por fim, ninguém fora da família está autorizado a ingerir neste processo, muito menos o estado, através da escola. Cabe aos pais e responsáveis pela criança facilitar esta tomada de consciência e estruturação sadia da sexualidade da criança. Ademais a constituição biológica da criança já aponta para a normatização desta orientação sexual.




[1] ALMEIDA, João Ferreira. Bíblia Sagrada. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 2003, Provérbios 22. 6.
[2] LOBO, Marisa. Ideologia de gênero na educção. Curitiba: Ministério Marisa Lobo, 2016, p. 7. 

segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

CURSO DE FORMAÇÃO DE OBREIROS 2018

UMA PALAVRA INTRODUTÓRIA.
EFÉSIOS 4. 15, 16
Mas, seguindo a verdade em amor, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo, de quem todo o corpo, bem ajustado e consolidado pelo auxílio de toda junta, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor (Efésios 4. 15, 16).
O crescimento de todo organismo é processual. Não se atinge a maturidade no início, por isto, nenhuma etapa deve ser atropelada, se quisermos um organismo sadio. A igreja é um organismo e precisa percorrer todo o processo, senão ela se torna grande e problemática, cheia e doente. Precisamos de um crescimento processual e sadio.
A igreja cresce de forma sadia quando este crescimento acontece de forma ajustada e consolidada, e isto só é possível quando todos os membros cooperam e crescem em harmonia com o corpo. Esta cooperação se materializa através das áreas de atuação de cada membro da igreja.
Neste sentido, podemos dividir estas áreas em cinco frentes: Diaconia, Liturgia, Pregação, Evangelismo e Mordomia. O ano de 2018 será dedicado ao treinamento destas áreas de atuação na igreja. Começamos aqui nesta pequena apostilam discutindo estes temas. Contamos com vocês!
Fraterno abraço do Pr. José Roberto.



O MINISTÉRIO DIACONAL
Considerações Iniciais
“Ora, naqueles dias, multiplicando-se o número dos discípulos, houve murmuração dos helenistas contra os hebreus, porque as viúvas deles estavam sendo esquecidas na distribuição diária. Então, os doze convocaram a comunidade dos discípulos e disseram: Não é razoável que nós abandonemos a palavra de Deus para servir às mesas. Mas, irmãos, escolhei dentre vós sete homens de boa reputação, cheios do Espírito e de sabedoria, aos quais encarregaremos deste serviço; e, quanto a nós, nos consagraremos à oração e ao ministério da palavra. O parecer agradou a toda a comunidade; e elegeram Estêvão, homem cheio de fé e do Espírito Santo, Filipe, Prócoro, Nicanor, Timão, Pármenas e Nicolau, prosélito de Antioquia. Apresentaram-nos perante os apóstolos, e estes, orando, lhes impuseram as mãos.” (Atos 6:1-6 RA)
O diaconato é uma exigência da igreja local desde o seu nascedouro, na igreja primitiva, conforme nos informa o texto registrado em Atos, capítulo 6, nos primeiros seis versículos. Tendo em vista a multiplicidade e a diversidade de pessoas que frequentam as igrejas (viúvas gregas e judias, conforme o texto), há de se ter no diaconato, uma ferramenta indispensável para identificar e cuidar das diversas necessidades desta comunidade tão plural que é a igreja de Jesus.Neste sentido, a igreja precisa levar em conta sua dimensão institucional e seu papel social dentro de uma comunidade. Desta forma, os diáconos são àqueles que são capazes de perceberem e agirem dentro do âmbito das necessidades físicas e espirituais da igreja, mas, sobretudo, no que tange às necessidades materiais da igreja. Para tanto, o ministério diaconal precisa estar ciente de suas atribuições, mas, especialmente, de seu chamado bíblico para servir. Com estas considerações iniciais, vamos conhecer melhor o lugar do diaconato na igreja local.

I - O que é um diácono?
1- Inicialmente, diácono é um oficial da igreja que desempenha funções ligadas à promoção do bem estar da igreja local e daqueles que a igreja se propõe a acompanhar, sendo um agente de promoção do bem estar físico e social da igreja – At. 6. 3

2- A palavra Diácono (διάκονος) de acordo com o Novo Testamento pode significar servo, ministro ou transliterado como diácono. Sendo assim a palavra pode se referir ao ministério (At. 1. 17, 25; 19. 22), ao serviço de um servo que cuida das necessidades físicas (Rm. 15. 25, 26, 2 Co. 8. 4) e de um diácono propriamente dito (Fp. 1. 1 e I Tm. 3. 8).

II - Exigências para o exercício do diaconato

1- Tenha respeito da comunidade não religiosa – At. 6. 3 – 1 Tm. 3 – boa reputação, respeitáveis, de uma só palavra, não dados ao vinho.
  • Os diáconos devem ter vida social e moral transparente. Devem ser modelos de cidadãos daquela comunidade; observe que não é modelo de religioso;
  • Os diáconos precisam ter livre trânsito na comunidade em que estão inseridos;
  • Eles devem ser respeitados pela sua idoneidade e fidelidade aos compromissos daquela comunidade (At. 6. 3 em termos de comportamento como cidadão exemplar);

2- Seja escolhido pela comunidade religiosa (igreja).
  • O diaconato é alcançado dentro da comunidade religiosa. São os cristãos que compõem aquela comunidade que estão aptos a elegerem o diácono (At. 6. 5);
  • O chamado do diácono é exercido por Deus através da igreja. Não existe na Bíblia, menção de chamado particular de Deus para alguém ser diácono sem submetê-lo a apreciação e aprovação da igreja – I Tm. 3. 10.
3- Tenha maturidade espiritual – cheio do Espírito Santo e sábio – At. 6. 3
  • Não podemos confundir maturidade com vocação ministerial. Alguém pode ser maduro sem efetivamente ser um pastor ou ministro da palavra. O diácono deve ser maduro na compreensão das coisas de Deus – 1 Tm. 3. 9. 13;
  • Os diáconos devem ser homens de fé que confiem na providência de Deus. Eles administram os celeiros da igreja e convivem com as limitações materiais da igreja e a grande demanda das pessoas;
  • Os diáconos precisam ser sábios quanto ao conhecimento do funcionamento da igreja e da economia eclesiástica – quais as reais necessidades do rebanho, as necessidades do pastor e de sua família.
4- Tenha vida familiar equilibrada – 1 Tm. 3. 11, 12
  • A vida da igreja é um reflexo da vida familiar. Tudo que acontece em nossas casas afeta a igreja. Sendo assim, o diácono precisa ter uma família equilibrada;
  • Biblicamente, o diácono precisa ser casado. Não somente isto, tendo em vista seu ofício social ele terá dificuldades se não for casado. Imagine um diácono jovem e solteiro levando uma cesta básica para uma mulher que seja viúva jovem ou recém separada do marido?
  • A diaconisa não é uma expressão bíblica. Entretanto, alguns querem acreditar que a referência de 1 Tm. 3. 11, é uma orientação para o estabelecimento de diaconisas e não uma exigência para a esposa do diácono – outro texto evocado é Rm. 16. 1;
  • Uma boa possibilidade é que o serviço diaconal deva ser feito a quatro mãos, uma vez que o exercício do mesmo, fatalmente, carece de uma ação feminina. Determinadas necessidades femininas (materialmente, falando) só poderão ser compartilhadas a outra mulher. Outra razão para isto é que o texto continua falando para os diáconos nos versos subsequentes (. v. 12, 13);
  • Sendo assim é bíblico e razoável imaginar que o diaconato é uma atividade que deve ser exercida pelo casal consagrado para este mister;
  • A maioria das qualificações para o diaconato são voltadas para a sua família – vida afetiva e sexual bem cuidada (uma só esposa). Filhos sujeitos à autoridade do pai, senão não haverá tempo nem energia para cuidar das outras famílias carentes. O primeiro serviço diaconal é exercido na família, servindo a esposa e os filhos (1 Tm. 5. 8).
III- O ofício do diácono na igreja:
A palavra Diákonos (na língua grega) já aponta para a função. O diácono é alguém que serve espontaneamente. Não há um constrangimento externo, como é o caso do escravo (doulos, na língua grega), que serve por imposição. Diferentemente, o diácono executa um trabalho consciente, espontâneo, mas, sempre, criterioso. Ele não é um mercenário (misthios, na língua grega) que trabalha para receber um salário, mas serve baseado num código de ética que sua própria consciência lhe fornece.

