CRISTOLOGIA

UMA INTRODUÇÃO A CRISTOLOGIA

O HOMEM-DEUS, CHAMADO JESUS DE NAZARÉ.

Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de Emanuel (que quer dizer: Deus conosco). Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os seus ombros, e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz (Is. 9.6). E crescia Jesus em Sabedoria, estatura, e graça, diante de Deus e dos homens (textos em Mt. 1. 23, Is. 9. 6 e Lc. 2. 52).
Como um menino nascido de mulher pode ser chamado de Deus Forte, Pai da eternidade? Como um menino que é o próprio Deus na forma humana pôde crescer fisicamente e progredir intelectualmente (crescer em sabedoria)? Estes paradoxos enchem o coração dos leitores da Bíblia de graça e estupefação. A encarnação do verbo é o maior mistério das Escrituras: E o verbo se fez carne e habitou entre nós ... (Jo. 1. 14). O Deus todo poderoso se esvazia de sua glória assumindo a natureza humana, todavia, sem assumir a pecabilidade da raça (Fp. 2. 6, 7).
Irá sim, na cruz, assumir o pecado, não a natureza pecaminosa dos homens caídos. Ele que nunca conheceu pecado, se fez pecado por amor de nós (II Co. 5. 21). Maravilhosa graça, inédita manifestação de amor e misericórdia.
Estudar o Cristo, na sua encarnação, ministério, crucificação, morte e ressurreição é o maior empreendimento que um ser humano pode realizar.  Nosso estudo deste módulo irá adentrar os meandros da eternidade revelada na vida, morte e ressurreição do Homem-Deus, chamado Jesus de Nazaré.

Preparem seus corações, maravilhas nos esperam!

                                                                                              Pr. José Roberto Limas da Silva

Assuntos a serem tratados nesta matéria

1- Nascimento e crescimento de Jesus?
      Como podia ele nascer sendo eterno?
      Como podia ele aprender sendo sabedor de todas as coisas
      Como podia ele estar sendo sujeito aos pais, sendo Senhor de todos os homens

1.1 - Foco de estudos: As naturezas de Jesus – Teantropia
      A união hipostática das naturezas humano-divinas;
      As heresias acerca da divindade e da humanidade de Jesus  (Nestorianismo, Eutiquianismo, Arianismo, Docetismo, Ebionismo)

2- Ministério, morte e Ressurreição
      Quem fazia os milagres? O Filho, o Pai ou o Espírito Santo?
      O Filho esvaziou de que? Da divindade? Da glória? De que?
      Jesus tinha a possibilidade de pecar?
      Quais as atividades do Cristo?
      Quem morreu na cruz?
      Quem ressuscitou?
      Quem foi exaltado?

2.1 Foco de estudos:
A natureza teantrópica de Jesus
A teoria da Kenosis
Os ofícios de Cristo
Os estados de Humilhação e exaltação


Bibliografia:
      Teologias sistemáticas de Gruden, Berkhof, Langston, Strong e Hodge
      Novo Testamento Versículo por Versículo de Champlin
      Cristologia de Ezequias soares
      Apostilas

I - UMA REFLEXÃO INTRODUTÓRIA:

Antes de nos determos sobre o estudo e na pesquisa bíblica e teológica do assunto, vamos introduzir o assunto na apresentação de um sermão sobre o assunto. Eis que o mesmo segue abaixo.

QUEM É ESSE FILHO DO HOMEM?
Texto temático: Daniel 7. 13, 14
13 Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha com as nuvens do céu um como o Filho do Homem, e dirigiu-se ao Ancião de Dias, e o fizeram chegar até ele.
14 Foi-lhe dado domínio, e glória, e o reino, para que os povos, nações e homens de todas as línguas o servissem; o seu domínio é domínio eterno, que não passará, e o seu reino jamais será destruído.

João. 12. 34 
34 Replicou-lhe, pois, a multidão: Nós temos ouvido da lei que o Cristo permanece para sempre, e como dizes tu ser necessário que o Filho do Homem seja levantado? Quem é esse Filho do Homem?


Introdução: A expressão Filho do Homem na Bíblia não é facilmente entendida, pois precisa ser compreendida não somente na questão da etimologia da palavra, mas na origem teológica do termo. O que esta expressão quer dizer vai além do que o tradutor pode expressar com palavras. Os judeus falharam em identificá-lo, mas nos não devemos pensar em cometer o mesmo erro. Então quem é esse Filho do Homem?

1- ELE É O FILHO DE DEUS GESTADO NO VENTRE DE UMA MULHER – Gn. 3. 15;
·       Ele foi gerado pelo poder do Espírito Santo – Lc. 1. 35 – Hb. 1. 5; 
·       Ele não podia ser gerado por um ser mortal – Ele foi gestado, mas não gerado – Lc. 1. 34, 35; 
·       O Filho de Deus se manifesta aos homens em pé de igualdade com a raça – Gl.4.4; 
·       Ele é o Filho do homem porque é um representante da raça humana – Hb. 2. 17. 


2- ELE É O CRISTO ETERNO NO CORPO DE UM HOMEM – JO. 1. 14
·       O Espiritual e o eterno assume a forma física, corpórea. Este é o maior mistério de todas as eras – Jo. 1. 14; 
·       O Cristo pré-existente aceita as limitações de um corpo humano – fome, sede, dor – Fp. 2. 5 – 8 – a condição de escravo – doulos; 
·       Um corpo físico para assumir nossas carências, dores e aflições – Is. 53. 4; 
·       Um corpo humano para nos tocar e nos abraçar – Jo. 1. 1, 2.
·       Ele é o Filho do homem, Por que Deus é encontrado no corpo de um homem – Cl. 2. 9.


3- ELE É O DEUS ETERNO, MANIFESTANDO – SE ENTRE OS HUMANOS – Lc. 5. 20 – 24 – Hb. 1. 3
·       Conhecemos o Pai na face do Filho – Hb. 1. 3; 
·       Conhecemos a graça e a verdade de Deus, materializada na nossa frente – Jo. 1. 17 – O logos de Deus, a palavra de Deus, a revelação de Deus; 
·       O caráter misericordioso e perdoador de Deus, revelado no Velho Testamento é revelado pelo Filho – Lc. 5. 20 – 24; 
·       Ele é o Filho do Homem porque o DEUS ETERNO é manifesto entre os homens - Lc. 5. 24. 

CONCLUSÃO: O nome Filho do Homem de acordo com a Bíblia é o título com que Jesus se referia a si mesmo e revela exatamente o mistério de sua pessoa. O Deus que assumiu nossa humanidade e a levou para sua presença( At. 7. 56). Deus é tão apaixonado pelo ser humano, que assumiu nossa natureza (original) em si mesmo.


II - AS NATUREZAS DE CRISTO

1- POR QUE PODEMOS DIZER QUE JESUS É HUMANO?

Cristo era perfeitamente humano, porque tinha um corpo físico e uma natureza humana, bastando para isso averiguar as escrituras, vejamos:

A- Um corpo Físico:
Ele se movia num corpo físico, Ele tocava e era tocado (Mt. 8. 3, Mt. 9. 20, 21). Seu corpo estava preso à limitações fisiológicas, sentindo fome, cansaço, sede, etc (João 4. 6, Mt. 4. 2). Ele era visto e percebido pela sua estrutura corporal ( Lucas 24. 39).


