segunda-feira, 10 de outubro de 2011

MENSAGEM DE DOMINGO

AS TRÊS DIMENSÕES DA VIDA 



Introdução: Todos nós tateamos pela vida, buscando um equilíbrio entre a dimensão espiritual e a física. Alguns buscam uma espiritualidade de negação do corpo, de opressão da alma e de valorização do espírito. Outros vivem em função das experiências corporais, privilegiam a matéria e ignoram as coisas espirituais. Outros são artistas da vida que dão ênfase aos sentimentos, as emoções, as experiências ligadas a psiquê. Tudo isto nos fragmenta e nos separa do projeto ideal de vida. Deus idealizou uma vida integral e  abundante. Vida completa e significativa. Mas como vivermos uma vida equilibrada, justa e consagrada a Deus tanto no corpo, como na alma e espírito?

TEXTO TEMÁTICO: I TS. 5. 23
23 ¶ Que Deus, que nos dá a paz, faça com que vocês sejam completamente dedicados a ele. E que ele conserve o espírito, a alma e o corpo de vocês livres de toda mancha, para o dia em que vier o nosso Senhor Jesus Cristo (NTLH).

23 ¶ O mesmo Deus da paz vos santifique em tudo; e o vosso espírito, alma e corpo sejam conservados íntegros e irrepreensíveis na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo (ARA).

Palavra em destaque: Holokleros: íntegros, perfeitos, sem mancha.
 

1- A DIMENSÃO ESTÉTICA – Gn. 1. 31

Deus é o criador da dimensão estética. Ele a criou e considerou extremamente bonita e significativa – I Tm. 4. 1;

O estético é o mundo da sensoriedade. São os sentidos corporais que nos colocam em contato com o mundo. Eles são essenciais para nossa sobrevivência e felicidade – Mt. 13. 16;

A Dimensão estética nos coloca em contato com o belo, com a criação de Deus. A dimensão estética traz a revelação de Deus no nível mais elementar – Rm 1. 20;

A dimensão estética é a dimensão do físico e do corpo. Deus espera ser glorificado através de uma vida que sabe usar o corpo – I Co. 6. 20, I Co. 10. 31. O culto só se torna visível através do meu corpo, de tal modo que, se anularmos nosso corpo, matamos parte do nosso culto a Deus – Rm. 12. 1.


2- A DIMENSÃO EMOCIONAL – Mt. 22. 37

A dimensão emocional é a dimensão da alma. É o mundo do sentir e do pensar. A alma é o elo de ligação entre o corpo e o espírito – Mt. 16. 26;

Deus idealizou o homem para sentir, pensar, imaginar, idealizar, sonhar, planejar, enfim teorizar a vida. Fp. 4. 8;

Deus espera que esta dimensão da nossa vida seja usada para o louvor de sua glória. A alma é o terreno onde a vontade, os desejos e as paixões nascem. Nela fazemos poesia, compomos música, tomamos decisões, desejamos coisas, inventamos objetos, escolhemos a vida que vamos viver – Mt. 22. 37;

Jesus libertou nossa alma do cativeiro do pecado para que possamos expressar nossa devoção a Deus com nossos pensamentos, nossas idéias, nossas emoções, nossa inteligência – Fp. 2. 2.

3- A DIMENSÃO ESPIRITUAL – Jo. 4. 23, 24

A dimensão espiritual é o mundo da adoração e do sobrenatural. Este é o mundo que transcende o mundo da matéria. Ele não é regido por limitações físicas ou psíquicas – Ap. 4. 1, 2;

O acesso a este mundo não é pelos sentidos corporais ou por procedimentos psicológicos (imaginação, visualização, pensamento positivo etc). O acesso é pela fé – Hb. 11. 1 – 3;

É o mundo que não pode ser contido nem retido pela matéria – Lc. 17. 20, 21;

Deus idealizou esta dimensão e nos aparelhou para operarmos nesta esfera – I Co. 12. 7 – 11;

O homem precisa se entregar a Deus para usufruir desta dimensão (Rm. 8 14). Quem quer ter experiências espirituais sem a direção de Deus se tornará presa de Satanás e seus demônios – Ap. 2. 20, 21.