Analisando a palavra grega DIÁKONOS, dando diácono na nossa língua, vê se que seu significado está ligado à prestação de um serviço de um homem livre ou escravo. Quando comparamos com o ofício de outras classes de trabalhadores na bíblia encontramos um significado mais apropriado para a função diaconal.
IV - Conclusão acerca do ofício diaconal:
- O diácono está diretamente ligado á fidelidade dele em relação ao trabalho. É o comprometimento com a atividade que o faz diácono. Não basta dizer que é fiel ao mestre, é preciso, também, ser fiel ao trabalho esperado do diácono.
- O diácono realiza seu trabalho, especialmente, fora das quatro paredes. O diácono é a mão que leva o pão à mesa dos necessitados.
- As qualificações dos diáconos giram em torno da vida social, devocional e familiar. Ele deve demonstrar seu compromisso cristão servindo à igreja e aos necessitados fora dela – Diaconia é serviço.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA, João Ferreira de. Bíblia Sagrada ARA. 2ª Edição. São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil; 1993.
ALMEIDA, João Ferreira de. Bíblia OnLine 3.0, Módulo Avançado. São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil; 1993.


CURSO DE FORMAÇÃO DE OBREIROS 2018- ATIVIDADES

NOME C0MPLETO:

DATA:

ATIVIDADES AVALIATIVAS

1- Marque a alternativa correta
(  ) O diácono é um ministério que existia desde o velho testamento;
(  ) O diácono é o primeiro degrau para se tornar um pastor;
(  ) As atividades materiais e sociais  são a prioridade no diaconato;
(  ) A palavra diácono significa escravo.



2- Marque com V ou F
(  ) O diácono deve ser um modelo de religiosidade e não de vida social ilibada;
(  ) A escolha dos diáconos é feita pela liderança da denominação;
(  ) O diácono, de acordo com a Bíblia, não precisa ser casado;
(  ) O diácono ou a diaconisa pode ser casado com um cônjuge descrente;
(  ) As qualificações principais do diácono estão ligadas a sua vida familiar;
(  ) O diácono é um servo que serve espontaneamente e não por obrigação;
(  )As principais atividades dos diáconos estão voltadas para o ambiente interno da igreja;
(  ) O diácono é um eventual substituto do pastor nas suas ausências;


Perguntas e dúvidas
1- Anote suas perguntas no espaço abaixo

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CURSO DE FORMAÇÃO DE OBREIROS 2018.

NOME C0MPLETO:

DATA:

GABARITO DE RESPOSTAS.

1- Marque a alternativa correta
(  ) O diácono é um ministério que existia desde o velho testamento;
(  ) O diácono é o primeiro degrau para se tornar um pastor;
(X  ) As atividades materiais e sociais  são a prioridade no diaconato;
(  ) A palavra diácono significa escravo.



2- Marque com V ou F
(F) O diácono deve ser um modelo de religiosidade e não de vida social ilibada;
(F) A escolha dos diáconos é feita pela liderança da denominação;
(F) O diácono, de acordo com a Bíblia, não precisa ser casado;
(F) O diácono ou a diaconisa pode ser casado(a) com um cônjuge descrente;
(V) As qualificações principais do diácono estão ligadas a sua vida familiar;
(V) O diácono é um servo que serve espontaneamente e não por obrigação;
(F)As principais atividades dos diáconos estão voltadas para o ambiente interno da igreja;
( F) O diácono é um eventual substituto do pastor nas suas ausências;


Perguntas e dúvidas
1- Anote suas perguntas no espaço abaixo

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O LUGAR DA LITURGIA NA IGREJA.
Introdução:
“Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional (Rm. 12. 1)[1]
O cristão pode não ser um brilhante pregador ou um exímio professor de educação religiosa, mas precisa ser um especialista na arte da adoração. Sua missão e ação principal no mundo é ser um adorador. Diante disto, o culto ganha uma dimensão privilegiada na vida cristã, e por isto acreditamos que seja necessário rever o conteúdo, a forma e o objeto de nosso culto, ou seja, redescobrir o papel da liturgia na igreja.
A palavra Liturgia provem de dois radicais gregos (Laos, que significa povo e Ergos, que significa trabalho). Logo, na acepção da palavra, “Liturgia significa serviço público. Este sentido foi estendido ao serviço cultual/religioso dado o caráter público”[2]. A igreja cristã não pode prescindir de uma boa liturgia, pois ela diz respeito ao tipo de adoração que é praticado ali. Neste sentido, “a liturgia é, ou pelo menos, deveria ser o reflexo da teologia professada pela igreja.”[3] Podemos dizer que a maneira como nosso culto acontece explica muita coisa a respeito de nosso relacionamento com Cristo.
A história de Israel deixa evidente a relação entre culto e relacionamento. O culto sempre é a exteriorização desta relação. Em tempos de crise espiritual o primeiro elemento que visibiliza esta situação é o tipo de culto prestado. A crise ganha contornos drásticos a ponto do Espírito Santo clamar: Tomara houvesse entre vós quem feche as portas, para que não acendêsseis, debalde, o fogo do meu altar. Eu não tenho prazer em vós, diz o Senhor dos Exércitos, nem aceitarei da vossa mão a oferta.[4]
Analisando a realidade cultual da igreja cristã moderna, encontramos situações desconfortáveis e inquietantes. Em alguns ambientes religiosos têm acontecido coisas estranhas, para não dizer bizarras e estúpidas. Um fator facilmente verificável é a falta de reverência na condução do culto, transformando – o num local de algazarra, gritaria, histeria e pobreza litúrgica. Músicas e melodias mundanas, cantores profanos, pregadores fanfarrões etc.
Naturalmente que existem exceções a este comportamento. Mas a liturgia reinante em alguns segmentos religiosos é desprovida do culto reverente e criterioso recomendado pelas sagradas escrituras, que enfatiza que “aos retos fica bem louvá-lo (Salmo 33. 1b).”
Nossa proposta, neste breve estudo, é buscar compreensão teórica sobre a liturgia a fim de revermos nossa práxis litúrgica. Vamos as considerações necessárias.

