terça-feira, 31 de agosto de 2010

Mensagem do Domingo (29/08/2010).

OS PERIGOS DO ORGULHO ESPIRITUAL
Introdução: A espiritualidade virou mercadoria de consumo e fonte de status na igreja. Quem é tido por muito espiritual é admirado, convidado para ir as festas e até os ímpios querem a proximidade dos “super espirituais”. Vamos entender os perigos de se julgar um super espiritual.

Texto: Ezequiel 28. 12 - 19
12 Filho do homem, levanta uma lamentação contra o rei de Tiro e dize-lhe: Assim diz o SENHOR Deus: Tu és o sinete da perfeição, cheio de sabedoria e formosura.
13 Estavas no Éden, jardim de Deus; de todas as pedras preciosas te cobrias: o sárdio, o topázio, o diamante, o berilo, o ônix, o jaspe, a safira, o carbúnculo e a esmeralda; de ouro se te fizeram os engastes e os ornamentos; no dia em que foste criado, foram eles preparados.
14 Tu eras querubim da guarda ungido, e te estabeleci; permanecias no monte santo de Deus, no brilho das pedras andavas.
15 Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado até que se achou iniqüidade em ti.
16 Na multiplicação do teu comércio, se encheu o teu interior de violência, e pecaste; pelo que te lançarei, profanado, fora do monte de Deus e te farei perecer, ó querubim da guarda, em meio ao brilho das pedras.
17 Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor; lancei-te por terra, diante dos reis te pus, para que te contemplem.
18 Pela multidão das tuas iniqüidades, pela injustiça do teu comércio, profanaste os teus santuários; eu, pois, fiz sair do meio de ti um fogo, que te consumiu, e te reduzi a cinzas sobre a terra, aos olhos de todos os que te contemplam.
19 Todos os que te conhecem entre os povos estão espantados de ti; vens a ser objeto de espanto e jamais subsistirás.

1- Confundir desempenho espiritual com santidade – I Co. 1. 7 – 1 Co. 3. 1- 3
  • A nossa performance não pode ser confundida com vida consagrada. Muitos homens consagrados não realizaram grandes feitos;
  • O querubim ungido estava cercado de coisas gloriosas e ele mesmo realizava funções gloriosas, mas permitiu que seu coração se enchesse de orgulho – Ez. 28. 15;
  • Nossos dons espirituais são para produzir serviço cristão não um cartão postal de nossa espiritualidade – I Co. 12. 7;
  • O querubim confundiu a glória que lhe foi conferida como sua própria grandeza pessoal, isto levou – o à ruína – Ez. 28. 17. O querubim era somente uma criatura...


2- Perder a capacidade de ser ensinado – 2 Co. 13. 3
  • A igreja de Corinto tornou se orgulhosa porque fora agraciada com muitos dons – I Co. 1. 7; I Co. 14. 26;
  • Nossa maturidade é medida não por quanto sabemos, mas por quanto somos capazes de aprender – I Co. 8. 2;
  • O querubim ungido achava – se a criatura mais gloriosa depois de Deus, ele se sentia um semi – deus e isto o tornou suficiente em si mesmo e ele buscou estabelecer sua influência – Ez. 28. 15 - 17;
  • Ele já não se contentava em ser um reflexo da glória de Deus, ele queria ser uma fonte de glória – ele queria brilhar por si mesmo – Ez. 28. 14.


3- Tornar – se um adversário da obra de Deus -
  • O querubim que brilhava chamava se Lúcifer, e se tornou Satanás (adversário);
  • Quando não percebemos os riscos que corremos ao buscar glórias humanas e reconhecimento de pessoas caminhamos para o lado oposto ao de Deus – At. 8. 18 – 23;
  • Em busca da glória suprema, o querubim quis tomar o lugar de Deus e por isto tornou – se um adversário pessoal de Deus – Ez. 28. 18, 19;
  • Aquele querubim tinha tudo para dar certo mas o orgulho espiritual que nasceu em seu coração destruiu seu futuro – Ez. 28. 19.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Mensagem do dia

QUANTO CUSTA UMA DECISÃO ERRADA?

12 Eles vão responder: “Não adianta; nós vamos seguir os nossos planos. Todos nós vamos agir de acordo com a teimosia e a maldade do nosso coração (Jr. 18. 12).