Conclusão: Não devemos ignorar nenhuma das dimensões da vida. Deus as criou e determinou que elas fossem usadas para nosso bem estar e serviço a Ele. Viva uma vida integral, considere todas as áreas de sua vida e não permita que o pecado contamine seu corpo, sua alma e seu espírito. Seja feliz e glorifique a Deus! – I Ts. 5. 23.

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Mensagem de Domingo

POR QUE TANTA INVERSÃO DE VALORES?

Introdução: Não conseguimos entender por que onde devia amor amor, há manifestações de indiferença e ódio. Onde devia haver misericórdia, há condenação. Onde as pessoas deveriam ser pacientes, há intolerância. De onde vem este mal? Porque o mundo caminha assim? Quem é o responsável por este estado de coisas? Por que nosso comportamento é tão contraditório?

Texto temático: Mateus 12. 9 - 14

9 Tendo Jesus partido dali, entrou na sinagoga deles.

10 Achava-se ali um homem que tinha uma das mãos ressequida; e eles, então, com o intuito de acusá-lo, perguntaram a Jesus: É lícito curar no sábado?

11 Ao que lhes respondeu: Qual dentre vós será o homem que, tendo uma ovelha, e, num sábado, esta cair numa cova, não fará todo o esforço, tirando-a dali?
12 Ora, quanto mais vale um homem que uma ovelha? Logo, é lícito, nos sábados, fazer o bem.

13 Então, disse ao homem: Estende a mão. Estendeu-a, e ela ficou sã como a outra.

14 ¶ Retirando-se, porém, os fariseus, conspiravam contra ele, sobre como lhe tirariam a vida.

1- Porque não enxergamos corretamente o outro – v. 9, 10
  • O outro é sempre visto como um estranho, um diferente – v. 10. Nosso primeiro julgamento é sempre negativo em relação ao outro... essa mão mirrada hum!!!; 
  • O outro, no nosso pensamento, nunca pode experimentar a nossa realidade. “Ele não merece o bem que eu recebo” (... mãos perfeitas como as minhas...); 
  • O outro é visto sob uma ótica secundária. Ele nunca é uma prioridade. Para justificar eu coloco a religião, a agenda, as mazelas sociais para justificar sua desgraça. Hoje é sábado, não posso fazer nada por você...
  • A lei é usada somente para nos beneficiar. Não entendendemos que as regulamentações sociais devem atender tanto a nós quanto ao outro – a severidade da lei é somente para o outro, mas o favor da lei é sempre nosso – Mt. 7. 2
Conclusão: O foco da questão não é se é uma atividade religiosa, espiritual ou material, mas sim que existe uma pessoa que precisa de ajuda – Jesus afirmou é correto curar no sábado...

2- Por que as coisas tomaram o lugar das pessoas – v. 11, 12
  • Nossos melhores esforços estã ligados a ter coisas – a ovelha dá mais lucro que o ser humano...
  • Lutamos para preservar o que temos, mas não lutamos para preservar a vida do outro- ... tiramos o boi do buraco no sábado, mas o outro pode permanecer ali...;
  • A religião que ignora e que exclue o outro não procede de Deus – Lc. 10. 30 – 32;
  • Gastamos nossos recurso em adquirir coisas. Pergunto: quanto do nosso dinheiro ou salário vai para beneficiar o outro? Será que a ovelha é mais importante que o ser humano? v. 12. ª
3- Porque não temos uma cultura que valoriza o bem – v. 13, 14
  • Achamos estranho quando alguém é perseverante em fazer o bem. Idolatramos aquelas pessoas, estes viram santos, objetos de adoração e peregrinação – v. 13, 14. Estas pessoas deveriam servir apenas de incentivo e exemplo para nós. Eles são tão pecadores quanto nós (Rm. 3. 23), mas tiveram coragem de mudar a cultura do mal;
  • Preferimos dar destaque ao mal. O mal é mais fascinante e gera curiosidade - v. 14. É mais fácil promover a morte do que a vida...;
  • Inconscientemente produzimos uma cultura maléfica e agressiva – Tg. 3. 14 – 16;
  • Faça uma avaliação das suas conversas, suas leituras, sua diversão (filmes, novelas, programas que você assiste). Observe que os filmes que realçam a maldade e a impureza do ser humano são os mais vistos. Na televisão os programas que ridicularizam e desprezam as pessoas são os que fazem mais sucesso – Ex: Pânico na Tv. Lembre-se do que a boca fala disto se farta o coração...