Exigências para a ministração na Casa do Senhor (Reflexão sobre o lugar da liturgia na igreja).
Texto: Romanos 12. 1
1 ¶ Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional.
1- Preparação física – Rm. 12. 1
·        Zelo com a disposição física do espaço de adoração – Ml. 1. 7 – pão mofo, animais defeituosos, mobília estragada, equipamentos defeituosos (microfones estragados, caixas de som inadequadas etc);
·        O ministro mal trajado para a função, mal cuidado fisicamente (sem aparência adequada, sem higiene) – 2 Tm. 5. 23 – Ez. 44. 16 – 18;
·        A falta de zelo com os horários, ensaios e preparação do ambiente de culto – Jr. 48. 10.

2- Preparação Psicológica e emocional
·        O ministrante da igreja precisa ter uma formação intelectual à altura dos ministrados – 2 Tm. 2. 15 – Jo. 7. 14, 15;
·        O ministrante precisa ser sensato e equilibrado mentalmente – evitando polêmicas – 2 tm. 2. 216, 23 – 26;
·        O ministro precisa estar ajustado emocionalmente para não desfocar o culto da adoração a Cristo – depressivo, triste, eufórico, irado, melancólico – cuidado com os personalismos.

3- Preparação espiritual
·        A ministração exige discernimento espiritual (há coisas que parecem de Deus, mas não são) – uma música sugerida, uma oportunidade de testemunho pedida, podem desviar o foco – At. 16. 16 – 18, Ex. 7. 6, 7;
·        É preciso ter convicção do que é para ser feito, não é seguro improvisar – Lc. 13. 31, 32 e Jr. 36. 1 – 6, 28;
·        O ministro precisa ser um adorador, alguém que ministra, primeiramente, diante de Deus – não deve constranger outros a adorar a Deus, mas prestar o seu culto, cantando, tocando, ensinando, pregando etc.

A MORDOMIA CRISTÃ
Texto: Provérbios 3. 9, 10
9 Honra ao SENHOR com os teus bens e com as primícias de toda a tua renda;
10 e se encherão fartamente os teus celeiros, e transbordarão de vinho os teus lagares.
Introdução
A palavra mordomo vem da palavra mordomia, que significa administração. Ser um mordomo é administrar coisas. No Novo testamento, a palavra mais apropriada é oikonomos (administrador de uma casa). O termo oikonomos é traduzido com frequência pela palavra dispenseiro. Logo, o mordomo é um administrador, um despenseiro, um economista de bens que recebeu de Deus. O texto em epígrafe (acima) diz que devo exercer minha mordomia, honrando a Deus com a melhor parte dos meus bens e de meu salário. Mas como posso servir a Deus com meus bens e com minha renda?
A verdade é que quando cuidamos da casa de Deus, estamos honrando o dono da casa. O contrário se revela, também, verdadeiro, ou seja, quando nossa atitude para com a casa de Deus é de desprezo e indiferença, estamos desonrando a Deus. Tal situação é verificada nos dias do profeta Malaquias, conforme o texto: “Ofereceis sobre o meu altar pão imundo e ainda perguntais: Em que te havemos profanado? Nisto, que pensais: A mesa do SENHOR é desprezível” (Ml. 1. 7).
Desta forma, só posso honrar a Deus, se sou capaz de honrá-lo na sua casa. A falta de interesse pela manutenção da casa do Senhor é recorrente na história bíblica. Podemos pensar no retorno da nação de Israel do cativeiro babilônico com a proposta de reconstruir o templo de Salomão, bem como, a cidade de Jerusalém. Não demorou para que o povo se esquecesse da sua missão principal e dedicar-se, exclusivamente, ao cuidado com suas posses, levando o profeta Ageu a fazer dura reprimenda:
“No segundo ano do rei Dario, no sexto mês, no primeiro dia do mês, veio a palavra do SENHOR, por intermédio do profeta Ageu, a Zorobabel, filho de Salatiel, governador de Judá, e a Josué, filho de Jozadaque, o sumo sacerdote, dizendo: Assim fala o SENHOR dos Exércitos: Este povo diz: Não veio ainda o tempo, o tempo em que a Casa do SENHOR deve ser edificada. Veio, pois, a palavra do SENHOR, por intermédio do profeta Ageu, dizendo: Acaso, é tempo de habitardes vós em casas apaineladas, enquanto esta casa permanece em ruínas?” (Ageu 1:1-4 RA).
Não devemos nos esquecer que o investimento de recursos na obra de Deus, não somente é agradável aos seus olhos, como lhe dá a oportunidade de nos abençoar. Deus não precisa dos nossos recursos, mas usa-os para nos tornar participantes de sua obra e nos prosperar na terra. Somos ensinados pelas Escrituras que o nosso investimento no Reino de Deus, redunda em muitas bênçãos, conforme nos instrui o apóstolo Paulo:
“Cada um contribua segundo tiver proposto no coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama a quem dá com alegria. Deus pode fazer-vos abundar em toda graça, a fim de que, tendo sempre, em tudo, ampla suficiência, superabundeis em toda boa obra,” (2 Coríntios 9:7-8 RA).
Desta forma, quando priorizo minha contribuição econômica, fazendo disto uma regra de conduta, possibilito aos ministros de Deus, avançar na obra de Deus. A minha fidelidade a Deus nos dízimos e ofertas possibilita um resultado mais eficaz na propagação do Reino de Deus na terra. No ministério de Paulo, quando havia generosidade ele podia ser mais efetivo e produtivo. Quando isto não acontecia, ele precisa “fazer tendas” para sobreviver, conforme relatado no livro de Atos.
“Depois disto, deixando Paulo Atenas, partiu para Corinto. Lá, encontrou certo judeu chamado Áquila, natural do Ponto, recentemente chegado da Itália, com Priscila, sua mulher, em vista de ter Cláudio decretado que todos os judeus se retirassem de Roma. Paulo aproximou-se deles. E, posto que eram do mesmo ofício, passou a morar com eles e ali trabalhava, pois a profissão deles era fazer tendas. E todos os sábados discorria na sinagoga, persuadindo tanto judeus como gregos. Quando Silas e Timóteo desceram da Macedônia, Paulo se entregou totalmente à palavra, testemunhando aos judeus que o Cristo é Jesus.” (Atos 18:1-5 RA)

Outro fato digno de nota é que quando contribuo com generosidade pela causa do Senhor, crio possibilidades da igreja abençoar outros irmãos necessitados. As privações dos meus irmãos enfraquecem toda a igreja, porque um corpo somente é sadio se todos os membros estão com saúde. Uma igreja é próspera quando suas riquezas abençoam todos os membros. Neste sentido, a minha prosperidade precisa incluir meu irmão e isto está claramente demonstrado nas Escrituras, conforme o texto do apóstolo Pedro: Servi uns aos outros, cada um conforme o dom que recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus.” (1 Pedro 4:10 RA).