B- Sentimentos, Inteligência E Vontades Próprias Da Natureza Humana.
Manifestou sentimentos humanos, se compadecendo, sentindo tristeza, se alegrando, chorando, etc (João 11. 35). Demonstrou crescimento intelectual quando a Bíblia diz que Ele crescia em graça e sabedoria (Lc. 2. 52). Sua vontade humana foi evidenciada em muitas situações, quando diz: fiquem comigo e vigiem, no Jardim Getsêmani (Mt. 26. 38).


C- Experimentou sofrimento e Morte - Hebreus 2. 18, 5. 8

Esta experiência de sofrimento físico e morte, só é possível para os humanos. Jesus experimentou o sofrimento na sua paixão e crucificação, sendo agredido, açoitado e ferido. Passando pela morte, que só seria possível a um ser humano, assumindo assim, a consequência do pecado sobre a nossa raça, muito embora Ele nunca tivesse pecado, Ele se fez pecado em nosso lugar (2 Co. 5. 21).


2- POR QUE PODEMOS DIZER QUE JESUS É DEUS?

Por que o próprio Jesus tinha conhecimento disto, falava disto e demonstrava isto através de prerrogativas próprias da Divindade.

2.    1 - Ele Se Auto Denominou Como Deus:
A-   Afirmando que era Deus diante dos Judeus: Antes que Abraão existisse EU SOU - João 8.58
B-    Afirmando sua soberania - João 5.20, 26, 27
C-    Assumindo sua posição de Juiz Universal - João 5. 22, 27
D-    Dando novos mandamentos - Mt. 5. 21, 28, 34, 39, 44)
E-    Colocando - se em igualdade com o Pai - Jo. 8. 19

2.    2 - Exerceu Prerrogativas Próprias Da Divindade:
A-   Multiplicando os Pães: João 6. 5 – 12
B-    Acalmando a tempestade: Mc. 4. 39 – 41
C-   Andando sobre as águas do mar: João 6. 19-21
D-   Perdoando Pecados: Lc. 5. 20 – 26
E-   Revelando os segredos do coração: Mt. 9.4
F-   Revelando o futuro: Destruição do Templo de Jerusalém 70 D.C.: Mt. 24.1, 2.
G-   Revelando a Glória do Céu: Ninguém subiu ao céu...(João 3. 13)
H-   Manifestando sua Onisciência: João 2. 24, 25



a)    – NATUREZA E PERSONALIDADE DE CRISTO
Jesus Cristo possui, conforme já estudado, duas naturezas e uma personalidade. Ele é Deus-homem, não havendo, portanto, uma dupla personalidade. Cada natureza é essencial e inconfundível, não podendo portando, se fundirem numa só natureza. Jesus é o Teantropos, o Deus-homem, sendo portanto uma só pessoa.

3. 1 – Provas desta união
A- Jesus era percebido como uma só pessoa: No comentário de seus conterrâneos, percebemos que eles viam Jesus como um homem social e relacional quanto a sua personalidade (Mc. 6. 2, 3). Seus discípulos lhe tratavam como uma pessoa una e não uma pessoa que ora era Deus e ora homem.

B- As manifestações do seu poder eram atribuídos à uma pessoa:
Quando ele realizava milagres, os seus apóstolos não atribuim àquele milagre à obra de anjos, do Espírito Santo, ou ao Deus Criador, mas à pessoa de Jesus - “E eles,possuídos de grande temor, diziam uns aos outros: Quem é este que até o vento e o mar lhe obedecem Mc. 4. 41).

C- A sua condição Divina e humana é explicitada nas escrituras sem dissociação na manifestação da sua personalidade:

- O mesmo Jesus que suportou as dores no seu corpo humano e o que é autor da vida -
- Ele aparece como sacrifício pelos nossos pecados e ao mesmo tempo é sacerdote eterno - Hb.9. 28, ...assim também Cristo, tendo se oferecido uma vez para sempre para tirar os pecados de muitos... Hb. 10. 21 ...e tendo grande sacerdote sobre a casa de Deus.
- Ele é o servo sofredor (Isaías 53) e é o Rei dos Reis e Senhor dos Senhores (Ap. 19. 16).


III - DOUTRINA DA KENOSIS

O Surgimento das principais teorias kenóticas: século XIX entre teólogos luteranos e reformados, sendo que a finalidade desta doutrina foi enfatizar o aspecto da humanidade de Cristo. O que ensina objetivamente esta teoria? Que Cristo no seu auto esvaziamento (Kenosis) abriu mão de todos ou parte de seus atributos divinos. Para alguns teóricos este esvaziamento foi total, o logos se auto-limitou em todos os atributos divinos, para outros teóricos este esvaziamento foi de alguns atributos, chamados transitivos (onisciência, onipotência, onipresença) conservando outros como soberania, santidade etc.

1- Algumas considerações devem ser tecidas, diante desta teoria:
a) Este esvaziamento não pode ser considerado quando se trata da natureza essencial de Cristo (theou morfe), uma vez que ele sendo Deus não podia renunciar a sua própria natureza;

b) o texto usado, frequentemente pelos kenoticistas de Fp. 2. 6 – 8 não pressupõe esvaziamento da divindade, uma vez que a frase “existindo na forma de Deus” deixa claro sua natureza, logo a seguinte “não julgou como usurpação o ser igual a Deus” aponta para a opção que Cristo fez de não se valer do que possuia. Resumindo, o fato dele não usar regularmente seus atributos divinos não anula o fato de que os tinha. O texto de 2 Co. 8. 9 também corrobora este pensamento quando afirma: “que sendo rico, se fez pobre por amor de vós”; aqui também fica evidente a idéia de alguém que abre mão do uso da sua glória (sendo rico) em favor de uma identificação com os pobres (pecadores), proporcionando – lhes empatia.

c) a teoria kenótica arranha doutrinas essenciais para a fé bíblica: o Pai e o Filho são um em essência (Jo. 14. 9); a imutabilidade de Deus (Tg. 1. 17); a comunhão plena da trindade (Jol 17. 5); a obra redentora feita pelo próprio Deus (1 Tm. 1. 1; 2. 3; Tt. 1. 3; Tt. 2. 10; Tt. 3. 4; Jd. 25).





2- Teoria da Kenoses dentro da doutrina da humilhação de Cristo

Tende em vós o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus, o qual subsistindo na forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus, mas a si mesmo se esvaziou assumindo a forma de servo – Fp. 2. 5, 6.”