Este tem sido o brado de todos os homens de todas as épocas: “Não adianta Deus, queremos seguir os nossos próprios planos!”. Ninguém pode alegar ignorância, pois Deus jamais deixou de se revelar ao homem, começando no jardim do Éden e culminando no monte Gólgota. Sempre amando, aconselhando, perdoando, admoestando e corrigindo.

Deus nunca desistiu de se revelar. Nos dias de Adão ficou evidente o seu papel de Criador e Provedor de toda a criação; nos dias de Noé, o Deus preservador da criação; nos dias de Moisés, o Deus Libertador; nos dias de Davi, o Deus Pactuador; nos dias dos profetas, o Deus Justiçador; nos dias de Jesus, o Deus Amoroso e Consolador.

Muitos perguntam com que critério Deus vai condenar os que nunca ouviram falar dele. Todos os homens de todas as épocas tiveram uma revelação suficiente de Deus (Rm. 1. 20, 21).

A pergunta que deveríamos fazer é com que critérios o homem se condena? O critério mais importante é que o homem não responde favoravelmente ao projeto de Deus para sua vida. Deus criou o homem para um propósito definido: trazer e evidenciar a sua imagem e glória. Paulo deixa claro este projeto de Deus para o homem na carta aos Efésios: “a fim de sermos para louvor da sua glória, nós, os que de antemão esperamos em Cristo (Ef. 1. 12).”

Sendo o único ser criado por Deus que traz consigo imagem e semelhança de Dele, deveríamos nos dar conta do elevado projeto e privilégio concedido a nós, humanos (Ef. 4. 1).

Grande parte da nossa caminhada tem sido construída em cima de histórias de “grandes homens” que tiveram “grandes planos”, realizaram “grandes feitos”, mas que não mudaram a humanidade para melhor.

Afim de não nos valer da história secular, já, tão bem conhecida, e que nos daria todos os elementos para justificar os argumentos, bastando para isto citar alguns personagens como: Napoleão, Hitler, Sadan Hussein etc; o que seria suficiente para mostrar mostrar quantos prejuízos nossa raça tem trazido para a humanidade por anuir aos próprios conselhos...(os famosos e nada distintos citados anteriormente pertencem a nossa raça...); estarei apenas citando os homens santos da Bíblia.
Observe que eu disse os homens santos, não os maus como Caim, Balaão, Judas e outros. Vamos começar então:
Abraão – rejeitou o conselho do Senhor e anuiu ao de Sara e produziu um filho bastardo – Resultado: O conflito Israel x Árabes;
Davi – Rejeitou o conselho do Senhor e teve um caso com uma mulher casada. Resultado: Morte de filhos, incesto, guerras familiares etc;
Salomão – rejeitou o conselho de não casar com mulheres estrangeiras – Resultado: reintroduziu a idolatria em Israel e manchou gravemente sua biografia;
O profeta mais novo que rejeitou o conselho do Senhor e aceitou o conselho do profeta mais velho – Resultado: foi morto por um leão e, se era casado, produziu uma viúva e possíveis órfãos.

Naturalmente que a lista seria enorme se eu incluísse as vezes que você rejeitou o conselho do Senhor, maior seria ainda se eu acrescentasse os meus desatinos. Entretanto, cumpre nos dizer que todas vezes que alguém resolve obedecer a teimosia do seu coração vai se dar mal. Não importa se é um grande homem de Deus como Abraão, ou se servos anônimos como você e eu. Deus não se deixa escarnecer, e vamos comer o fruto de nossas decisões (Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará – Gl. 6. 7)”.

Portanto, pensemos nas consequências de obedecer a voz de nosso coração.



Fraterno abraço.

17/08/2010. Pr. José Roberto

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terça-feira, 17 de agosto de 2010

Quem tem medo de Heresia?

PEQUENAS HERESIAS, GRANDES DESTRUIÇÕES.
Uma reflexão no capítulo 2 versos 18 a 21 da carta de João:
18 ¶ Filhinhos, já é a última hora; e, como ouvistes que vem o anticristo, também, agora, muitos anticristos têm surgido; pelo que conhecemos que é a última hora. 19 Eles saíram de nosso meio; entretanto, não eram dos nossos; porque, se tivessem sido dos nossos, teriam permanecido conosco; todavia, eles se foram para que ficasse manifesto que nenhum deles é dos nossos. 20 ¶ E vós possuís unção que vem do Santo e todos tendes conhecimento. 21 Não vos escrevi porque não saibais a verdade; antes, porque a sabeis, e porque mentira alguma jamais procede da verdade.