Não posso me esquecer de que tenho a obrigação bíblica de sustentar meu irmão se ele for atingido por uma situação que não pode se safar. Tal ensinamento está previsto na Lei Mosaica: “Se teu irmão empobrecer, e as suas forças decaírem, então, sustentá-lo-ás. Como estrangeiro e peregrino ele viverá contigo” (Lv. 25. 35). Mais do que sito, a minha negligência em cuidar do meu “irmão menor”, revela um coração inconverso e ímpio, colocando em cheque a minha posição de filho de Deus. Devemos pensar, com bastante atenção, sobre o texto de Mateus:
“Então, perguntarão os justos: Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer? Ou com sede e te demos de beber? E quando te vimos forasteiro e te hospedamos? Ou nu e te vestimos? E quando te vimos enfermo ou preso e te fomos visitar? O Rei, respondendo, lhes dirá: Em verdade vos afirmo que, sempre que o fizestes a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes.” (Mateus 25:37-40 RA)

A praticidade de nossa fé precisa ser avaliada á luz de nossas obras, especialmente, se estamos dispostos a alimentar e vestir os famintos e descamisados. Por fim, a mordomia cristã é a oportunidade que temos de expressar gratidão e o reconhecimento da maravilhosa graça de Deus, uma vez que não podemos pagar por ela (Ef. 2. 8). Resta-nos expressar nossa gratidão, servindo à igreja do Senhor e a comunidade dos santos.


Como exercer a mordomia cristã? (esboço de estudo)
1- Priorizando o bem estar da casa de Deus
·        O cristão que não cuida da casa de Deus não é feliz, nem bem sucedido – Ag. 1. 9;
·        Quando cuidamos da casa de Deus estamos honrando o dono da casa – Ml. 1. 13;
·        Quando investimos no Reino de Deus, damos oportunidade de Deus nos abençoar – Ml. 3. 10-12, Fp. 4. 17;
·        Quando entrego o meu dízimo e a minha oferta na igreja, possibilito aos ministros de Deus o avanço da obra de Deus – Lc. 8. 1 – 3.


2- Considerando as necessidades dos meus irmãos
·        Preciso servir aos meus irmãos que passam por privações, para que no futuro eles tenham a condição de me servirem também – 2Co. 8. 13 – 15;
·        Minha prosperidade precisa incluir meu irmão – I Pd. 4. 10;
·        Quando sirvo ao meu irmão, estou servindo ao próprio Deus – Fp. 4. 17. O irmão que nunca serve ao outro demonstra, claramente, que não é um filho de Deus - – Mt. 25. 37 – 40;
·        Tenho a obrigação de sustentar meu irmão em Cristo se ele for atingido por uma situação da qual ele não consegue se safar – Lv. 25. 35.

Conclusão: Uma das provas de que o cristão nasceu de novo é quando ele é capaz de se importar com a manutenção da igreja, no sentido de sustentar seus ministros, bem como, possibilitar com seus recursos, o avanço da obra missionária. O cristão que diz amar a Deus, mas não o serve com seus bens, está desalinhado com a palavra de Deus. O amar envolve dedicação, trabalho e envolvimento de todas as esferas de nossa vida. Não podemos servir a Deus somente em espírito, mas também em verdade (com nossa mente e nosso corpo). Portanto, damos provas de nosso compromisso com Deus quando sustentamos a igreja com nossos dízimos, ofertas e talentos.


INTRODUÇÃO À HOMILÉTICA (ARTE DA PREGAÇÃO)

A idéia de trabalhar uma disciplina que seja tão abrangente e envolvente deveria ser suficiente para justificar o nosso interesse por tal matéria. A Homilética sendo a arte de elaborar e proferir discursos com eficiência, alcança não somente o segmento religioso, mas também àquelas pessoas que se dirigem às massas, sejam eles, políticos, artistas, professores, jornalistas, advogados etc.
Evidentemente que o tempo que iremos usar para expor a disciplina não será suficiente, dada a largueza do seu conteúdo e alcance. Sendo assim, deter-nos-emos na sua aplicação religiosa e congregacional, ou seja, a homilética no âmbito da pregação cristã.Não obstante, os seus princípios gerais, uma vez que a homilética é uma ciência também, poderão ser aplicados por pessoas que proferem discursos, palestras etc no âmbito secular.
O nascedouro da homilética remonta aos filósofos gregos que encontraram na retórica e na oratória (duas atividades ligadas a homilética, que em tempo serão discutidas) a possibilidade de apresentar e difundir seus ensinamentos, não somente isto, de fazer prevalecer sistemas de crenças, conhecimentos e posicionamentos políticos.
Como dissemos, o nascedouro da Homilética foi na Filosofia Grega, mas é no cristianismo que encontramos o desenvolvimento desta arte, que é a de elaborar discursos e pregá-los. No ambiente da congregação cristã, encontramos o terreno fértil para a pregação do evangelho, e neste sentido, muitos homens e mulheres buscaram, ao longo dos séculos, se esmerarem nesta arte.
Não podemos perder de vista também que a Homilética é uma ciência que trabalha com princípios que regem a elaboração e a comunicação de um discurso (sermão, pregação, homilia). Finalmente, na proposta de estudarmos a Homilética, temos antes de tudo o desejo de cumprir o que o Espírito Santo, através do apóstolo Paulo nos exorta a fazer: prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina (2 Tm. 4. 2). Diante deste imperativo, resta-nos prepararmo-nos da melhor maneira para cumpri com eficácia este mandato.Que o Todo Poderoso, Nosso Senhor Jesus Cristo, nos capacite para esta obra maravilhosa, usando o que iremos aprender neste módulo.
Fraterno abraço!Pr. José Roberto Limas da Silva
I-             IMPORTÂNCIA DA HOMILÉTICA
A disciplina se reveste de imensa importância, quando observamos que os grandes eventos bíblicos, sempre, foram marcados por grandes pregações (Moisés na entrega da Lei, Jesus no Sermão do Monte, Pedro na conversão de milhares de pessoas, durante Pentecostes). A palavra pregada é um poderoso instrumento para promover salvação do pecador e santificação da igreja – (Mc. 16. 15 – 20). Não existe meio mais poderoso que Deus tenha escolhido e aprovado para anúncio do seu reino e de sua glória (Rm. 10. 13 – 17).
Cuidados Especiais no Estudo e Prática da Homilética:
1- A artificialidade: O uso da técnica em prejuízo da unção. O mecanicismo na exposição da Mensagem;
2- A Imitação: O risco de copiar um padrão e não ter identidade própria. Cada pregador deve ter um estilo próprio;
3- O Criticismo: O conhecimento pode trazer a arrogância e o perfeccionismo, deixando a conduta piedosa e longânima, tão próprias do cristão.

II- O SERMÃO:
A partir deste ponto faremos considerações mais estritas quanto a Homilética, colocando o seu foco, basicamente, sobre o Sermão, que é o discurso cristão no ambiente congregacional ou evangelístico. Neste sentido vamos tratar então da Forma e do Conteúdo do Sermão.
Vamos classificar então os diversos sermões de duas maneiras: Quanto a Forma e quanto ao Conteúdo.