A primeira observação a ser feita é que Jesus Cristo se esvaziou do exercício dos atributos, não da posse. Sendo Deus, ela não poderia perdê-los essencialmente. A humilhação de Cristo foi exatamente a sua encarnação e submissão à mediação do Espírito Santo no exercício destes atributos. Usando somente quando fosse para a lgória do Pai (Jo. 5. 19 a). Outrossim, a exaltação conferida por Deus, foi dada ao homem Jesus, não ao Cristo eterno que já era exaltado (Fp. 2. 9 – 11).
O esvaziamento não foi um mecanismo externo e imposto, mas uma renúncia voluntária. Não se pode renunciar ao que é essencial (intrínseco). A água não  pode renunciar a sua composição de H2o, só é água se for H2o. Renunciar a sua estrutura molecular é renunciar a sua constituição.
Logo, Jesus, não se esvaziou da sua essência. Não esvaziando de sua essência, não esvaziou da posse de seus atributos, sendo assim, renunciou apenas ao eventual uso destes atributos. Da mesma maneira que para ser água ela precisa conservar características próprias  (atributos) como inodora, insípida e insossa, etc, assim também com relação a Cristo.
O fato de alguém não usar seus atributos, não é indicação de que ele não os têm. O proprietário de uma grande riqueza pode resolver viver de maneira simples e modesta, mas isso não faz dele um pobre.
Porque Jesus sendo rico, se fez pobre por amor de vós. Jesus não deixou de ser rico, mas viveu como pobre. Essencialmente ele era rico, cheio de glória, mas renunciou a esta situação, momentaneamente, para se identificar com os homens. Ele não perdeu a condição, mas abriu mão do usufruto desta situação.




2. 1 Analisando a teoria de KEnoses e os atributos de Deus
Jesus deixou claro que tudo que o Pai faz o filho de igual modo o faz (Jo. 5. 19b). Sendo assim, ele se colocou em pé de igualdade com o pai, entretanto por causa do seu ministério expiatório, ele voluntária e amorosamente se sujeitou ao Pai – Jo. 5. 19a

ONISCIÊNCIA: Deus tem conhecimento a respeito de tudo e de todos. Jesus em dados momentos demonstrou que este atributo estava presente em sua vida (porque conhecia a todos - Jo. 2. 24), sabia de antemão os sofrimentos que o aguardavam na cruz – Mc. 8. 31). Em outros momentos fez questão de não se valer deste atributo (nem o filho sabe (Mt. 24. Mc. 13). Isto fazia parte do seu processo de humilhação – Jo. 5. 19.
ONIPOTÊNCIA: Deus tem todo o poder, e entende se por isso, que ele pode, como não pode fazer o que lhe convier. Sendo assim, Ele não é regido por nenhuma força externa. Ele tem livre agência para agir a seu tempo e a seu modo. Nada lhe é demasiadamente maravilhoso ou difícil, como ensina o profeta Jeremias (Jr. 32. 27). Quando Jesus afirma que todo o poder lhe é dado no céu e na terra (em Mt. 28. 18), não está dizendo que o Cristo pré-encarnado e o Cristo encarnado não tivesse este poder, mas que agora com a obra da salvação concluída, Cristo Jesus não estava mais sujeitando-se  a este auto esvaziamento, conforme se depreende do texto de Jo. 18. 36, 19. 11. Na humilhação (na obra de expiação), Jesus se sujeitou à instituições governamentais, aceitando pagar impostos, se adequando às leis do estado (Mt. 22. 21 – Mt. 17. 24 – 27). Neste sentido ele não exerceu todo o poder, pois se assim o fizesse não poderia pagar imposto de alguma coisa que é sua, mas por causa do seu esvaziamento (Kenoses) ele pagou.
ONIPRESENÇA – A onipresença diz respeito à capacidade de Deus se fazer presente em qualquer parte do Kosmos, Deus não está limitado à questão espacial. A onipresença não afirma que Deus está presente pessoalmente em todos os lugares, mas que Ele tem a capacidade de se fazer presente em qualquer parte que lhe aprouver. Jesus tendo o atributo da Onipresença, como Deus que era e é, se impôs pela sua constituição física a estar em um lugar de cada vez. A sua onipresença só não foi exercida tendo em vista os objetivos do seu ministério. Como Ele poderia ser crucificado, se ele não limitasse sua presença a um corpo físico. É evidente que com a consumação do seu sacrifício, ele voltou a exercer este atributo.                                            

IV - OS ESTADOS DE CRISTO

Quando falamos de Estados de Cristo estamos falando de posição, não de estado no sentido de algo imposto de fora para dentro. Os estados de Cristo são parte do projeto eterno de Deus, não se tratando portando de fruto de circunstâncias.
Teologicamente entendemos que são dois os estados. Um transitório e outro definitivo, ou seja, o estado de humilhação atendeu ao período de ministério terreno de Jesus, já o estado de exaltação é permanente.


1- Estado de Humilhação: Podemos resumidamente afirmar que a sua humilhação consistiu na na sua encarnação, nascimento, ministério e morte – Gl. 4. 4; Jo. 1. 14. Este período é caracterizado pelo sofrimento em várias circunstâncias, como fora predito por Isaías (Is. 53). A sua humilhação tem repercussão à medida que o sofrimento atinge seu corpo e sua alma (Mt. 27. 26/Mc. 14. 34/Lc. 23. 46/Lc. 23. 50 – 53), expondo o á dor decorrente das agressões ao seu corpo físico (espancamento, crucificaçao e morte), bem como da sua alma (angústia, aflição etc). Segundo Strong neste estado Cristo renunciou ao exercício independente dos atributos divinos (Fp. 2. 6, 7) e sujeitou se a uma auto-limitação que lhe possibilitasse o sofrimento na sua carne. 



2- Estado de Glorificação: A humilhação de Cristo foi seguida de sua exaltação (Fp. 2. 9 – 11). A exaltação pode ser entendida como resultado judicial do estado de humilhação (Berkhof 2001). Podemos resumir a exaltação de Cristo em quatro estágios:
a) Ressurreição: At. 2. 23, 24; Mt. 28. 5, 6
b)Ascensão: At. 1. 9
c) Posição no céu – Hb. 4. 14 – 16;
d) Volta física – I Tm. 4. 1; Tg. 5. 9 e Rm. 2. 16.


V – OS OFÍCIOS DE CRISTO

Os três cargos mais importantes que poderiam existir para o povo de Israel no Antigo testamento eram: o profeta, o sacerdote e o rei. Estes três ofícios eram distintos, e não necessariamente, cumulativos. O profeta falava as palavras de Deus ao povo; o sacerdote oferecia sacrifícios, orações e louvores a Deus e o rei governava o povo como representante de Deus.
Na cristologia, entendemos que Cristo preenche estes três ofícios dos seguintes modos:
a) Cristo como profeta: Revela Deus a nós e transmite – nos a palavra de Deus;
b) Como Sacerdote: Ele oferece sacrifício em nosso favor, sendo ele mesmo o sacrifício;
c) Como Rei: Ele governa a Igreja e o próprio universo.

