quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Dia Dos Pais, Juntos, Silhuetas


Pai, uma questão de opção
Texto: Efésios 1. 4, 5.
assim como nos escolheu nele antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele; e em amor

5  nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade,

Introdução: A paternidade é a experiência social mais marcante na vida de um ser humano. Tanto para quem exerce, quanto para quem recebe (sofre) a paternidade. Todos nós carregamos marcas de um pai, seja pela presença, seja pela ausência. Percebemos na história e na forma como as famílias se organizam que ser pai não é uma imposição, mas uma opção. E hoje vamos demonstrar que para ser pai é preciso escolher ser um pai. Pai, uma questão de opção.

1-    Eu escolho ser pai porque minha presença não é obrigatória
·         Uma mãe não pode se ausentar do filho, uma vez que o filho está dentro dela, no começo da família. O pai pode se ausentar ou fugir da presença do filho – Mt. 1. 18 – 24;
·         Ser mãe uma condição, ser pai é uma opção, pois o pai escolhe o filho à medida que se propõe ficar ao lado dele, assumindo a função de provedor, protetor e educador/influenciador –
·         O pai não gesta o filho, nem pari o filho, nem amamenta o filho, nem tem a companhia constante do filho, mas deve escolher o filho por amor – em amor somos escolhidos pelos nossos pais – nós predestinamos nossos filhos para serem nossos filhos – Efésios 1. 5.
·         A paternidade não se consuma com a geração de um filho, mas com a eleição daquela pessoa como nosso filho; o homem que não assume o filho não é um pai, mas apenas um reprodutor, um gerador –
·         Para ser pai é preciso gerar e adotar o filho como tal. Senão seremos apenas geradores de uma criatura – Jo. 1. 12 - No novo testamento há duas palavras para filho: teknon – posição social ou legal do filho, huios é aquele que foi gerado, ocupa uma posição social e está num relacionamento com o pai. Jesus é o huios de Deus.
·         Deus é pai no sentido de ter gerado ou criado o ser humano, mas para ele ser pai no sentido pleno é preciso que queiramos a sua presença como pai, como provedor, protetor e educador.


2-    Eu escolho ser pai movido por um amor sacrificial – v. 5;
·         O amor do pai é um amor gratuito e sem contrapartida. Ele não sente o movimento do filho no seu ventre. Seu sangue não circula nas veias do filho, não recebe o beijo do filho nos seus seios. Não dorme ao lado do filho nos primeiros dias e nos três primeiros anos é uma figura secundária na vida do filho;
·         Adotar alguém como filho é uma escolha que envolve sacrifícios e renúncias – Jo. 3. 16;
·         Ser pai não é um acidente biológico ou o encontro de um espermatozóide com um óvulo, é uma escolha que envolve perdas e danos. Você vai trabalhar de graça para alguém, vai sustentá-lo, vai gastar seu tempo com ele, vai treiná-lo para a vida. E depois ele te deixará sem indenização, sem justificativa, sem compensação material alguma. Só é possível ser pai se houver um verdadeiro amor por aquela pessoa;
·         Ser pai é reproduzir um comportamento divino, amando mesmo quando não é compreendido, nem aceito – Rm. 5. 8 – o pai não deve esperar retribuição do seu amor e de sua atenção, deve simplesmente continuar escolhendo ser pai.


Conclusão: Ser pai para alguns é um grande fardo e uma grande limitação, para outros é uma coisa acidental e que não gera nenhum tipo de mudança de comportamento. Entretanto, ser pai é uma representação bíblica da maior importância e que resume muito da forma de Deus se relacionar com seu povo. A figura de um pai é o modelo do amor de Deus para com o homem. Descobrimos que a paternidade é uma escolha e não uma imposição.