A Heresia Gnóstica (especialmente a docética) não era tão “cabeluda” mas era discreta e espiritualista. Pois afirmava que Jesus era totalmente divino e não dispunha de perfeita natureza humana, o que se via era apenas o que se imaginava do corpo de Jesus. Jesus era apenas uma miragem, fisicamente, falando.

O Jesus dos gnósticos é um Jesus que não participa da natureza humana plenamente e isto parecia ser um reforço na divindade de Jesus, entretanto, esta foi uma das heresias mais destruidoras no início do cristianismo, sendo combatida por Paulo na carta aos Colossenses e por João no texto supra mencionado.

Especialmente em nossos dias encontramos igrejas e ministérios que propõem uma vida acima das mazelas humanas (sofrimento, pecado, fracassos etc). A Bíblia recomenda que o cristão não viva no pecado, mas admite o fato de que iremos, em algum momento, pecar e para isto ela já nos provisiona uma saída para a questão do pecado que continua a nos assediar: “ Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo; e ele é a propiciação pelos nossos pecados e não somente pelos nossos próprios, mas ainda pelos do mundo inteiro ( I Jo. 2. 1, 2).

Ignorar o fato de que somos humanos e sujeitos a tantas paixões é o caminho mais curto para a queda e o fracasso espiritual (Tg. 5. 17). Fomos libertos do poder do pecado (Rm. 7. 14) não da presença dele (Hb. 12. 1), portanto, nossa militância contra o pecado deve ser no sentido de fugirmos da aparência do mal (1Ts. 5. 22 ), não temos garantia de que não vamos pecar, mas temos a garantir que ele não pode nos dominar.

Portanto, ainda que não queiramos, nós pecamos. Ensinar que o crente não peca é tolice, falar que não peca é mentira (1 Jo. 1. 8). Existe uma diferença fenomenal entre dizer que alguém não peca e dizer que alguém não vive pecando, porque a Bíblia afirma que aquele que conheca a Jesus não vive pecando (1 Jo. 3. 6).

Voltando ao assunto das pequenas heresias, devemos estar atento para pequenas concessões doutrinárias, uma vez que, elas podem se revelar trágicas mais tarde. Pois a Bíblia é categórica em afirmar que “mentira alguma jamais procede da verdade”.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

O Salvo pode perder-se?

CAPÍTULO 1 DE EFÉSIOS – UMA PROPOSTA:
A IMPERDIBILIDADE DA SALVAÇÃO

1 ¶ Paulo, apóstolo de Cristo Jesus por vontade de Deus, aos santos que vivem em Éfeso, e fiéis em Cristo Jesus,
2 graça a vós outros e paz, da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo.
Esta carta, precisa ser vista e compreendida dentro de uma perspectiva diferenciada, porque suas exortações, ensinamentos e doutrinas são conclusivos. Paulo não está aqui promovendo um “virtual” debate com opositores. Nesta carta ele, seguramente, está expondo uma doutrina clara da posição do Cristão em face da obra redentora, santificadora e abençoadora de Cristo.

3 ¶ Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo,
4 assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor
5 nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade,
6 para louvor da glória de sua graça, que ele nos concedeu gratuitamente no Amado,
7 no qual temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça,
8 que Deus derramou abundantemente sobre nós em toda a sabedoria e prudência,
9 desvendando-nos o mistério da sua vontade, segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo,
10 de fazer convergir nele, na dispensação da plenitude dos tempos, todas as coisas, tanto as do céu, como as da terra;

É inegável suas assertivas do privilégio da nossa posição de filhos adotivos. Ele afirma que ao Cristão estão dispensadas todas as bênçãos, baseado na mediação de Cristo (v. 03). A escolha, predestinação, adoção e santificação são garantidas gratuitamente no amado (v. 4 - 6). A redenção graciosa dos nossos pecados,revelou o desejo de Deus convergir em Cristo todas as coisas, o que de fato aconteceu na cruz do calvário (v. 9, 10). Nossa posição de redimidos, e mesmo de criação de Deus, revela o propósito da nossa vida que é o de ser “para o louvor da sua glória.“