1- Textos bíblicos que referendam os três ofícios:
a) Cristo como profeta:
 “ O SENHOR, teu Deus, te suscitará um profeta do meio de ti, de teus irmãos, semelhante a mim; a ele ouvirás,  segundo tudo o que pediste ao SENHOR, teu Deus, em Horebe, quando reunido o povo: Não ouvirei mais a voz do SENHOR, meu Deus, nem mais verei este grande fogo, para que não morra.  Então, o SENHOR me disse: Falaram bem aquilo que disseram.  Suscitar-lhes-ei um profeta do meio de seus irmãos, semelhante a ti, em cuja boca porei as minhas palavras, e ele lhes falará tudo o que eu lhe ordenar.” (Deuteronômio 18:15-18 RA)
b) Cristo como sacerdote:
 “ este, no entanto, porque continua para sempre, tem o seu sacerdócio imutável.  Por isso, também pode salvar totalmente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles.  Com efeito, nos convinha um sumo sacerdote como este, santo, inculpável, sem mácula, separado dos pecadores e feito mais alto do que os céus,  que não tem necessidade, como os sumos sacerdotes, de oferecer todos os dias sacrifícios, primeiro, por seus próprios pecados, depois, pelos do povo; porque fez isto uma vez por todas, quando a si mesmo se ofereceu.  Porque a lei constitui sumos sacerdotes a homens sujeitos à fraqueza, mas a palavra do juramento, que foi posterior à lei, constitui o Filho, perfeito para sempre.” (Hebreus 7:24-28 RA);


c) Cristo como Rei:
 “ Tem no seu manto e na sua coxa um nome inscrito: REI DOS REIS E SENHOR DOS SENHORES.” (Apocalipse 19:16 RA)

 “ para que ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na terra e debaixo da terra,” (Filipenses 2:10 RA)



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

·         BERKHOF, Louis. Teologia Sistemática. São Paulo: Cultura Cristã, 2009.
·         CHAFER, Lewis Sperry. Teologia Sistemática. São Paulo: Hagnos, 2003.
·         GRUDEN, Waine. Teologia Sistemática. São Paulo: Vida Nova, 1999.
·         HODGE, Charles. Teologia Sistemática. São Paulo: Hagnos, 2001.
·         STRONG, Augustus Hopkins. Teologia Sistemática. São Paulo: Hagnos, 2007.

ANEXO I
QUESTIONÁRIO PARA PROVA

1-    Por que podemos afirmar que Jesus era plenamente humano?

2-    Cite dois textos bíblicos (não somente a referência) que confirmam a humanidade de Jesus.

3-    Baseado em que argumentos você pode afirmar que Jesus é Deus?

4-    O que é Teantropia? E o que é união hipostática?

5-    Que eventos bíblicos podem referendar a divindade de Jesus?

6-    Declare de forma ortodoxa o entendimento acerca das naturezas de Jesus.

7-    Cite quatro ensinamentos heréticos acerca da natureza de Cristo, citando o nome e o ensinamento da seita.

8-    O que ensina basicamente a teoria da Kenosis?

9-    Como podemos entender o esvaziamento de Cristo no texto de Fp. 2. 6 – 8?

10- Cite uma declaração interessante de um teólogo conhecido acerca do assunto Kenosis.

11- Jesus tinha os atributos Onisciência, Onipresença e Onipotência? Justifique.

12- Quais são os estados de Cristo, e o que significa cada um deles?

13- Cite passagens bíblicas que demonstram cada um destes estados

14- Quais são os ofícios de Cristo?

15- Quais textos da Bíblia apontam cada um destes ofícios.



ECLESIOLOGIA – DOUTRINA DA IGREJA
“Também eu te digo que tu és Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela ( Mt. 16. 18)”
A primeira referência feita à palavra “igreja” acontece na passagem em epígrafe. O referido texto inaugura a dispensação da igreja no Novo Testamento e é o marco inaugural (teórico) da origem da igreja, que se estabelece de maneira prática a partir de Pentecostes.
Nenhuma estrutura social é tão questionada quanto à igreja. Amada por uns, perseguida por outros, desprezada por muitos, a igreja deixou as suas marcas ao longo dos séculos.
A trajetória da igreja fornece muitos elementos históricos e sociológicos para a compreensão do mundo, de tal forma, que sem a sua presença a história não seria completa. É fato de comum acordo que a história da igreja é conhecida de todas as pessoas, pelo menos na sua estrutura institucional.
Entretanto, queremos nos deter nos aspectos teológicos e doutrinários da organização chamada igreja. A Eclesiologia é a disciplina que cuida de estudar a doutrina da igreja e esta será o objeto de nossos estudos no presente módulo.
Percebemos nas teologias sistemáticas um esforço muito grande dos teólogos em caracterizar e tornar apetecível o conhecimento da origem, natureza, formação e governo da igreja, mas no contexto congregacional não se percebe tal interesse por parte de líderes e cristãos em geral.
A responsabilização dos líderes da igreja de Jesus em face da sua posição de autoridade no mundo (poder sobre as portas do inferno) parece não ter sido bem considerada. A igreja é a única estrutura que busca dar visibilidade ao reino de Deus, logo, sua manifestação ao mundo é de grande repercussão.
A liderança e membros da igreja cristã, em todas as épocas, devem estar atentos ao fato dela ser a manifestação visível do corpo de Cristo na terra. O sucesso da obra missionária depende, efetivamente, da forma de que o evangelho é testemunhado pela igreja (I Co. 10. 32).
A doutrina da igreja foi matéria de extensa discussão no ambiente da igreja dos primeiros séculos. A igreja, de então, buscava na experiência apostólica, bem como no ministério dos pais da igreja uma forma de se preservar sua identidade e unidade doutrinária. A idéia de igreja cristã era mais comprometedora e universal. Neste sentido cada crente deveria trabalhar pelo progresso de uma igreja única, a igreja de Cristo no mundo.

DEFINIÇÃO E ORIGEM DA IGREJA
O vocábulo igreja, no novo testamento, tem na palavra grega ekklesia (ekklesia) a sua origem. A palavra ekklesia (pronúncia – se ecléssia) e é composta de dois vocábulos: ek (preposição que significa externar, de dentro para fora) e Kaleo (verbo que significa chamar). O uso da palavra ekklesia no mundo grego está ligado à convocação dos cidadãos gregos a saírem de suas casas para comparecerem a uma assembléia pública na praça ou mercado (ágora). Um importante registro do século IV a. C está na obra de Aristóteles:
Em cada Pritania a Eclésia se reúne para uma sessão plenária, em que deve ser votado qual dos ocupantes de cargos desempenhou melhor o seu dever; há também discussões sober o suprimento de grãos e a segurança da Ática (ARISTÓTELES, OS PENSADORES, 2000, p. 292).
O uso cristão da palavra ekklesia tem como sentido mais usual as seguintes situações: assembléia de cristãos reunidos com o fim de adoração; reunião dos cristãos de todas as épocas; grupo de cristãos de determinada região; pessoas regeneradas pelo Espírito Santo que vivem em comunhão com Deus etc.
Encontramos a palavra Ekklesia na Bíblia, dentro de um contexto secular, significando assembléia com fins comunitários e políticos, como nas passagens seguintes: Atos 19. 32, 39, 41.
(...)Uns, pois, gritavam de uma forma; outros, de outra; porque a assembléia caíra em confusão. E, na sua maior parte, nem sabiam por que motivo estavam reunidos. (...) Mas, se alguma outra coisa pleiteais, será decidida em assembléia regular. (...) E, havendo dito isto, dissolveu a assembléia (Atos 19. 32, 39, 41).
.

