quinta-feira, 1 de maio de 2014

QUANDO O CULTO PERDE A SANTIDADE - parte 1

“Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional (1)(Rm. 12. 1)

O cristão pode não ser um brilhante pregador ou um exímio professor de educação religiosa, mas precisa ser um especialista na arte da adoração. Sua missão e ação principal no mundo é ser um adorador. Diante disto, o culto ganha uma dimensão privilegiada na vida cristã, e por isto acreditamos que seja necessário rever o conteúdo, a forma e o objeto de nosso culto.
A igreja cristã não pode prescindir de uma boa liturgia, pois a liturgia (leitorgeo) diz respeito ao serviço cultual. E o culto racional e inteligente (logikus) que a Bíblia recomenda é um serviço/sacrifício vivo, santo e agradável (Rm. 12. 1). A maneira como nosso culto acontece explica muita coisa a respeito de nosso compromisso com Cristo.
A história de Israel deixa evidente a relação entre culto e relacionamento. O culto sempre é a exteriorização desta relação. Em tempos de crise espiritual o primeiro elemento que visibiliza esta situação é o tipo de culto prestado. A crise ganha contornos drásticos a ponto do Espírito Santo clamar: Tomara houvesse entre vós quem feche as portas, para que não acendêsseis, debalde, o fogo do meu altar. Eu não tenho prazer em vós, diz o Senhor dos Exércitos, nem aceitarei da vossa mão a oferta (2)."
Analisando a realidade cultual da igreja cristã moderna, encontramos situações desconfortáveis e inquietantes. Em alguns ambientes religiosos têm acontecido coisas estranhas, para não dizer bizarras e estúpidas. Um fator facilmente verificável é a falta de reverência na condução do culto, transformando – o num local de algazarra, gritaria, histeria e pobreza litúrgica. Músicas e melodias mundanas, cantores profanos, pregadores fanfarrões etc.
Naturalmente que existem exceções a este comportamento. Mas a eclesiologia reinante em grande parte da igreja é desprovida do culto reverente e criterioso recomendado pelas sagradas escrituras, que enfatiza que “aos retos fica bem louvá-lo (3) (Salmo 33. 1b).”





[1]Sociedade Bíblica do Brasil: Almeida Revista E Atualizada, Com Números De Strong. Sociedade Bíblica do Brasil, 2003; 2005, S. Rm 12:2
[2]Sociedade Bíblica do Brasil: Almeida Revista E Atualizada, Com Números De Strong. Sociedade Bíblica do Brasil, 2003; 2005, S. Ml 1:10
3-Sociedade Bíblica do Brasil: Almeida Revista E Atualizada, Com Números De Strong. Sociedade Bíblica do Brasil, 2003; 2005, S. Ml 1:10