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

MENSAGEM DE DOMINGO - 11 DE SETEMBRO DE 2011

TEXTO: ATOS 4. 32
32 ¶ Da multidão dos que creram era um o coração e a alma. Ninguém considerava exclusivamente sua nem uma das coisas que possuía; tudo, porém, lhes era comum.
COMO ALCANÇAR A UNIDADE?
Introdução: A unidade é a matéria prima de toda construção. Ela é a argamassa que mantém os tijolos juntos e organizados. A unidade é o sonho de toda organização que deseja alcançar o sucesso. Mesmo os mais brilhantes projetos ou as mais excelentes idéias jamais alcançarão êxito, se na sua consecução não houver a presença da unidade. Mas se ela é tão urgente e necessária, como podemos alcançar a unidade?

1- Entendendo que ela é fruto de um sentir –v.32 – o coração;
  • A unidade não é uma estratégia ou uma forma de gerenciar a organização ou a igreja. Ela é fruto de um sentimento;
  • Não existe unidade onde não há emoção, alegria, contentamento, motivação. Antes de construir é preciso sentir... -Ne.4. 6 - At.27.36 –ânimo: coragem, confiança, entusiasmo;
  • A unidade não se adquire por decreto ou por uma estratégia; ela é obtida primeiro no coração;
  • A unidade só é possível quando sentimos a mesma coisa. Eles eram unos no coração... no coração havia a mesma emoção: a alegria de servirem a Deus juntos...;
*O comunismo proposto por Karl Marx falhou em dado momento porque ele ignorou o sentir do povo. O povo não ia estar unido sem haver um sentimento que fosse real e compartilhado por todos... e os maiores sentimentos, que são o amor e a fé em Deus, foram banidos pelo comunismo. Daí o seu grande fracasso.

2- Entendendo que ela é fruto de uma reflexão – v. 32 – a alma;
  • A unidade é o processo final de uma escolha. Antes de querermos estar junto de alguém ou de alguma coisa, refletimos sobre o assunto;
  • A unidade verdadeira não é um constrangimento ou uma imposição, mas é fruto de uma reflexão madura – os dois filhos – Mt. 21. 28 – 30; houve uma metanóia, ou seja, uma mudança de pensamento e ele achou que deveria estar unido ao pai;
  • Precisamos sentir, mas não podemos parar aí, precisamos racionalizar nossa escolha – Mt. 19. 21, 22 – o jovem sentia vontade de servir a Jesus mas não havia, ainda, racionalizado as renúncias que precisava fazer;
  • A unidade é construída a partir de uma decisão pensada (psique). Quando queremos estar juntos, nenhuma dificuldade é grande demais – ninguém considerava exclusivamente sua – a unidade se torna maior que as necessidades particulares. Os interesses do Reino se tornam maiores do que os meus... - Mt. 6. 33

3- Entendendo que ela é uma conquista do grupo – v. 32 c– tudo era comum
  • A unidade é destrutiva para o egoísmo. Na unidade o mundo gira em torno de todos. O sol, a lua, as estrelas, o mar e todas as coisas boas são patrimônio de todos – At. 2. 46;
  • O sentimento de comunidade era mais forte do que a idéia do ter, do ser e do poder. O bem que Deus fazia a um era compartilhado por todos. Tudo lhes era comum – Koinos – comum a todos, que pertence a generalidade. Que não é particular, mas que pertence ao grupo todo. - At. 2. 32 c;
  • A idéia de acumular coisas somente para o nosso benefício é procedente do capitalismo e não da Bíblia. A riqueza da Bíblia só é justificada quando visa o bem estar de outros, além de mim – Lc. 12. 16 – 21;
  • Quando somos capazes de compartilhar o que temos, e temos humildade para receber o bem através de outros, nos tornamos ricos para Deus. Riqueza para Deus é capacidade de dar e compartilhar – 2 Co. 9. 12 – 14.