Portanto, a palavra ekklesia não é uma palavra criada por Jesus, ou mesmo, uma palavra sagrada ou de origem judaica. Falando em judaísmo, encontramos no velho testamento duas palavras usadas para a igreja vétero-testamentária: kahal e Edhah, sendo a primeira de cunho mais teológico e religioso, significando quase sempre chamar, reunir em certo local. As duas palavras hebraicas são traduzidas na septuaginta (tradução grega do V. T) tanto por Sinagoge como por ekklesia.
É digno de nota que Jesus não tenha adotado o nome de sinagoga para a sua igreja, mas ekklesia. Certamente, que o nome sinagoga, tinha um forte elemento da doutrina judaica e farisaica e, por isto, Jesus não queria associar a sua mensagem ao legalismo judaico.
A palavra eklesia já era conhecida dos judeus, não somente a palavra, mas o significado da mesma, tendo em vista que o termo é usado em Dt. 23.2, I Cr. 29. 20, Ne. 8. 17 na tradução dos setenta (septuaginta). Certamente, que este foi um dos motivos porque Jesus usou Ekklesia em vez de sinagoge.

CARACTERÍSTICAS DA IGREJA
“ para que, se eu tardar, fiques ciente de como se deve proceder na casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, coluna e baluarte da verdade.” (1 Timóteo 3:15 RA)

A caracterização da igreja não é um assunto simples, uma vez que a mesma manifesta características temporais e visíveis, bem como, eternas e invisíveis. A igreja de Jesus Cristo, entretanto, demonstra aspectos que não encontramos em nenhuma outra instituição, tendo em vista que sua estrutura é dinâmica e viva.
A igreja, portanto, apresenta atributos, que lhe são próprios e que nenhuma outra organização arroga para si tais atributos. Analisaremos os mais conhecidos e perceptíveis:
1 A igreja é Una.
A igreja de Jesus, na sua concepção e natureza deve ser una, ou seja, ela existe e trabalha em unidade (Ef. 4. 3 – 6). A unidade não deve ser vista como fruto de esforços organizacionais para mantê-la unida, mas sim, como uma obra do Espírito Santo no seio da igreja. A base desta unidade é o fato dela ser o corpo de Cristo, sendo ainda dirigida pelo cabeça, que é Cristo. Berkhof (2009) afirma esta unidade em termos mais místicos do que visíveis:
(...) A unidade da igreja não é primariamente de caráter externo, mas, sim, de caráter interno e espiritual. É a unidade do corpo místico de Jesus Cristo, que é também o Rei da Igreja, e é vivificado por um só Espírito, o Espírito de Cristo. Esta unidade implica que todos os que pertencem á Igreja participam da mesma fé, são solidamente interligados pelo comum laço do amor, e têm a mesma perspectiva gloriosa do futuro(...).
A igreja cristã não existe á margem da unidade, ela se assenta sobre as bases da unidade e não pode coexistir com divisões e partidarismos, como foi notado na igreja de Corinto: “Acaso, Cristo está dividido” (I Co. 1. 13)?
Embora a ênfase de unidade recaia sobre a igreja invisível, não devemos ignorar que a igreja visível, também, vive e sobrevive na unidade de seus membros. Não havendo justa cooperação de cada membro, todo o corpo perece (I Co. 12. 25, 26).
Por fim, ainda falando da unidade da igreja, é digno de nota que os católicos romanos, entendem a unidade da igreja, como um elemento distintivo das outras igrejas, considerando – a como única igreja. Ser uma neste sentido, representa além de unidade, significa, também, unicidade e, naturalmente, os protestantes discordam frontalmente desta idéia.
2 - A igreja é Santa -
A igreja de Jesus é composta por santos, logo ela é santa (I Co. 1. 2), entretanto, a compreensão desta verdade nem sempre é bem aceita. Ao longo da história cristã, houve sempre tentativas de tornar a igreja mais santa e isto redundou em grandes divisões. A igreja é santa na sua posição de corpo de Cristo, uma vez que ela foi separada do resto do mundo para servir a Deus, sendo que Jesus morreu por ela purificando – a de todo pecado, sendo ainda a igreja santificada pela presença do Espírito Santo.
Nesta questão essencial ou posicional a igreja não pode se tornar mais santa. A santidade que deve ser perseguida e buscada é a santidade pessoal, no sentido moral (I Pd. 1. 16, Rm. 6. 19). A igreja, enquanto corpo de Cristo, não pode ser mais santa, mas cada crente, individualmente, deve buscar a santidade. A idéia de que é preciso purificar a instituição igreja é sempre perigosa e geradora de conflitos. GONZALEZ E PERES (2008) percebem exatamente esta situação em comentário intitulado “criar uma igreja mais santa”:
O modo no qual alguns cristãos têm tentado responder a essa realidade é afastar – se da Igreja que lhes parece demasiadamente pecadora, com o fim de criar outra que se ajuste melhor às imagens bíblicas do que a Igreja deve ser. É assim que cada ano surge dezenas de denominações novas, nascidas do desejo de deixar para trás o que se considera ser a pecaminosidade das que já existem.
Esta solução encontrada para criar uma igreja mais santa parece carregada de “piedade”, mas a realidade tem sido sempre diferente desta. A igreja tende a reproduzir os mesmos pecados dos irmãos do passado, a mesma natureza pecaminosa atinge a todos os seres humanos e, portanto, não é possível fazer uma limpeza definitiva na igreja. Isto gera um ciclo vicioso na igreja que vai sempre se dividindo e fragmentando em busca de tal santidade. Um dos maiores historiadores da igreja comenta o assunto assim:
A primeira delas é o fato empírico do que pronta a nova Igreja, fundada sobre as exigências da santidade, não se tornou suficientemente santa para alguns, que se sentem então chamados à abandoná-la, de modo que o ciclo continua, e as divisões se multiplicam perpetuamente.
Portanto, o chamado à santidade moral parece remontar a experiência individual, bastando para isto vermos a história dos heróis da fé no passado, como Elias no reino perverso e idólatra de Acabe e Jezabel, ou o chamado de Isaías do meio de um povo de impuros lábios ou o achado profético de João Batista no meio de uma religião legalizante e hipócrita.  A Santidade como aperfeiçoamento moral está sempre ligado á relacionamento com Deus, ou seja, “o que faz com que algo seja santo é a presença de Deus – mais especificamente, do Espírito de Deus, que por isso se torna santo” (GONZALEZ, 2009).

3 - A Igreja é Católica
A igreja é católica no sentido de abarcar a totalidade de todos os crentes de todas as épocas. Sua catolicidade está associada ao fato da igreja de Cristo ser universal, tendo cristãos de todas as raças, línguas e nações. A denominação católica romana pretende com este título afirmar a sua condição de igreja universal e única de Deus na terra, sendo assim, quem não é católico romano está fora da igreja de Jesus. Este é um grave erro porque a catolicidade da igreja não está ligado à instituição, mas a igreja invisível de Cristo. BERKHOF salienta este ponto em moldes esclarecedores:
Os protestantes insistem em que a Igreja invisível é primordialmente a real Igreja católica, porque inclui todos os crentes da terra, de toda e qualquer época particular, sem nenhuma exceção; porque, consequentemente, ela também tem os seus membros entre todas as nações evangelizada do mundo.
Podemos afirmar também a catolicidade da igreja visível que se reúne e adora a Cristo em todo o mundo. Não podemos é institucionalizar a catolicidade, que é na verdade, a condição de ser a igreja que contém a totalidade dos cristãos do mundo inteiro e isto não é patrimônio da igreja católica, nem dos protestantes.
Outra crítica que se pode tecer ao pensamento da igreja romana é que se ela é igreja católica apostólica romana, ela não pode ser católica (universal), porque é romana (local).