11 nele, digo, no qual fomos também feitos herança, predestinados segundo o propósito daquele que faz todas as coisas conforme o conselho da sua vontade,
12 a fim de sermos para louvor da sua glória, nós, os que de antemão esperamos em Cristo;
13 em quem também vós, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação, tendo nele também crido, fostes selados com o Santo Espírito da promessa;
14 o qual é o penhor da nossa herança, ao resgate da sua propriedade, em louvor da sua glória.
A revelação deste mistério que era, nada menos do que o projeto de Deus, desde a fundação do mundo (9, 10), capacita o cristão a compreender a segurança de sua salvação, e isto é de tal maneira estabelecido na doutrina de Paulo, que ele afirma: “ no qual também vós, tendo ouvido a palavra da verdade, o Evangelho da vossa salvação, e nele havendo também crido, fostes selados com o Espírito da promessa, a saber, o Espírito Santo, que é penhor da nossa herança para a redenção da possessão adquirida por Deus, para o louvor da sua glória.” (Efésios 1:13-14 TB). Não se pode permanecer impassível em face da força destas palavras, uma vez que elas afirmam categoricamente, que o cristão está definitivamente marcado (selado) para Deus, tratando se, portanto, de um lacre de inviolabilidade, assegurado pela presença do Espírito Santo, que também funciona como penhor (pagamento dado em garantia). Ora diante de tais situações que mais poderíamos dizer acerca da segurança da salvação do cristão. Sim poderíamos ainda lembrar: “ Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou.” (Romanos 8:29-30 RA). Portanto a obra foi completa, inclusive a capacidade que é dada ao Salvo para perseverar nesta salvação (II Tm. 4. 18).
Na minha defesa da imperdibilidade da salvação, ainda ouso dizer que a perseverança é consequência desta convicção, não causa. Portanto, o cristão não persevera para ser salvo, mas porque é salvo ele persevera por possuir graça de Deus suficiente para ir até ao fim. Semelhantemente, o salvo não obedece para ter fé, mas porque tem fé, ele obedece (Ef. 2. 8, 9). E por consequência o salvo não é salvo pela sua perseverança, mas pela graça maravilhosa de Cristo, que o capacita a perseverar até o fim, pois nada mais o separa do amor de Cristo, como Paulo registra magistralmente: “Que diremos, pois, à vista destas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós? Aquele que não poupou o seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura, não nos dará graciosamente com ele todas as coisas? Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem os condenará? É Cristo Jesus quem morreu ou, antes, quem ressuscitou, o qual está à direita de Deus e também intercede por nós. Quem nos separará do amor de Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada? Como está escrito: Por amor de ti, somos entregues à morte o dia todo, fomos considerados como ovelhas para o matadouro. Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por meio daquele que nos amou. Porque eu estou bem certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor.” (Romanos 8:31-39 RA - grifos do aluno).
Dando prosseguimento àquilo que propus acerca do pensamento Paulino, expresso nos versículos 1 a 14 do primeiro capítulo, acredito que este é o objetivo de Paulo, ou seja, demonstrar a grandeza, o poder e a segurança da salvação em Cristo Jesus, e não, construir uma doutrina que advoga uma predestinação fatalista, revelando um Deus parcial, que escolhe um grupo e exclue outro. Muito pelo contrário, a escolha, justificação, e santificação do Cristão são possíveis somente em Cristo, havendo apenas da parte de Deus, prévio conhecimento daqueles que creriam e, por consequência, desfrutariam desta bênção (veja I Co. 1. 30 e I Pd. 1. 2).
15 ¶ Por isso, também eu, tendo ouvido da fé que há entre vós no Senhor Jesus e o amor para com todos os santos,
16 não cesso de dar graças por vós, fazendo menção de vós nas minhas orações,
17 para que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória, vos conceda espírito de sabedoria e de revelação no pleno conhecimento dele,
18 iluminados os olhos do vosso coração, para saberdes qual é a esperança do seu chamamento, qual a riqueza da glória da sua herança nos santos
19 e qual a suprema grandeza do seu poder para com os que cremos, segundo a eficácia da força do seu poder;
20 o qual exerceu ele em Cristo, ressuscitando-o dentre os mortos e fazendo-o sentar à sua direita nos lugares celestiais,
21 acima de todo principado, e potestade, e poder, e domínio, e de todo nome que se possa referir, não só no presente século, mas também no vindouro.
22 E pôs todas as coisas debaixo dos pés, e para ser o cabeça sobre todas as coisas, o deu à igreja,
23 a qual é o seu corpo, a plenitude daquele que a tudo enche em todas as coisas.
Após considerar estes pressupostos fundamentais para a fé bíblica do cristão, Paulo intercede pelos cristãos daquela região, expondo o seu ardente desejo de ver desenvolvido na vida deles, uma compreensão profunda acerca da posição privilegiada de santos, chamados e separados para Deus. Para isto, necessário era receber de Deus, sabedoria e revelação (verso 17) para compreenderem perfeitamente a vocação divina que desfrutavam, possibilitada pelo mesmo Deus que exercera seu poder na ressurreição de Cristo, fazendo o assentar a sua direita, acima de todo poder e nome, e ainda dando a Cristo autoridade soberana, inquestionável, eterna e plena sobre todas as cousas (v. 20 - 23). Glória a Deus!