1- Quanto à forma: Diz respeito na forma como se apresenta o sermão em termos de estrutura.
a) Temático: O sermão é construído e desenvolvido sobre um tema. A escolha do tema precede os demais aspectos constitutivos do sermão. O texto bíblico é usado para ilustrar e referendar os argumentos esboçados. Pouca atenção é dada a exêgese do texto e sua, eventual, contextualização;
b) Textual: Neste Sermão o ponto de partida para a mensagem é um texto bíblico (normalmente, um texto pequeno). O sermão não pode fugir da passagem mencionada; eventuais citações são breves e com a finalidade de reforçar o texto escolhido;
c) Expositivo: O sermão expositivo é mais abrangente e doutrinário. Sua exposição considera os ensinamentos gerais das Escrituras. O seu discurso não é limitado pelo tema ou pelo título do sermão. Seu objetivo é discorrer sobre as verdades dos textos mencionados.

2- Quanto ao conteúdo: Está relacionado com o assunto e as informações contidas no discurso (sermão).
1- Sermões Evangelísticos: Voltados para o anúncio das boas – novas. Ênfase especial sobre o pecado da humanidade, a salvação de Cristo, a vida eterna etc. Neste sermão há de se levar em conta que parte dos ouvintes não são cristãos, por isto, as questões do vocabulário e do tempo devem ser dimensionadas adequadamente;
2- Sermões doutrinários: Neste sermão contempla-se as grandes doutrinas da Bíblia, e, de maneira geral, a forma destes sermões são expositivas e visam a defesa da fé cristã.
3- Sermões de consagração: São, normalmente, sermões exortativos no sentido de buscar uma vida de santidade, de devoção a causa do Reino de Deus etc.
4- Sermões de consolação: Estes estão direcionados ao consolo e edificação dos crentes em geral. Tem como finalidade precípua trazer alento aos ouvintes.
5- Sermões éticos: Neste sermão grandes questões morais são enfatizadas, levando em conta aspectos da vida social como exploração dos fracos, aborto, pena de morte etc.
6- Sermões Mistos: Estes sermões englobam mais de um tipo de conteúdo. Por exemplo: Consagração e consolo.

III - COMPOSIÇÃO DO SERMÃO:
Texto: Bíblico.

Tema: É a idéia central do sermão. Sua titulação deve ser clara, objetiva, atraente e contextualizada. O tema pode ser, eventualmente, usado como título. Entretanto, a melhor maneira de tornar o sermão objetivo é dar-lhe um título específico.
Introdução: É a apresentação do seu assunto e deve, portanto, gerar curiosidade e interesse pelo conteúdo do seu sermão. Normalmente, a introdução é a última parte a ser feita na elaboração do sermão.
Corpo do Sermão
O corpo do Sermão é formado por tópicos e subtôpicos, que irão conter as idéias principais do sermão que darão suporte ao tema proposto. A parte mais importante do sermão é o seu corpo. Nele as idéias devem ser desenvolvidas harmoniosamente e conservando a unidade entre os tópicos. Tudo que for dito, deve estar alinhado como o assunto do sermão.

Conclusão: Deve terminar o discurso da maneira mais natural, própria e adequada. Ela deve ser a conclusão do sermão todo, e não apenas do último tópico. Precisa ser breve e abrangente, mas nunca uma repregação do que já foi falado.

Aplicação: O apelo é o clímax da pregação. Portanto deve ser feito com a seriedade devida e tem em vista a aplicação da mensagem na vida do ouvinte. Não subestime esta oportunidade.

IV - ALGUNS CONSELHOS:
Básico: Dependa totalmente de Deus e não se desespere em momento algum, o Senhor está na supervisão da mensagem que Lhe pertence.
A) Sempre que entender que Deus está falando ao seu coração, ou ministrando algo, anote em lugar seguro, não confie na sua memória;
B) Não existem lugares exclusivos para elaborar um sermão;
C) Leia o texto pelo menos três vezes - decore - o se for pequeno - a parte mais importante da mensagem é o texto, portanto anuncie - o e leia o corretamente, sem pressa;
D) Um bom pregador lê bons livros, senão fica desatualizado;
E) Não leve papéis, foto, dinheiro, etc, dentro da Bíblia, senão o esboço;
F) Tenha conhecimento de tudo o que você vai falar;
G) Citações de outras pessoas que você não confirmou na palavra, são perigosas;
H) Mantenha se fiel a proposta do seu tema;
I) Identifique seus cacoetes e evite-os
J) Evite os chavões sobretudo áqueles que você repete sempre;
K) Evite o evangeliquês: Privilégio, é um prazer estar aqui, agradeço a oportunidade; não sou merecedor; não sou digno; não estou preparado; quem está feliz diga amém;
L) Não exija atenção para você, conquiste a atenção;
M) Não antecipe a exortação na introdução, deixe para o desenvolvimento da mensagem;
N) Não diga que a mensagem vai terminar meia noite, alguns poderão acreditar nisto;
O) Não diga que é um iletrado e ignorante, se isto for verdade, as pessoas vão descobrir dentro da mensagem;
P) Não coloque temas polêmicos que a Bíblia não te dará respostas seguras, igualmente, evite títulos extensos, ou que reflitam à realidade congregacional;
Q) Evite termos grosseiros e chulos, assim como as gírias;
R) Não demore demais na introdução do assunto, alguns podem desistir de ouvir o restante;
S) A conclusão precisa ser clara e coerente com o que você propôs no tema.
T) Atenção com o tempo e com a reação á sua mensagem;
U) Utilize só o tempo que lhe for dado;
V) Não use o sermão para desabafar ou para se vingar de pessoas;
X) Seja educado com os seus ouvintes;
Z) Muitos sermões são construídos ao longo do tempo, nem sempre ele são elaborados num momento só.
Y) Respeite os costumes daquele ambiente; não tente mudar áquilo que é a práxis local;
W) Não critique, nem mude a disposição de móveis, microfones, etc. Use o que tem, e será suficiente.

V - CONCLUSÃO DO MÓDULO DE HOMILÉTICA
“ Conjuro-te, perante Deus e Cristo Jesus, que há de julgar vivos e mortos, pela sua manifestação e pelo seu reino: prega a palavra, insta, quer seja oportuno, quer não, corrige, repreende, exorta com toda a longanimidade e doutrina.” (2 Timóteo 4:1-2 RA)
Caro Aluno, Nosso módulo encerra aqui, mas a homilética nos seguirá por toda a vida. Não somente isto, cremos que na vida de muitos, a referida disciplina será uma constante companheira no decurso de sua jornada cristã.Portanto, cumpre nos dizer que damos, apenas, os primeiros passos no conhecimento desta disciplina. Teremos, pelo menos, mais um módulo, que será, possivelmente, a Homilética avançada, que dará especial atenção na questão da interpretação do texto (inclusive os originais), bem como, na capacidade de redigir bem o conteúdo do sermão.
Neste primeiro módulo, sem dúvida, abordamos as questões mais importantes que são a elaboração do esboço do sermão, bem como, a pregação do mesmo. Os passos seguintes dependerão de um melhor conhecimento da Hermenêutica e da exêgese bíblicas. O que recomendamos aos queridos é que exercitem, exercitem e exercitem a prática de escrever e pregar sermões dentro das técnicas aprendidas. A Homilética não se limita a teoria da sala de aula, mas a pregação (querigma) pública da palavra de Deus.
Por fim, agradecemos o interesse demonstrado pela disciplina, e, com a finalidade de incentivá-los ainda mais na busca da excelência na arte da pregação, apresento um Sermão da lavra do vosso professor.
Inobstante, e em tempo, esclarecemos para os amados que cada sermão é um milagre de Deus em nossa vida. E o que se segue não é, primeiramente, fruto de técnicas, mas da abundante graça de Deus em nossa vida.
Por fim, o sermão que é apresentado mostra as etapas que vocês já percorreram e as que ainda precisarão desenvolver.
Um abraço, boa leitura e Deus vos abençoe!