4 - A Igreja é Apostólica –
A Igreja de Cristo recebeu através dos seus apóstolos a doutrina que foi aprendida do próprio Cristo e, por isto, a igreja está firmada sobre o fundamento dos apóstolos (Ef. 2. 20). Esta é a forma correta e bíblica de se entender a apostolocidade da igreja e não na idéia de perpetuação da apostolocidade na direção da igreja como crêem os católicos romanos. Esta compreensão se baseia em “uma maneira de entender a apostolocidade da Igreja é sustentar que seus líderes são sucessores diretos dos apóstolos” (GONZALES, 2009).
A transmissão desta apostolocidade nunca foi pretendida por Jesus, haja visto, que já nos dias de Pedro, a igreja de Jerusalém desfrutava da liderança de Tiago, que se tornou uma liderança da igreja, com o apóstolo Pedro atuante ainda no ministério (At. 21. 18, 19), mas não como líder maior da igreja de Jerusalém.
A igreja é apostólica porque observa a doutrina dos apóstolos e crê da mesma forma que os nossos irmãos do passado (At. 2. 42). O apóstolo no contexto do novo testamento é aquele que funda igrejas e doutrina – as, portanto, o apostolado está ligado ao estabelecimento da igreja.
O perigo de uma igreja que se afirma apostólica no sentido de sua liderança atual, é que seu líder ganha o status de sucessor dos apóstolos, e, portanto, apto para criar doutrinas no presente, pois esta igreja está edificada no fundamento dos apóstolos. A igreja católica chega ao absurdo de considerar o papa, considerado o sumo apóstolo, infalível no seu doutrinamento.
Iguais riscos correm as denominações evangélicas que estão debaixo de uma liderança que se auto-denomina apóstolo, uma vez que este indivíduo não possui qualquer estrutura eclesiástica que o possa orientá-lo e corrigi-lo pois ele é o líder maior.

GOVERNO DA IGREJA
A idéia do governo, certamente, que é uma idéia bíblica. Entretanto, não devemos, por isto, achar que o governo seja sagrado. Ele tem procedência divina, mas é exercido por homens constituídos por Deus, e por natureza, sujeitos à falhas, injustiças e muitas imperfeições.
A vida social e religiosa exige governo e institucionalização. Somos seres sociais e vivemos em comunidade e, por isto, necessitamos de regras, leis e padrões para que a vida se torne possível em comunidade. Na igreja não é diferente, e diante disto, só resta a igreja buscar uma governabilidade que seja mais próxima do padrão bíblico e contextualizado a sua realidade religiosa e sociológica.
No contexto da igreja evangélica existem várias formas de governo, desde os mais centralizados e verticais aos mais liberais e democráticos. Cumpre a nós percebermos em cada um deles suas vantagens e desvantagens, pois todos os modelos apresentam sucessos e fracassos. CALDAS (2007) observa que cada modelo apresenta virtudes e defeitos:
Nenhuma modalidade de governo é isenta de problemas. Mesmo porque, independentemente de qual seja a forma de governo em si, a igreja é liderada por homens falhos e sujeitos ao pecado. Essa afirmação não perde de vista que acima das falhas das lideranças humanas, quem governa de verdade e de forma definitiva a igreja é o Senhor Jesus Cristo. Graças a Deus!
Diante da realidade destes fatos e com a certeza de que não devemos imaginar um governo perfeito, convém, apenas que estudemos cada modelo com um coração humilde e aberto para a aprendizagem.

1 – Governo Congregacional
Dentre os tipos de governo este é o mais democrático, e que baseia sua administração na capacidade de cada membro da comunidade decidir e opinar sobre os destinos daquela igreja. Todos os procedimentos relativos á escolha de líderes (pastores e diáconos), compra e venda, recebimento de novos crentes etc, tudo é decidido pela comunidade em assembléia. Podemos afirmar que é um modelo, como afirma CALDAS (2007), “todos governam para todos”.
Como conseqüência desta forma de governo, cada igreja local é autônoma, ou seja, não está sujeita a nenhum concílio ou bispado regional, no que concerne a sua administração.
Esta forma de governo tem como ponto forte a valorização do indivíduo, enquanto ser competente para tomar decisões sobre si e sua comunidade. Por outro lado, torna a comunidade susceptível de equívocos e erros se a maioria não tiver conhecimentos e maturidade suficiente para gerir os interesses da igreja.
Neste sistema de governo, os oficias da igreja são apenas dois: pastores e diáconos. Ambos são escolhidos e empossados pela igreja local, sendo que os pastores respondem, efetivamente, pela direção espiritual da igreja e os diáconos são auxiliares nas questões mais ligadas a esfera social da igreja.

2– Governo Episcopal
Esta forma de governo é exercida, como o próprio nome denuncia “episcopos (bispo no grego), ou seja, um governo exercido por bispos. Neste sentido há uma hierarquia na forma de governo, sendo que um bispo principal governa sobre os demais, que respondem por determinada diocese, paróquia ou região.
Entretanto, o episcopalismo mais notório é o monárquico exercido pela igreja católica, que tem no bispo de Roma, o bispo dos bispos, sendo que seu cargo é vitalício e sua figura é considerada infalível e seus ensinamentos inquestionáveis.
O episcopalismo é praticado, também, por igrejas evangélicas como a metodista e a anglicana. Sendo que no metodismo, cada igreja tem seu pastor, e segundo CALDAS (2007), “as igrejas de determinada região eclesiástica são supervisionadas por um bispo. Os bispos de todo o país formam o Colégio Episcopal”.
Já na igreja anglicana existe a figura do Arcebispo (bispo primaz) que é responsável por uma região ou província, não existindo a presença de um bispo dos bispos, sendo que os mesmos não têm cargo vitalício ou baseado numa sucessão apostólica, sendo eleitos para dois ou três anos de mandato. O líder maior da denominação anglicana é o Arcebispo de Cantuária (na Inglaterra) que exerce simbolicamente, a liderança da denominação, mas que não é considerado superior aos demais bispos.
No modelo de governo das igrejas Anglicanas e Metodistas há a presença de três oficiais: O Bispo, o presbítero e o diácono. Na igreja católica há a presença do diácono, do padre, do bispo, do arcebispo, do primaz, do cardeal e do papa.


3– Governo Presbiteriano
O governo presbiteriano é o governo através dos presbíteros. Os referidos são eleitos pela comunidade eclesiástica (igreja) local e auxiliam o pastor da administração local. O pastor também é um presbítero só que com funções pastorais e educativas, que pode ser chamado também de presbítero docente. Os demais presbíteros chamados de regentes estão ligados á administração e governo da igreja.
Este modelo de governo, no entendimento de CALDAS (2007) “é considerado uma manifestação da democracia representativa, um governo parlamentarista por excelência”.
Neste modelo de governo há a presença de três oficiais: Presbítero, pastor e diácono. Não havendo hierarquia entre estas posições. A igreja é administrada da seguinte forma: a assembléia escolhe os presbíteros, diáconos e pastores, sendo que os presbíteros escolhidos da igreja local passam a compor o conselho da igreja local, os mesmos presbíteros passam a pertencer ao presbitério (que é um conselho regional de igrejas). Acima deste Presbitério há o Sínodo, que é composto pelos presbitérios de determinada região. Mais acima, ainda há o Supremo Concílio que é o último nível de liderança da denominação.

