quinta-feira, 11 de junho de 2015

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fonte: google imagens
QUANDO AS LEMBRANÇAS AMARGAS DO PASSADO INVADEM NOSSO PRESENTE.
Texto Básico: Gn. 42. 21, 22

Então disseram uns aos outros: Na verdade, somos culpados acerca de nosso irmão, pois vimos a angústia da sua alma, quando nos rogava; nós porém não ouvimos, por isso vem sobre nós esta angústia. E Rúben respondeu-lhes, dizendo: Não vo-lo dizia eu: Não pequeis contra o menino; mas não ouvistes; e vedes aqui, o seu sangue também é requerido.

Introdução: Vez por outra percebemos em nossa vida comportamentos infantis e inadequados. Diante disto ficamos envergonhados e sem entender o motivo de tais. Muitos de nós permanecem condicionados por lembranças amargas do passado, e estas memórias acabam determinando atitudes hostis, vingativas e até perversas. A pergunta que deve ser feita é: O que acontece quando as lembranças amargas do passado invadem nosso presente?

I- A culpa se torna um sentimento real, diário e inseparável – "...somos culpados... - v. 21
·         Todas as ações e reações estavam ligadas à culpa – os irmãos de José possuíam um universo emocional desajustado e instável - v. 21
·         Não havia descanso, nem paz permanente – os conflitos sempre brotavam como resposta a insegurança interior;
·         O coração passa a alimentar-se somente de lembranças tristes (... vimos a sua angústia...) – as lembranças, apesar do tempo, eram vívidas – Pv. 15. 13 – 20 anos se haviam passado;
·         As imagens negativas que geraram culpa invadem o presente, que perde a razão de ser. O passado se reproduz no presente. –“O que somos hoje é um produto de como nos lembramos de acontecimentos passados(...). Frequentemente nos tornamos a imagem daquilo que lembramos - citação do livro “O passado a seu favor, p. 37).


II- Entramos num processo de auto-condenação - “por isto é vinda está angústia sobre nós..."
·         Passamos a sentirmo-nos irritados conosco mesmo – Reprovamos as atitudes que nos levaram àquela situação – “...não lhe acudimos..." (nós não prestamos, pois falhamos com nosso irmão);
·         Começamos a alimentar uma auto-rejeição – este sentimento invadindo nosso coração se torna altamente destrutivo e pode nos levar a morte emocional e/ou física – Judas (Mt.27. 3- 5);
·         Buscamos meios de compensar os nossos erros, nos expondo a situações aviltantes e humilhantes, entretanto isto não produz alívio de nossa culpa – 2 Sm. 9. 8;
·         Tornamo-nos prisioneiro do julgamento e condenação de nossa consciência. Não acreditamos que haja conserto para o mal que fizemos ou que sofremos – Gn. 42. 22 - “eis que se requer de nós o seu sangue”.

III- Somos desafiados a enfrentar estas lembranças amargas e buscar a cura – Lm. 3. 19, 20;
·         Não há tratamento sem diagnóstico – não há diagnóstico sem levantamento de dados – as lembranças do passado de sofrimento de Jeremias precisavam ser tratadas e esquecidas;
·         Enfrentar as lembranças do passado pode ser doloroso, mas se faz necessário, para que elas não se transformem em fantasmas que aterrorizem nosso presente – fantasmas não tem existência própria, mas causam medo e tormento real – Mc. 9. 21, 22;
·         O passado de sofrimento revelado é um mecanismo de cura no presente – Lc. 8. 46, 47;
·         O processo de cura das lembranças amargas desta mulher (Lucas 8. 46) precisava passar pela confissão, perdão, exposição e restauração – a confissão dos seus pecados, o perdão para aqueles que o feriram, a exposição de sua doença se fez necessária porque sua doença era pública e notória – ela precisava ver face a face os seus concidadãos sem nenhum ressentimento ou constrangimento. Ela foi doente, hoje está curada. Glória a Deus – Mc. 5. 33, 34 – a cura era pública também;
·         A cura precisa ser completa, esta mulher recebeu uma cura tríplice – cura física pelo toque, cura emocional pela confissão, cura espiritual pela palavra de salvação que recebeu – esta é a cura completa que Jesus tem para nossa vida – Mc. 5. 34


Conclusão: Diante disto para que haja libertação das lembranças amargas do passado faz – se necessário, algumas atitudes:
·         Se você é a parte ofendida, perdoe francamente (não minore o mal que te fizeram, perdoe-o na proporção da ofensa) – Gn. 50. 18 – 20;
·         Se você é a parte culpada, não diminua a gravidade do seu pecado. Assuma o que você fez por completo e receba o perdão suficiente para este pecado e abandone toda culpa. Pecado confessado é pecado perdoado – Sl. 51. 4.


Pastor José Roberto Limas da Silva