Conclusão: A unidade não é um meio para alcançarmos um fim. Ela não é uma ferramenta de gestão para alcançar resultados. A unidade é uma finalidade em si mesma. Havendo unidade as outras coisas acontecerão. Não é um projeto que une um povo, mas um povo unido quem realiza um projeto – Jo. 17. 20, 21. O nosso primeiro objetivo é a unidade, depois faremos o que Deus nos oportunizar.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

VOCÊ É UMA PESSOA COMUM?

TEXTO BÁSICO:
Atos 8. 5 – 8, 12, 26
5 Filipe, descendo à cidade de Samaria, anunciava-lhes a Cristo.
6 As multidões atendiam, unânimes, às coisas que Filipe dizia, ouvindo-as e vendo os sinais que ele operava.
7 Pois os espíritos imundos de muitos possessos saíam gritando em alta voz; e muitos paralíticos e coxos foram curados.
8 E houve grande alegria naquela cidade.

12 Quando, porém, deram crédito a Filipe, que os evangelizava a respeito do reino de Deus e do nome de Jesus Cristo, iam sendo batizados, assim homens como mulheres.
13 O próprio Simão abraçou a fé; e, tendo sido batizado, acompanhava a Filipe de perto, observando extasiado os sinais e grandes milagres praticados.
26 ¶ Um anjo do Senhor falou a Filipe, dizendo: Dispõe-te e vai para o lado do Sul, no caminho que desce de Jerusalém a Gaza; este se acha deserto. Ele se levantou e foi.

 
Por que vale a pena ser uma pessoa comum?
Introdução: O ambiente em que vivemos nos empurra para o sobrenatural. Acostumamos a lidar com as coisas incomuns e nos tornamos viciados em coisas espetaculares, grandiosas e fora do comum. Entretanto, a vida ao nosso redor é bem corriqueira. Nada há de novo debaixo do sol.

1- Porque a vida espetacular é uma exceção – At. 8. 13
  • O sobrenatural é uma intervenção eventual no mundo comum. Não podemos viver o tempo todo no sobrenatural. At. 8. 5 – 8 – estar no espírito não significa necessariamente viver o tempo todo realizando milagres – as vezes ser espiritual é aceitar o fato de que o milagre não foi feito -
  • O Espiritual comporta coisas comuns e incomuns. Passear por uma estrada deserta, por exemplo – v. 26 – Filipe não foi de anjo-taxi, nem foi arrebatado. O anjo só deu a dica...
  • Não estamos o tempo todo orando por enfermos, expulsando demônios e preparando sermões - Rm. 15. 32 – a palavra sunapauomai, verbo anapauo – significa provocar descanso, dar descanso a alguém para recompor as forças, reanimar, manter quieto de expectativas, calmo;
  • Não devemos achar que o tempo todo de nossa vida será vivido no ambiente de milagres – a vida também é feita de pausas, esperas e interrupções (Filipe saiu do avivamento e foi para o lugar deserto – ex. Dramático: Elias em I Rs. 19. 1, 2, 3.)
  • 2- Porque grande parte de nossa vida é usada para fazer coisas comuns– lugar deserto – At. 18. 26
    • Todos nós somos pessoas comuns, somos gente, um poço de desejos, paixões e carências. Nossa glória é Cristo – Cl. 1. 27 – precisamos encontrar a graça de Deus na realização de coisas comuns...
    • Quando achamos que somos espetaculares demais, relegamos Cristo a uma posição secundária em nossa vida e nos separamos das pessoas. Este comportamento pode nos empurrar para o abismo de nos acharmos intocáveis – 2 Co. 4. 7 – o vaso é de barro, não é de mármore, nem de bronze...; não somos: super crentes, super abençoados, super espirituais, super pastores, super igreja;
    • 90% do nosso tempo é gasto com coisas comuns e normais – comer, beber, dormir, comprar comida, viajar, fazer higiene pessoal, etc. A graça da vida estar em ser feliz fazendo coisas comuns – Mc. 6. 3. Grande parte do tempo de Jesus ele passou com sua família, viajando, indo a casa de amigos, indo a festas (tabernáculos, páscoa, casamento) - Jesus tinha uma mãe e irmãos – esclarecendo, adelfós é irmão e anepsios (parente, primo, Mt. 4. 21 – João e Tiago eram irmãos carnais - adelfós);
    • Precisamos abrir espaço em nossa vida para que a vida planejada por Deus flua livremente. A tecnologia, a agenda, o frenesi diário rouba a nossa capacidade de viver uma vida racional e comum – At. 1. 9 – verbo koinoo – no dizer de Eugene Peterson, estamos profanando a criação com nosso ritmo frenético e estressado (livro “O Cristo Genérico” - Editora Mundo Cristão).