4– Outras Formas de Governo Eclesiástico
Outras denominações mesclam duas ou mais formas de governo, por entenderem que nenhum dos modelos supra-citados atendem às exigências daquela denominação. Algumas igrejas como a assembléia de Deus adotaram um sistema que mescla Episcopalismo com Presbiterianismo, uma vez que adotam os mesmos oficiais dos presbiterianos: Diácono, Pastor e Presbítero; ao mesmo tempo, que são administradas por um líder regional que responde por um “campo” ou diocese, que recebe o título de pastor presidente.
Existem aqueles grupos cristãos que não adotam nenhuma forma de governo, entendendo que a instituição de líderes sobre o povo de Deus não é bíblica. Um exemplo disto são os Quacres Americanos que consideram pecaminoso a instituição de oficiais na igreja, sendo que no culto público cada um desenvolve seus dons na “direção do Espírito Santo”. Esta idéia de uma igreja sem viés denominacional é antiga e já era proposta pelos Montanistas (século II).


BATISMO E CEIA DO SENHOR, ORDENANÇAS OU SACRAMENTOS?
O debate sobre o assunto é extenso e antigo. Atualmente os batistas e grupos pentecostais entendem o batismo e a ceia como ordenanças, ou seja, cerimoniais com efeito memorial e obediência ao ordenamento bíblico, mas que não são capazes de comunicar virtudes ao fiel. Já outros grupos como presbiterianos e luteranos entendem que tanto o batismo como a ceia são sacramentos, ou seja, que a participação dos mesmos confere algum tipo de graça.
Nesta esteira do debate, fica evidente que a adoção de um pensamento gera outros desdobramentos, ou seja, o defensor do batismo/ceia como sacramento vai admitir o batismo infantil (pedobatista), uma vez que este batismo introduzirá o batizado na aliança e lhe conferirá alguma virtude. Contrariamente, o pensamento da ceia como memorial não admitirá o batismo para crianças (antipedobatista), pois para este o batismo é demonstração racional de fé, sinal de crença voluntária. Quanto à ceia, se entendida como sacramento gerará a idéia de uma presença mística ou real de Jesus nos elementos ou no ritual da ceia, se entendida como memorial, o sentido da ceia não está nos elementos ou no ritual, mas na comunhão com os irmãos e com Cristo, sendo ela, apenas um memorial da morte e promessa da vinda de Jesus.
Devido à possibilidade de um debate interminável, não vamos discutir as duas linhas de pensamento, mas vamos pontuar algumas observações, baseadas nas Escrituras, que não gerarão polêmicas:
Quanto ao batismo:
O batismo foi ordenado por Jesus – Mt. 28. 19, 20;
O batismo é resposta a fé – Mc. 16. 15;
O batismo é símbolo de uma realidade espiritual – Rm. 6. 4;
O batismo não assegura a salvação – At. 8. 13, 20, 21;
O batismo não purifica pecado – At. 15. 9, I Pd. 3. 21; At. 22. 16 (atenção com a leitura e pontuação deste versículo)

b- Quanto à Ceia
A ceia foi instituída por Jesus – Lc. 22. 19;
Os elementos da ceia não se transformaram no corpo de Jesus na primeira ceia realizada (Lc. 22. 19). Certamente que hoje também não...;
A ceia é um memorial antes de tudo – Lc. 22. 19;
A condição primeira para a ceia é comunhão com Deus e com os irmãos, ou seja, a ceia não gera a comunhão, mas torna pública a comunhão – At. 11. 20, 21, 28, 29;
O nome bíblico para esta celebração é Ceia do Senhor, e não Santa Ceia – I Co. 11. 20:
Não podemos afirmar, biblicamente, que a ceia comunica virtudes ou graça especial, uma vez que Judas tomou a ceia e, em seguida, o entregou aos perseguidores – Lc. 22. 19 – 23;
A finalidade primeira da Ceia do Senhor é anunciar a morte de Cristo e proclamar a sua volta – I Co. 11. 26


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BERKHOF, Louis. Teologia Sistemática. São Paulo: Cultura Cristã, 2009.
CALDAS, Carlos. Fundamentos da Teologia da Igreja. São Paulo: Mundo -Cristão, 2007.
CHAFER, Lewis Sperry. Teologia Sistemática. São Paulo: Hagnos, 2003.
GONZÁLES, Justo L.; PERÉZ, Zaida M. Introdução à Teologia Cristã. São Paulo: Hagnos, 2008
GRUDEN, Waine. Teologia Sistemática. São Paulo: Vida Nova, 1999.

HODGE, Charles. Teologia Sistemática. São Paulo: Hagnos, 2001.

STRONG, Augustus Hopkins. Teologia Sistemática. São Paulo: Hagnos, 2007.



ANEXO I
AVALIAÇÃO DE ECLESIOLOGIA
NOME:
DATA:
QUESTÕES
Em que passagem do Novo Testamento é citada pela primeira vez a palavra igreja, e de que se ocupa a Eclesiologia em estudar?


Qual o significado da palavra Ekklesia para o mundo grego? E no meio cristão que sentido tem a referida palavra?


Na caracterização da igreja, dizemos que ela é uma, santa, católica e apostólica. Explique cada uma destas características.


Cite as formas mais conhecidas de governo da Igreja e escolha uma delas para explicar.


O que é o batismo cristão e o que significa seu nome grego Baptismo?


O que é a ceia do Senhor, um sacramento ou uma ordenança? Explique sua resposta.

No seu entendimento quem pode ser batizado? E quanto á ceia, quem pode participar dela?.



17 comentários:

  1. Colegas boa tarde! O Espaço é para produzir comentários,tirar dúvidas, questionar. Aguardo sua participação. José Roberto

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  2. Caros colegas! Onde estão os comentários. Nossa aprendizagem depende da discussão de idéias. Aguardo vocês.
    José Roberto

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  3. VEJA ALGUNS COMENTÁRIOS RETIRADOS DO grupodeestudosdoprojetar@groups.live.com.

    2- "Acredito que Jesus por ser Deus não poderia pecar, entretanto o fato dele não poder pecar não diminui a dor da provação" - doulos - 29/03/2011 - cceprojetar


    3- A impecabilidade significa não que Cristo pode evitar o pecado e que de fato evitou, mas também que para Ele era impossível pecar, devido à sua natureza que entre elas humana e divina. A impecabilidade de Cristo foi negada, mas a Bíblia dá claro testemunho dela nas seguintes passagens: Lc 1.35; Jo 8.46; 14.30; 2 Co 5.21; Hb 4.15; 9.14; 1 Pe 2.22; 1 Jo 3.5 - Claudinei Araujo - 30 03 2011 - claudinei_a@hotmail.com

    4- Irmão Claudiney não entendi bem seu ponto de vista:

    Gostaria que me desse seu conceito de impecabilidade?

    A natureza de Jesus era ora humana, ora divina ou divino-humana?