ANEXO I  -ESBOÇO E SERMÃO
Texto: Atos 26. 24, 25
Tema: O que o Conhecimento Pode nos Oferecer?
Idéia Central do Texto: Paulo é questionado em sua defesa, pelo governador Festo, acusando – o de que estava fora de seu juízo completo, devido a sua formação intelectual elevada (as muitas letras). Paulo, entretanto, reafirma a sua completa sanidade mental, e a sua convicção acerca do discurso de defesa da sua fé (apologética).
Tese: A formação intelectual não é inimiga da fé.
Objetivo Geral: Evangelístico
Objetivo Específico: Levar aos ouvintes (uma platéia eclética), a compreenderem a importância de uma boa formação educacional, considerando que isto, não é um fator de afastamento da fé bíblica. Pelo contrário, o verdadeiro crescimento intelectual (a sabedoria) deve estar a serviço da fé, como foi o caso de Paulo. Por fim, possibilitar os formandos a repensarem a importância da sua graduação, dentro do plano de Deus para suas vidas.
I - O Conhecimento nos capacita à defender os princípios fundamentais da vida.
·         Paulo usa sua capacidade de oratória, e conhecimentos para produzir uma defesa consistente;
·         Não podemos expor nossas idéias, se não demonstrarmos conhecimento suficiente;
·         Uma formação intelectual adequada é a condição para a comunicação;
·         O discurso de Paulo foi á altura dos seus ouvintes, assim deve ser o nosso.
II – O conhecimento nos oferece saúde mental, e não insanidade – At. 26.24b e 25a
·         O mito  de que quem estuda muito fica louco, ainda sobrevive;
·         O conhecimento só se transforma em loucura quando está divorciado de Deus – I Co. 2. 6 – 8; 3. 19
·         A verdadeira sabedoria tem origem divina – Pv. 1, 2
·         O conhecimento traz consigo saúde, sucesso e longevidade; Pv.
III- O Conhecimento nos aponta o caminho da verdade – At. 26. 25b
·          Não podemos chegar a verdade sem o conhecimento – Jo. 8. 32;
·         O conhecimento para Paulo era um meio, e não um fim;
·         Uma fé sadia não despreza conhecimentos humanos ( revelação natural)- Rm. 1. 28.
·         Jesus demonstrou conhecimentos espirituais e humanos – Jo. 3. ,Jo. 7

SERMÃO
Texto: At. 26. 24, 25
“Dizendo ele estas coisas em sua defesa, Festo o interrompeu em alta voz: Estás louco, Paulo! As muitas letras te fazem delirar! Paulo, porém, respondeu: Não estou louco, ó excelentíssimo Festo! Pelo contrário, digo palavras de verdade e de bom senso.” (Atos 26:24-25 RA).
“Quando Paulo estava se defendendo assim, Festo gritou: —Paulo, você está louco! Estudou tanto, que acabou perdendo o juízo! Paulo respondeu: —Eu não estou louco, Excelência; estou em perfeito juízo e digo a verdade.” (Atos 26:24-25 NTLH).
24 ΤαῦταδὲαὐτοῦἀπολογουμένουὁΦῆστοςμεγάλῃτῇφωνῇφησιν· μαίνῃ, Παῦλε· τὰπολλάσεγράμματαεἰςμανίανπεριτρέπει. 25 ὁδὲΠαῦλος· οὐμαίνομαι, φησίν, κράτιστεΦῆστε, ἀλλὰἀληθείαςκαὶσωφροσύνηςῥήματαἀποφθέγγομαι.

TEMA: O QUE O CONHECIMENTO PODE NOS OFERECER?
INTRODUÇÃO: Nestes dias em que a informação campeia livremente pelos meios de comunicação, precisamos discernir o que de fato estamos recebendo, por meio da mídia. A informação nem sempre produz conhecimento, sendo que, muitas vezes, são apenas mecanismos de manobra das grandes massas. Entretanto, precisamos de conhecimento que gere educação, e esta é uma necessidade básica para a vida, que não pode ser negligenciada. (Vox Scripturae).
Podemos igualmente pensar no Brasil e os disparates entre o nível educacional das classes mais favorecidas, que levam os seus filhos para estudar em faculdades estrangeiras e as classes extremamente pobres que tem como média de ensino a 5ª e 6ª Série do ensino Fundamental. Ademais uma vida cristã piedosa há de se considerar a urgência de se obter um conhecimento integral, não somente religioso mas, também, secular. Portanto, esta reflexão será oportuna, para vocês que estão colando grau numa disciplina que se preocupa, fundamentalmente, com a aprendizagem da língua, que é o curso de Letras. Uma vez que a linguagem é, assim, um dos principais instrumentos na formação do mundo cultural (Livro Filosofando).
Portanto, nesta ocasião vamos pensar no Conhecimento e no que ele tem para nos oferecer.

I- O Conhecimento nos capacita à defender os princípios fundamentais da vida – At. 26. 24a
1- Paulo usa sua capacidade de oratória e conhecimentos para produzir uma defesa consistente;
    A vida nos possibilita oportunidades e adversidades, mas em todas as situações, devemos nos valer da capacidade que nos foi dada por Deus para produzirmos a defesa dos nossos princípios de vida (sejam morais ou espirituais). Falar com ousadia, sempre foi e é uma boa maneira de demonstrar a confiança que temos naquilo que cremos (Ef. 6. 19). Conta-se também, que Sócrates que viveu em Atenas no século V A.c. era um homem feio, mas, quando falava, era dono de um estranho fascínio(extraído do Livro Filosofando).

2- Não podemos expor nossas idéias, se não demonstrarmos conhecimento suficiente;
Uma exposição deficiente de conhecimento a respeito de qualquer matéria, nos levará ao ridículo ou ao questionamento. Ser impreciso e superficial é sempre o maior passo para o fracasso nas nossas relações profissionais e, porque não dizer, no exercício da nossa religiosidade (Mt. 22. 29);

3- Uma formação intelectual adequada é a condição para a comunicação;
Quem deseja comunicar, precisa atentar para a importância de se conhecer bem o conteúdo da sua mensagem. Para que haja comunicação, necessário se faz que o interlocutor entenda a mensagem, senão será uma mensagem de mão única. A formação intelectual primorosa do comunicador (professor, jornalista, pastor, advogado, etc) é condição sinequa non para que sua mensagem alcance os objetivos propostos (Is. 29. 11, 12);

4- Nosso discurso, como o de Paulo, deve ser á altura dos nossos ouvintes.
Um discurso contextualizado à realidade cultural e intelectual dos ouvintes é fundamental para defendermos os princípios fundamentais da vida e da nossa fé. Jesus sabia se dirigir aos doutores e às pessoas incultas (Mc. 4. 33). Não podemos menosprezar o indouto trazendo lhe um discurso sofisticado e rebuscado, entretanto não devemos desprezar o sábio e o culto. Precisamos sim, de um discurso adequado à capacidade de entendimento de cada um.