          3- Porque as nossas aspirações são comuns a todas as pessoas – Jo. 4. 6, 7
          •  fato de termos necessidades comuns nos aproxima das pessoas. Não somos melhores nem piores que os outros humanos – o que nos diferencia é o fato de desfrutarmos da graça de Deus – I Co. 15. 10;
          • Todos nós estamos sujeitos à condição de sermos humanos e comuns. Nosso sucesso está no fato de sermos comuns mas manifestarmos uma fé espetacular – Tg. 5. 17
          • A vida planejada por Deus é bastante básica e comum, portanto a felicidade do homem está em saber viver bem esta vida básica – existem estas referências na Bíblia: comer 171, orar 34 – pão 297, oração 91 –Ec. 5.18 –20.
          • As coisas comuns da vida devem nos ensinar que existe um Deus amoroso e cuidadoso – I Co. 10. 31. Em Corinto existia um grupo que nada podia e o outro que tudo podia. A questão não é tudo pode, nem nada pode, mas se o que fazemos pode glorificar a Deus.
                  Deus te abençoe!

            Pr. José Roberto Limas da Silva - IBANOV

          terça-feira, 30 de agosto de 2011

          MENSAGEM DE DOMINGO – 28 DE AGOSTO DE 2011  
          TEXTO TEMÁTICO: JOÃO 15. 8  
          8 Nisto é glorificado meu Pai, em que deis muito fruto; e assim vos tornareis meus discípulos.

           
          INTRODUÇÃO: Jesus afirma que o pai é glorificado quando damos muito fruto e que para sermos seus discípulos precisamos dar muitos frutos. Por que Deus é glorificado no fato de produzirmos muitos frutos e ainda será que estamos nos tornando discípulos de Jesus. Mas antes de tudo precisamos responder a uma pergunta: O que é dar muitos frutos?
           
           
          O que é dar muitos frutos?


           
          1- Produzir com regularidade – Jo. 15. 16
          • Não basta produzir é preciso permanecer produzindo. A produção de uma planta é medida por toda a sua vida útil, não apenas por uma safra -
          • Produzir demais em dados momentos e ser improdutivo em outros é sinal de imaturidade e inconstância – Os. 6.4;
          • Não basta estar na videira é preciso permanecer na videira. A vida cristã exige constância – o verbo permanecer é citado doze vezes no intervalo do verso 04 ao 12 – e no verso 04 é mencionado quatro vezes – Jo. 15. 4 – verbo menoo;
          • A regularidade dos frutos é a prova que se está na videira que é Jesus – Jo. 15. 5.
           2- Produzir com qualidade – Is. 5. 4
          • Não basta dar frutos é preciso que os frutos sejam saudáveis – Is. 5. 4;
          • As nossas obras cristãs precisam ser íntegras – Ap. 3. 2;
          • Os frutos precisam ser sadios e separados dos frutos estragados – Ap. 2. 19, 20 – Ec. 9. 18-10.1; interessante que a comunhão dos frutos sadios com os podres não recupera os estragados – o crente cujos frutos são bons não deve ter comunhão com o que dizendo ser crente tem frutos maus – I Co. 5. 11
          • As nossas obras precisam ser capazes de suportar o fogo; se elas forem consumidas pelo fogo de nada nos aproveitará – I Co. 3. 10 – 15.