Portanto, a posição, vocação e privilégio da igreja é imensurável e indescritível, humanamente falando, pois ela é o corpo Daquele a quem foi conferida toda esta autoridade. Além disto a igreja desfruta da plenitude de Cristo, e por isto está investida de autoridade para agir em nome de Cristo nesta terra. Compreender este privilégio é por demais difícil, entretanto, Deus quer dar aos seus servos espírito de sabedoria e revelação, exatamente para compreender e desfrutar de bênçãos desta proporção.
Digo mais: somente, quem experimentou e compreendeu a grandeza da graça, a segurança da salvação, o poder do Espírito Santo e a certeza de sua vocação celestial, poderá vislumbrar o alcance destas palavras que encerram este capítulo: “ a qual é o seu corpo, a plenitude daquele que a tudo enche em todas as coisas.” (Efésios 1:23 RA).
Pr. José Roberto – 12 de agosto de 2010.

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terça-feira, 10 de agosto de 2010

DIA DOS PAIS

UMA PARÁBOLA PARA A ÉPOCA PRESENTE – LUCAS 15. 11 E SS
11 ¶ Continuou: Certo homem tinha dois filhos;
12 o mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte dos bens que me cabe. E ele lhes repartiu os haveres.
13 Passados não muitos dias, o filho mais moço, ajuntando tudo o que era seu, partiu para uma terra distante e lá dissipou todos os seus bens, vivendo dissolutamente.
14 Depois de ter consumido tudo, sobreveio àquele país uma grande fome, e ele começou a passar necessidade.
15 Então, ele foi e se agregou a um dos cidadãos daquela terra, e este o mandou para os seus campos a guardar porcos.
16 Ali, desejava ele fartar-se das alfarrobas que os porcos comiam; mas ninguém lhe dava nada.
17 Então, caindo em si, disse: Quantos trabalhadores de meu pai têm pão com fartura, e eu aqui morro de fome!
18 Levantar-me-ei, e irei ter com o meu pai, e lhe direi: Pai, pequei contra o céu e diante de ti;
19 já não sou digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus trabalhadores.
20 E, levantando-se, foi para seu pai.

A VIDA NA PERSPECTIVA DE UM PAI E DOIS FILHOS.
Queremos pensar a vida neste dia na perspectiva de um Pai e dois filhos. Não somente pensar, mas experimentar a vida na leitura imatura de um jovem leviano, que de certa maneira, parece conosco quando nos deparamos com oportunidades “douradas”.
Penso que valerá a pena imaginar os sentimentos que perpassaram o coração daquele velho pai rejeitado, que na iminência de ter seu filho ausente, ainda teve humildade de abrir mão de bens que seu caçula não ajudou a conquistar.
Acredito que não será perda de tempo, imaginar quantas vezes, pensamos ser dono do “nosso nariz” e magoamos pessoas que investiram alto em nós. Sempre é difícil imaginar que fizemos pessoas sofrer por causa da nossa presunção.
O jovenzinho pensou que o mundo iria recebê-lo de braços abertos e, na sua tola inocência, entregou – se de corpo e alma a aventura de curtir sua recém conquistada liberdade.
E o jovem pródigo, consumiu tudo em “baladas” diárias, angariou amigos sem fim, mulheres sem conta, sexo, prazer, bebidas, tudo que ele imaginou ser a mais plena das liberdades. Sua ansiada liberdade não durou muito, pois estava firmada naquilo que ele podia comprar. Liberdade que se adquire com moeda própria não passa de disfarçada escravidão (pois suas amantes e amigos de “buteco” durarem o mesmo tempo que suas economias suportaram). E assim, o prógido não resistiu a primeira crise, a fome. Ele não sabia conquistar, sabia só consumir.
Tenho certeza que você perceberá alguma semelhança com nossos filhos consumistas e preguiçosos que não gostam de trabalhar, mas só de gastar.
As semelhanças não terminam, aí, uma vez que no auge da crise o pai tem agora dois filhos infelizes. Um saiu de casa e “torrou” tudo, o outro, o mais velho, encontra-se enfastiado na seara do pai.
Não é difícil, também, perceber no comportamento destes dois rapazes, reações do nosso arredio coração. Ora estamos tristes porque a vida nos priva de coisas que julgamos precisar, em outros estamos chateados pelo excesso de atividades para realizar.
Somos uma geração de permanentes descontentes.
Penso que nenhum pai humano se animaria a adotar gente como nós. Entretanto, temos um Pai Eterno que se compadece de nossa reiterada leviandade, e assume o risco de nos amar e tolerar nossas crises (Rm. 5. 8).
Levantemo-nos, pois, e voltemos a Ele, ele sabe que nossa lida, longe dele, é tola e infrutífera.
Tudo bem, eu começo: ....Pai pequei contra o céu e contra ti e... (Lucas 15. 18).
Um abraço e Feliz dia dos Pais. E parabéns pelo seu heroísmo.