II – O conhecimento nos oferece saúde mental, e não insanidade – At. 26.24b e 25a
1- O mito  de que quem estuda muito fica louco, ainda sobrevive;
    Nos tempos em que a maioria da população brasileira era de origem rural, existia o mito de que se alguém estudasse muito, passaria o juízo. Hoje, entretanto, sabemos que isto não era, nem é fato real, mas mesmo assim, ainda sobrevive resquícios deste mito. E  quem sabe, por isto, temos uma pátria com tantas pessoas analfabetas. Há ainda, aqueles que foram alfabetizados, mas que não se interessam pelo conhecimento. E isto é tão evidente, que temos em nosso país, um dos índices mundiais mais baixos em termos de leitura; havendo jovens que passam um ano inteiro, sem ler sequer, um livro;

2- O conhecimento só se transforma em loucura quando está divorciado de Deus – I Co. 2. 6 – 8; 3. 19
O conhecimento prejudica, somente, quando ele visa alimentar o ego do homem. O conhecimento é uma bênção para a humanidade, entretanto, quando ele se torna independente de Deus, poderá trazer ruína para o homem e seu semelhante ( Rm. 1. 21). Perceber que o conhecimento visa introduzir idéias apropriadas a respeito da criação e manutenção da vida, é obrigação do estudante comprometido com a verdade. Porque todo conhecimento que auto proclama independência do homem em relação a Deus, está fadado ao fracasso completo, haja visto, a descoberta recente das ciências de que a teoria da evolução é uma grande mentira, bem como, a comprovação que a teoria do Big Bang é uma grande farsa.

3- A verdadeira sabedoria tem origem divina – Pv. 2. 6
Não há sabedoria que seja verdadeira, que não tenha sua origem em Deus. Todo conhecimento humano é imperfeito e parcial, tendo em vista, que o imperfeito não pode criar o perfeito. As faculdades mentais do homem tem sua origem em Deus, e somente uma mente iluminada pelo Espírito Santo, poderá chegar a verdade. A sabedoria habita com os humildes, como ensinou o salmista, pois o arrogante é auto suficiente e não tem tempo para aprender. Entretanto, o humilde quando busca o conhecimento e a sabedoria, alcança, porque sua busca não começa em si, mas Naquele que tem toda a sabedoria;

4- O conhecimento traz consigo saúde, sucesso e longevidade; .
Feliz o homem que acha sabedoria, e o homem que adquire conhecimento (Pv. 3. 13). Esta é e perspectiva de quem experimenta o conhecimento, pois a saúde, o sucesso e a longevidade estão associados à obediência dos princípios que governam a vida. O conhecimento nos ensina a viver dentro de um mundo planejado e criado para que o homem experimentasse paz e felicidade (Gn. 1. 31). A ignorância em todos os níveis só trazem prejuízo para a raça humana, e uma das facetas mais tristes do homem separado de Deus, é o seu estado de ignorância acerca dos verdadeiros valores da vida (Oséias 4. 6);

III- O Conhecimento nos aponta o caminho da verdade
 1- Não podemos chegar a verdade sem o conhecimento – Jo. 8. 32;
    O termo Gnosis é conhecimento, experiência, o entendimento dos fatos ou das verdades, ou mais visão, discernimento.
   Já o termo sofia  (sofia) é certamente a palavra superior de todas estas. É propriamente sabedoria. Denota excelência mental no sentido mais alto e completo, expressando uma atitude bem como um ato da mente. Compreende conhecimento e implica bondade, que inclui o esforço pelos fins mais dignos, bem como o uso dos melhores meios para a sua realização. Nunca é atribuído a ninguém exceto Deus e boas pessoas, a não ser em sentido claramente irônico.
    Ambos os termos (sofia e gnosis) são usados para expressar conhecimento, e portanto, podemos afirmar que o conhecimento real e efetivo, é aquele que nos conduz á verdade.


2- O conhecimento para Paulo era um meio, e não um fim;
O conhecimento que Paulo tinha era, apenas uma ferramenta. Ele o usava com um propósito maior, que era o de glorificar a Deus (I Co. 10. 31). Não o usava como exibição de sua elevada cultura, mas como instrumento de propagação da mensagem cristã. O conhecimento e a inteligência de Paulo, não estavam a serviço de mera conjecturação filosófica, mas tinha finalidades utilitárias e nobres. Esta é a busca sadia e adequada do conhecimento.

3- Uma fé sadia não despreza conhecimentos humanos ( revelação natural)- Rm. 1. 28.
Os atributos invisíveis de Deus, bem como sua criação e manutenção da ordem cósmica são observáveis pelos sentidos humanos, e consequentemente, passíveis de serem incorporados ao conhecimento humano. Portanto, o conhecimento acerca das obras de Deus são indispensáveis para que o reconheçamos como Senhor de todas as coisas. Somente o insensato, ou seja aquele que não detêm o “conhecimento”, diz em seu coração: Deus não existe (Sl. 14. 1a).
Portanto, um cristão maduro, considera a importância do conhecimento, e mais do que isto, usa este conhecimento para a consolidação de sua fé.

4- Jesus demonstrou conhecimentos espirituais e humanos – Jo. 3. ,Jo. 7 (como sabe ele letras, sem ter estudado).
Jesus nunca foi considerado um ignorante ou desatualizado, ou mesmo mal informado. Muito embora, não tenhamos conhecimento, de uma educação formal de Jesus nos bancos da universidade. Ele, recebeu educação e instrução elevadas, uma vez que os seus contemporâneos se surpreendiam com o nível de seu conhecimento e discurso: “Os líderes judeus ficaram muito admirados e diziam: —Como é que ele sabe tanto sem ter estudado? (João 7.15).”
A abordagem de Jesus não era somente de ordem espiritual, mas seu ensinamento está repleto de aplicação de conhecimentos naturais. Ele demonstrou crescimento em todos os níveis de conhecimento, tanto humano quanto espiritual, este é o grande desafio do estudante comprometido com a verdade (Lucas 2. 52).

Conclusão: Nosso conhecimento só será completo, se o recebermos de Deus. E para termos acesso a este conhecimento, é somente através de Jesus Cristo, que é a sabedoria de Deus (I Co. 1. 30). A presença de Cristo em nós, leva nos ao verdadeiro conhecimento acerca de nós e da nossa natureza. Precisamos nos dar conta da nossa situação de ignorância acerca da verdadeira vida que Deus tem para nós. E o fato de sermos ignorantes nos leva ao pecado e a rebeldia contra Deus, mas o conhecimento de Deus nos constrange ao arrependimento (Rm. 3. 10, 11) e a conversão (At. 3. 19).
Apelo: Você que neste dia de formatura completa uma etapa na busca do conhecimento humano, poderá encontrar nesta oportunidade o maior tesouro do conhecimento, que é Jesus Cristo, e alcançar o maior prêmio que o conhecimento pode dar que é a vida eterna. Faça esta escolha e colherá os frutos por toda a eternidade. Amém!