           
          3- Produzir em quantidade suficiente – Jo. 15. 5a
          • A quantidade na matemática do Reino de Deus se chama suficiência – Fp. 4. 19;
          • Os frutos são produzidos para atender as necessidades não para serem exibidos ou desperdiçados – 2 Co. 8. 12 – 15;
          • O cristão precisa produzir com abundância e liberalidade – At. 11. 22 – 24;
          • O cristão que é avarento ainda está na idolatria. Este cristão não consegue dar muitos frutos porque, ainda, não percebeu que a fonte dos frutos não é o galho mas a videira que é o Senhor Jesus – Jo. 15. 5.
          Conclusão: Os verdadeiros discípulos de Jesus são aqueles que produzem em todo o tempo frutos sadios e, em quantidade suficiente para matar a fome dos famintos -

          quarta-feira, 17 de agosto de 2011

          MENSAGEM DO ANIVERSÁRIO DA CIDADE DE BOCAIÚVA – MG – 14/07/2011 (123 ANOS).


          TEXTO TEMÁTICO: ROMANOS 1.16
          16 ¶ Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego;
          TRÊS ATITUDES NECESSÁRIAS NA VIDA DA IGREJA EVANGÉLICA
          Introdução: Nenhum povo permanece se não tiver herança cultural ou histórica. Um povo forte é aquele que tem consciência de sua identidade, que conhece sua história e seus valores. A igreja evangélica brasileira precisa estar ciente de que se encontra em uma encruzilhada da história. Podemos nos tornar uma nação cristã de futuro brilhante ou podemos ser, apenas, mais uma nação que experimentou a graça de Deus e depois afundou se novamente na idolatria e no pecado. Entendemos que precisamos, com urgência, de três atitudes na vida da igreja evangélica.

          1- PRIMEIRA ATITUDE: NÃO SE ENVERGONHAR DA MENSAGEM EVANGÉLICA – Rm. 1. 16a.
          • Os melhores ouvintes do evangelho precisam ser os cristãos. Nós precisamos conhecer e amar a mensagem evangélica – Sl. 119. 97- quanto amo a tua lei;
          • Muitos cristãos enxergam nas escrituras e no evangelho uma sub-cultura ou uma contra – cultura. O evangelho é a cultura original (nos temos a filosofia, a ciência e a arte verdadeiras);
          • Paulo não se envergonhava de sua mensagem, ele a considerava superior à todas as doutrinas e filosofias de sua época – I Co. 2. 6 – 8; tem gente que quando convidado a trazer uma reflexão vai buscar mensagens de auto-ajuda na internet em vez de ir a Bíblia e buscar a revelação de Deus e produzir verdadeira cultura;
          • A igreja evangélica precisa valorizar sua herança cultural e não se envergonhar dela;
          • Nós não somos alienados ou pertencentes a uma cultura marginal ou de segunda categoria, nós temos o conhecimento revelado dado por aquele que conhece todas as coisas – Cl. 2. 3; Nós devemos estar conscientes da riqueza do nosso chamado e não nos enxergamos como cidadãos de segunda classe – o problema não é o que mundo pensa a nosso respeito, mas o que nós pensamos a nosso respeito....
          • Não temos que pedir licença para produzir cultura. A cultura do Éden precede a cultura do mundo. A nossa cultura não foi criada na reforma protestante. Não somos filhos do protestantismo somos filhos do Reino. O protestantismo foi apenas uma reforma necessária no cristianismo;
          • Não produzimos e divulgamos uma cultura para nos opor ao mundo. Nossa cultura é original e santa. Quem se opôs a nossa raça foi o diabo e o mundo. A cultura do mundo sim, é de segunda categoria e esta maculada pelo pecado. Encontramos nela, apenas, alguns lampejos da presença de Deus...
          • Devemos nos sentir honrados por Deus ter nos confiado a sua mensagem. Mensagem esta que foi desejada pelos anjos, mas o Senhor confiou a mim e a você esta responsabilidade.Portanto, não se envergonhe dela.