Pr. José Roberto – 08/08/2010

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

REFLEXÕES DIÁRIAS

QUANDO O ILÍCITO SE TORNA O IDEAL?

Introdução:
Nem sempre a licitude representa a justiça e a misericórdia de Deus. Precisamos pensar além do lícito. Jesus enxergava a vida assim, não somente enxergava mas agia além da licitude. Eventualmente, o ilícito pode se tornar o comportamento ideal. Evidentemente, precisamos ser sábios o suficiente para saber que o ilícito neste caso é somente um contraponto ao que é tido por “lícito”.
Uma licitude que não considera a necessidade da graça e do amor de Deus deve ser quebrada. Nesta reflexão proponho não o ilícito, o imoral, o ilegal, mas a coragem para contrapor ao lícito legalista e impessoalista, que não considera a complexidade da vida. E pode ser que neste contraponto o ilícito se torne, circunstancialmente, o ideal. Vamos a reflexão!

Texto temático:

“ Por aquele tempo, em dia de sábado, passou Jesus pelas searas. Ora, estando os seus discípulos com fome, entraram a colher espigas e a comer. Os fariseus, porém, vendo isso, disseram-lhe: Eis que os teus discípulos fazem o que não é lícito fazer em dia de sábado.” (Mateus 12:1-2 RA)
“ Mas Jesus lhes disse: Não lestes o que fez Davi quando ele e seus companheiros tiveram fome?” (Mateus 12:3 RA)

Proponho, então, as seguintes considerações para responder a questão: Quando o ílicito se torna o ideal?

I- Quando a licitude não for inteligente:
Guardar o sábado e matar o homem não é sábio – Mt. 12. 3
A Lei de guardar o sábado visava promover o bem estar físico e espiritual do Judeu. A finalidade do sábado era promover a vida, não tirar a vida. Observe que era lícito guardar o sábado, mesmo se o fiel estivesse faminto, mas não era inteligente;
Obedecer ao lícito nesta circunstância (fome) não somente era um sinal de ignorância, mas de desconhecimento da razão primeira do mandamento;
É preciso deixar claro que a religião é consequência e não causa do homem. O sábado foi criado para o homem e não o contrário – Mc. 2. 27;
Sendo assim, podemos afirmar que a boa licitude é aquela que é sábia. Deus é sábio e não deseja para o cristão uma licitude ignorante.


2- Quando a licitude não for aplicável – Mt. 12. 1, 2 (leia o texto de novo)
A lei que ignora a complexidade da vida se torna inviável – a lei mais urgente para o faminto é comer e não pregar o evangelho, visitar enfermos, dar o dízimo etc;
Não é aplicável a lei que obriga o faminto permanecer com fome diante de uma mesa farta ( a seara estava espigada) – Mt. 12. 1;
A lei que não leva em conta as necessidades básicas do ser humano torna – se obsoleta. Oportuno é esclarecer que o mandamento da lei da guarda do sábado (exclusivo para o judeu no V. T) não era inaplicável naquele momento, mas a interpretação ultra legalista da mesma é que a tornou descontextualizada – veja Mt. 12. 9 – 12;
Toda lei que não promove o “bem” torna – se inaplicável, porque a lei não é uma finalidade em si mesma, mas apenas um meio para promover a justiça e a paz – leia novamente Mt. 12. 9 – 12.