UMA REFLEXÃO SOBRE A EVANGELIZAÇÃO
Introdução: Uma das tarefas principais da igreja é a evangelização. Mas o que é, de fato, evangelização? Sabemos que ela é a estratégia de Deus para alcançar o homem perdido. Como fazer esta evangelização, como atingir nossos contemporâneos, como entrar no mundo e pregar a mensagem de salvação, sem ser dominado por ele? Existem algumas perguntas que precisam ser feitas sobre evangelização. Apresentamos a seguir alguns sermões a respeito do tema, porque o evangelho não é para ser, apenas, teorizado, mas, sobretudo, pregado.

TRÊS PERGUNTAS NECESSÁRIAS NA EVANGELIZAÇÃO
Texto: Marcos 16.15

15 E disse-lhes: Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura.
καὶ εἶπεν αὐτοῖς· πορευθέντες εἰς τὸν κόσμον ἅπαντα κηρύξατε τὸ εὐαγγέλιον πάσῃ τῇ κτίσει

1- O que é o evangelho?
·        A primeira pergunta é: o que é o evangelho? A palavra Euangelion significa boa mensagem, boa notícia. O evangelho é as boas notícias de Deus trazidas ao mundo – Lc. 2. 10;
·        O evangelho, antes de tudo, é uma mensagem de boas coisas, de boas notícias, de oportunidades para o ser humano – Lc. 2. 14;
·        O evangelho é uma mensagem de libertação e de salvação – Efésios 1. 13;
·        O primeiro propósito do evangelho não é mostrar ao homem seu estado de rebeldia, mas a atitude amorosa de Deus para com o ser humano – Atos 20. 24;
·        A primeira mensagem do evangelho é de salvação e não de condenação. A condenação é o resultado da rejeição ao evangelho, mas não o objetivo principal do evangelho – Rm. 1. 16 – Jo. 3. 17;
·        O evangelho é a mensagem que busca a reconciliação do homem com Deus. Deus não está interessado, primeiramente, em demonstrar o quanto o pecador é mau e perverso. O pecador só entende isto depois que se converte – 2 Co. 5. 19, 20.

2- Por que pregar o evangelho?
·        O evangelho precisa ser pregado de forma pública e convincente – At. 14. 1
·        O evangelho não é para ser guardado, mas para ser proclamado – os aedos e os rapsodos proclamavam as obras dos deuses e dos heróis – através da declamação de poesias e cânticos – Mc. 16. 15 (pregai o evangelho);
·        A pregação não pode ser substituída por máquinas humanas. Deus não aceitou nem anjos, o que dirá de mídias eletro-mecânicas – 1 Pe. 1. 12.
3- Para quem pregar o evangelho?
·         A pregação do evangelho não é direcionada a nenhum grupo social especifico – Rm. 1. 16;
·         Todos os seres humanos precisam receber o evangelho – Rm. 3. 23;
·        O evangelho é capaz de atingir qualquer pessoa, de qualquer nível intelectual e cultural. O evangelho não é produto cultural, mas criador de uma nova cultura – At. 19. 18, 19

Qual mensagem a igreja precisa levar ao mundo?
Texto: 1 Co. 2. 1 - 5
1 ¶ Eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não o fiz com ostentação de linguagem ou de sabedoria.
2  Porque decidi nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este crucificado.
3  E foi em fraqueza, temor e grande tremor que eu estive entre vós.
4  A minha palavra e a minha pregação não consistiram em linguagem persuasiva de sabedoria, mas em demonstração do Espírito e de poder,
5  para que a vossa fé não se apoiasse em sabedoria humana, e sim no poder de Deus.
Introdução: Nestes dias de pluralismo religioso, em que a igreja recebe grandes influências do mundo religioso e secular, temos dificuldade em discernir o verdadeiro evangelho. Há muitas mensagens sendo pregadas, há ponto de algumas contradizerem ás outras. Há um turbilhão de informação religiosa nos meios de comunicação (televisão, no rádio, nas redes sociais, no marketing religioso, na literatura). Precisamos redescobrir a mensagem que Deus entregou a sua igreja e pregá-la de acordo com a doutrina bíblica. Hoje, vamos propor a seguinte reflexão: Qual mensagem a igreja precisa levar ao mundo?

1- Uma mensagem simples e sem maquiagem – v. 1
·        O evangelho precisa ser anunciado de forma simples, sem retoques – 2 Tm. 4. 1 – 4;
·        O evangelho só tem poder se for pregado de acordo com a doutrina bíblica. Sem a doutrina ele é, apenas, uma mensagem humana – Gl. 1. 8, 9;
·        A mensagem quando é retocada é porque está em busca de aprovação humana. Este evangelho não é o de Cristo – Gl. 1. 10.


2- A mensagem da cruz em estado bruto – v. 2
·        O evangelho sem a cruz, não é o evangelho de Cristo. Cristo ensinou, pregou e curou antes da crucificação, mas só salvou a alma do homem a partir da cruz – 1Co. 1. 18;
·        O evangelho da prosperidade e da cura sem a cruz é somente terapia para o corpo – Fp. 3. 18, 19;
·        Só o escândalo da cruz nos faz usufruir das bênçãos da salvação – I Co. 1. 18, 23.


3- Uma mensagem espiritual e sobrenatural – v. 3 – 5
·        A mensagem que a igreja prega precisa antes de tudo, ser espiritual. O evangelho não é uma mensagem de auto-ajuda ou resposta para questões filosóficas – I Co. 2. 13, 14;
·        O evangelho, que a igreja prega, não é dependente de argumentações humanas (persuasão sofista), mas baseado no poder no poder de Deus para agir sobre o homem e sobre a natureza – Mc 16. 15 – 18;
·        A pregação do evangelho tem como função principal a salvação dos pecadores e não reformas sociais e culturais. As reformas são conseqüência da salvação dos homens, não causa de salvação – Mc. 16. 15, 16. A urgência é a salvação da alma do homem...


TODA GLÓRIA A DEUS!



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALMEIDA, João Ferreira de. Bíblia Sagrada ARA. 2ª Edição. São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil; 1993.

 ALMEIDA. Bíblia OnLine 3.0, Módulo Avançado.  São Paulo: Sociedade Bíblica do Brasil; 1993.

ALMEIDA, João Ferreira de. Bíblia Sagrada NTLH. S P.: Sociedade B. do Brasil; 1993.

CALDAS, Carlos. Fundamentos da teologia da igreja. São Paulo: Mundo Cristão, 2007. P. 50

Liturgia. Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Liturgia - Acesso em 02 de janeiro de 2018.

STRONG, James. Léxico Hebraico, Aramaico e Grego de Strong. Barueri: Sociedade Bíblica do Brasil, 2002.

VOX SCRIPTURAE – Revista Teológica Latino-Americana, Volume VII, número 2, 1997, página 92.

ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Filosofando, Introdução à Filosofia. São Paulo: Editora Moderna; 1991.






[1]Sociedade Bíblica do Brasil: Almeida Revista E Atualizada, Com Números De Strong. Sociedade Bíblica do Brasil, 2003; 2005, S. Rm 12:2
[2] Liturgia. Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Liturgia - Acesso em 02 de janeiro de 2018.
[3] CALDAS, Carlos. Fundamentos da teologia da igreja. São Paulo: Mundo Cristão, 2007. P. 50
[4]Sociedade Bíblica do Brasil: Almeida Revista E Atualizada, Com Números De Strong. Sociedade Bíblica do Brasil, 2003; 2005, S. Ml 1:10