          2- SEGUNDA ATITUDE – SABER QUE O PODER DE DEUS ESTÁ NA SUA MENSAGEM
          • Não precisamos de muletas para exercer o poder de Deus. A pregação do evangelho é o poder de Deus;
          • O poder está na palavra. A igreja precisa voltar a pregar a palavra. O poder não está na liturgia ou nas leis eclesiásticas, mas na palavra de Deus pregada pela igreja – 2 Tm. 4. 1, 2
          • A igreja evangélica precisa acreditar no poder do evangelho senão ela vai lançar mão de muletas, amuletos e fetiches para apresentar algum tipo de poder.
          • Só o evangelho tem poder. As formas de apresentá-lo são apenas estratégias temporárias e circunstanciais (igreja em células, pequenos grupos, igreja com propósitos, tudo isto são somente estratégias).
          • O que produz salvação não é a forma da apresentar o evangelho mas o seu contéudo – Pedro disse: Senhor para quem iremos, tu tens as palavras de vida eterna...; Pedro não disse: tu tens a estratégia certa ou tu tens o plano perfeito... mas ele disse "tu tens as palavras"... - Jo. 6. 68
          • Precisamos apresentar primeiro o evangelho, depois os benefícios dele – hoje apresentamos em primeiro lugar as bênçãos decorrentes do evangelho – antes da ressurreição há uma cruz...;
          • Os milagres seguem a pregação do evangelho – Mc. 16 – e estes sinais seguirão aos que crerem;
          • Não precisamos de super pregadores, super crentes, super igrejas, mas da pregação fiel do evangelho. O poder está no evangelho. É ele quem salva e liberta o homem do pecado e da morte.
          3- TERCEIRA ATITUDE – AFIRMAR AO MUNDO A NECESSIDADE DE SALVAÇÃO -
          • Precisamos ser graves na nossa afirmação de que o mundo está perdido e que precisa de salvação – A igreja não está aqui para fazer uma reforma no mundo, mas para anunciar juizo e salvação para o pecador; Rm. 3. 19, 23 – A igreja não foi chamada para fazer do mundo um paraiso, este não é o nosso lugar. Somos, apenas, forasteiros e peregrinos... I Pd. 2. 11;
          • A igreja não pode salvar o pecador, precisa dar a ele a oportunidade de se refugiar em Cristo – At. 4. 12;
          • A igreja precisa ter a coragem de afirmar que não existe salvação fora de Cristo – Mc. 16. 15, 16;
          • Nossa mensagem precisa deixar claro que aquele que crer será salvo quem porém não crer já está julgado – Jo. 3. 18;
          • Nossa primeira preocupação deve ser a salvação das almas não cristianizar a nossa nação. A primeira necessidade do homem perdido é de salvação.Amém?