3- Quando a licitude não é conveniente (eticamente, falando) – I Co. 10. 23
Nem sempre o legal é moral. Não basta ser legal (no sentido jurídico) mas é preciso ser, humanamente, conveniente;
A licitude dos Fariseus na guarda do sábado, foi considerada inconveniente quando colocou a vida na rota da morte (a fome mata) – Mt. 12. 3;
O lícito precisa ser conveniente para, assim, promover o bem estar real do ser humano – I Co. 10. 24
Portanto, nem tudo que é lícito ou permitido é conveniente, e neste sentido o quebrar a guarda do sábado (ato ílicito na lei mosaica) para matar a fome foi a atitude ideal.



Conclusão:
Fica evidente não a defesa do ílicito para promover o bem estar do ser humano, mas a busca do lícito que seja inteligente, aplicável e conveniente. Por isto a bíblia ensina: “Pois toda a Escritura Sagrada é inspirada por Deus e é útil (aplicável) para ensinar a verdade (conveniente), condenar o erro, corrigir as faltas e ensinar a maneira certa de viver (inteligente) “ - 2 tm. 3. 16 NTLH– parênteses e acréscimos nossos).

05 de agosto de 2010 – Pr. José Roberto Limas da Silva -

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domingo, 1 de agosto de 2010

AS TRÊS BÊNÇÃOS DA COMUNHÃO

MENSAGEM DE DOMINGO À NOITE – 01 DE AGOSTO DE 2010.
TEXTO: LUCAS 24. 30, 31
30 E aconteceu que, quando estavam à mesa, tomando ele o pão, abençoou-o e, tendo-o partido, lhes deu;
31 então, se lhes abriram os olhos, e o reconheceram; mas ele desapareceu da presença deles.

As três bênçãos da comunhão.

Introdução: A comunhão é uma das experiências mais fortes da vida cristã, entretanto, ela anda empobrecida e esquecida. Não buscamos comunhão, mas diversão. Vamos a muitos lugares para divertir, mas não nos envolvemos com as pessoas. Pagamos o ingresso e nos divertimos. A comunhão tem muito a nos oferecer ela poderá redefinir a nossa vida. Descubramos três bênçãos da comunhão:

1- Assentar – se a mesma mesa
A verdadeira comunhão só acontece quando há intimidade – Ap. 3. 20;
Não assentamos na mesma mesa com quem não queremos conversa;
A mesa é o ponto de encontro entre aqueles que se amam;
Quando assentamos na mesma mesa, aceitamos a revelação de Jesus através da vida do irmão – Jesus somente se ausentou quando eles foram capazes de perceber que ele estava presente na comunhão – onde houver dois ou mais reunidos em meu nome...;


2- Compartilhar do mesmo pão
O pão que está sobre a mesa é de todos. Ele é o pão da vida – isto é o meu corpo...
Quando partilho do mesmo pão assumo o fato que somos herdeiros da mesma vida;
Comer do mesmo pão visibiliza a nossa comunhão – I Co. 11. 26 – não há vida sem pão.
O pão que está sobre a mesa é o símbolo da nossa unidade e da nossa dependência de Deus – é o pão que nos dá vida...


3- Abrir os olhos espirituais -
Não podemos entender algumas realidades espirituais enquanto não aceitamos a idéia da comunhão – os olhos só foram abertos quando partiram o pão juntos...;
Antes da comunhão eram apenas companheiros estranhos de viagem. Quando se assentaram a mesma mesa já havia confiança, respeito e amizade – Lc. 24. 29;
A igreja é uma grande mesa onde só podemos aprender sobre Deus se priorizarmos a comunhão. A revelação acontece na comunhão. v. 31;
A nossa fé só será madura quando admitirmos que somos carentes da comunhão. Caminhar sozinho é sempre um risco alto – Hb. 10. 24, 25


Conclusão: Vamos treinar a comunhão? Aceite o fato de que você precisa de amigos da igreja. Desenvolva relacionamentos. Converse com pessoas, troque idéias. Partice dos momentos de recreação. Ofereça seu lar para receber uma visita, visite alguém.