    Não entendi a frase... " a impecabilidade de Cristo foi negada" - José Roberto Limas da Silva;

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  4. O comentário abaixo (ponto 6) é postado por mim, mas é da pena do irmão Claudiney, abaixo (ponto 7) está a minha réplica.
    6- No trabalho de Kenosis li que algumas pessoas negavam a impecabilidade de Cristo como: Martineau, Irving, Menken, Holsten,...Sei que impecabilidade significa que Nunca Cristo Jesus, fez algo que desagradasse a Deus, ou deixava de respeitar as leis Mosaicas,( sob a qual Ele vivia aqui na terra ).Jesus viveu aqui na terra como homem, além de sua divindadE. Sentia fome( Mt 4,2 ) sede (João 19,28) sono ( Mt 8,24 ), mas em todas as fases de sua vida, infância, juventude e vida adulta, ELE SEMPRE FOI SANTO E NUNCA PECOU...Ainda que o novo testamento seja claro em afirmar que Jesus era plenamente humano, exatamente como nós, a Bíblia também afirma que Jesus era diferente em um aspecto importante: Ele era isento de pecado e jamais cometeu um pecado durante sua vida aqui na terra. claudinei_a@hotmail.com;

    7- Muito bem explicado irmão Claudinei. A impecabilidade de Jesus é uma doutrina que todo crente deve defender, pois ela é bíblica. Pergunto ainda (extensivo a todos os colegas), se a impecabilidade diz respeito apenas ao fato de Jesus nunca ter pecado ou estende - se também a condição de ser impossível a Cristo pecar, ou seja Ele jamais poderia pecar? Enfim era possível Jesus pecar? Se era possível explique; se não era, justifique. - jrlspastor@hotmail.com

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  5. mispedocerqueira@.com.br23 de abril de 2011 às 10:16

    A paz a todos os irmaos e ao Pr Jose roberto que atraves desse nos força a interpretar a biblia. Bem acredito que Jesus veio para exercer a funçao de obediencia a Deus. Em Rm 5.12 vimos que por causa de Adao todos estao sujeitos a morte, que foi por causa do pecado. Se Jesus pecasse mesmo que estivesse sido ocultamente a sua morte de nada serviria. Mais uma vez em Joao 6.46 o proprio Jesus faz esta pergunta (versao linguagem de hoje)"QUAL DE VOCES PODEM PROVAR QUE EU TENHO ALGUM PECADO".No jetsemane livro do medico Lucas Jesus suou gotas de sangue mas nao pecou ainda por causa da obediencia. Hoje temos que olhar para Jesus nesse angulo "OBEDIENCIA".

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  6. Finalmente mais um colega no debate. Obrigado pela participação irmão Pedro! Volto a indagar aos colegas estudantes de teologia: Se Jesus não poderia pecar, como ele poderia ser, efetivamente, tentado? Não quero antecipar respostas, mas Waine Gruden tem um pensamento interessante sobre o assunto. Nota: os participantes deste debate serão beneficiados na avaliação do trabalho sobre a impecabilidade de Jesus que é o trabalho mais importante do módulo.Portanto, espero a participação de todos. Abraços. José Roberto.

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  7. mispedocerqueira@.com.br26 de abril de 2011 às 09:20

    Bom dia irmão no evangelho de Mt 4.4 Jesus poderia transformar as pedras em paes? Poderia mas não os fez porque? Volto a falar da obediência de Jesus. Deus em todo o velho testamento ou seja a Antiga Aliança Deus cobrou, obediência, obediência. No evangelho de Lucas 16.29 em uma parabola Jesus fala dessa obediência do povo para com Deus atraves dos profetas. Entao se Jesus tivesse transformado as pedras em paes teria pecado,mas nao pecou.

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  8. Jesus Cristo estava isento da tentação do pecado. Ao dizer que Jesus estava isento, não digo que ele não foi provado. O que estava em joga não era o pecar ou não pecar, mas obediência a Deus e a missão do Servo Sofredor, O Cristo de Deus.
    Sabemos que segundo a carta de Tiago diz, Jesus não podia ser tentado. Uma vez que Jesus mesmo tendo a natureza humana, Ele também possuía a natureza divina. Wayne Grudem nos explica sobre a divindade de Cristo, no livro de Teologia Sistematica, chamada impecabilidade. na pag 440.

    Jesus Abençoe a todos

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  9. Obs...o texto de tiago acima é 1.13

    A Paz do Senhor Jesus

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  10. Afim de municiar a nossa discussão pergunto: Se Jesus não podia ser tentado, como Hebreus 4. 15 diz: "(...) foi ele tentado em todas as coisas (...)".
    Então Jesus podia ou não ser tentado? Aguardo a participação dos colegas!

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  11. Pergunto agora ao irmão Pedro? Jesus sendo obediente como sabemos que era, tinha a possibilidade de pecar? Quero uma resposta: sim ou não?
    A Pergunta é direta para nos levar a uma resposta definitiva. Os colegas podem ajudá-lo na resposta. Deus abençoe!

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  12. Bom dia,caros irmãos, respondendo a pergunta do Pastor se Jesus tinha possibilidade de pecar; creio que sim, pois Ele sendo Deus se fez carne(homem)e habitou em nosso meio sofreu nossas debilidades,e fraquezas, foi tentado, mas suportou e não pecou foi obediente, se manteve puro se tornando nosso exemplo,nosso socorro, Ele é o unico mediador entre Deus e os homens.]
    em Hebreus esta escrito assim:
    Hebreus 2:17,18
    2.17 Por isso mesmo, convinha que, em todas as coisas, se tornasse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote nas coisas referentes a Deus e para fazer propiciação pelos pecados do povo. 2.18 Pois, naquilo que ele mesmo sofreu, tendo sido tentado, é poderoso para socorrer os que são tentados. miltonboc@gmail.com

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  13. Obrigado pela participação irmão Miltom! Volto a questão perguntando: Se eu digo que Jesus podia pecar, não estaria afirmando também que Deus poderia pecar? Sabemos que Deus não peca! Como resolver esta questão? Podemos nos lembrar por exemplo de Jo. 8. 46. Aguardo a participação de todos.

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  14. Realmente Pastor, a resposta ficou confusa, analisando este texto de Jo. 8. 46, e Heb. 4:15 "Porque não temos sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas; antes, foi ele tentado em todas as coisas, à nossa semelhança, mas sem pecado." Portanto Jesus sendo plenamente Deus e Plenamente Homem, se fez nossa semelhança, e não pecou, evitou o pecado, como tambem era impossivel pecar, e as Escrituras Sagradas atestam que Deus não peca; e retiro aresposta anterior, Jesus se tornou nosso exemplo para resistirmos ao pecado; e Jesus jamais poderia pecar Ele é Deus. miltonboc@gmail.com

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  15. A paz irmaos se Jesus tivesse pecado nos poderiamos falar com Deus que nao conseguiriamos passar por provaçoes nem tentaçoes. Foi por isso que o proprio Jesus disse que teriamos afliçoes,mas tende bom animo por que Eu venci o mundo.(joao 16.330 Quando Ele disse (venci) e por que jamais pecou e nem pecaria.

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  16. mispedocerqueira@.com.br30 de abril de 2011 às 20:49

    por que venci Jesus ja estava vendo o futuro.

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  17. mispedocerqueira@.com.br30 de abril de 2011 às 20:52

    Desculpem nao e 330 e sim joao 16.33

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