          domingo, 7 de agosto de 2011

          MENSAGEM DE DOMINGO

          TRÊS VERDADES SOBRE DEUS E SOBRE A VIDA



          O Pai ama o Filho e pôs tudo nas mãos dele. João 3. 35 - NTLH

           
          Introdução: Num mundo em que o pluralismo e o individualismo imperam, somos constrangidos a aceitar os fatos como produtos da subjetividade coletiva. Tudo que se vê, que se fala e que se escreve é relativo para esta sociedade pluralista. O indivíduo, embora não conheça a verdade dos fatos, pode se conduzir livremente para onde seu “nariz apontar”. Assim, produzimos uma geração de pessoas independentes, arrogantes, egoístas e ignorantes da verdade. Nada sabem sobre Deus, nada sabem sobre a verdade, nada sabem sobre a vida. Cabe a igreja cristã que é chamada na Bíblia como coluna e baluarte da verdade dizer a este mundo caído as verdades que ele precisa saber. Vamos apresentar hoje: Três verdades sobre Deus e sobre a vida:

          1- O PRIMEIRO MOTIVO DO CRIADOR É O AMOR – Jo. 3. 16
          • O amor do Pai demonstrado ao Filho é extensivo a toda a raça humana. O Filho é humano e representa toda a raça (Jo. 3. 16);
          • Não podemos atribuir nenhum outro motivo antes do amor, porque Deus é amor. Seu primeiro olhar é o de um Deus apaixonado pela sua criatura; Jr. 31. 3
          • O primeiro motivo da igreja deve ser o amor. Justiça, fidelidade, moralidade etc sucedem ao amor – 1 Co. 16. 14;
          • O princípio para compreendermos a vida é o amor. Ela é o resultado do amor... todos os nascimentos humanos deveriam ser fruto do amor de um homem e de uma mulher...


          2- O SENHORIO DO PAI É COMPLETO E ABSOLUTO SOBRE O UNIVERSO – TUDO - Salmo 103. 19

          • O Pai governa o universo acima de tudo e de todos. Seus atos são santos e justos e isto é a base do seu trono – Sl. 89. 14 – Sua santidade e justiça lhe são inerentes...
          • O Pai não tem concorrentes ou oponentes ao seu trono – Sl. 45. 6;
              • Existe um governo definitivo, sólido, indestrutível, santo e justo no universo. A vida foi planejada para ser vivida neste ambiente – Salmo 9. 7. 8 –; Observe que a bondade precede a maldade... a justiça precede a injustiça... o bem precede o mal;
              • Não existe outro deus que esteja reivindicando o trono de Deus, pois não existe outro Deus Real – Dt. 32. 39; Is. 44. 6, 8; Is. 45. 5, 6, I Co. 8. 5,6 – o deus deste século (I Co. 4. 4) é o diabo, mas é um deus com letra minúscula porque não é eterno, nem tem trono permanente – é um impostor com os dias contados – Rm. 16. 20.



              3- O FILHO RECEBEU AUTORIDADE DO PAI SOBRE TUDO E SOBRE TODOS – Tudo confiou as suas mãos

              • O Deus Filho chamado Jesus recebeu do pai autoridade suprema sobre toda a criação – Mt. 28. 18 – Ge – terra na sua totalidade – ouranos céu/universo/acima da terra;
              • O Filho de Deus, Jesus, resgata o universo no sentido de purificá-lo e reconciliá-lo com Deus – o Filho reaproxima a criação do seu criador – e recebe por isto domínio completo sobre tudo e sobre todos – Cl. 1. 17- 20;
              • O Pai confiou ao Filho o governo absoluto do universo – Fp. 2. 9 – 11;
              • Todas as coisas animadas e inanimadas, todos os seres físicos e espirituais, todas as realidades visíveis e invisíveis, enfim toda a criação está debaixo do governo do Filho, Jesus de Nazaré – I Jo. 5. 20 – Cl. 1. 15 – 17.

              terça-feira, 26 de julho de 2011

              VOCê CONHECE A PALAVRA DE DEUS?

              Três atitudes necessárias para conhecer a palavra de Deus?

              Texto Básico:
              Achadas as tuas palavras, logo as comi; as tuas palavras me foram gozo e alegria para o coração, pois pelo teu nome sou chamado, ó SENHOR, Deus dos Exércitos.” (Jeremias 15:16 RA)

              Introdução: O progresso dos mecanismos de pesquisa bíblica, bem como, os avanços da linguística e da arqueologia nos possibilitam uma gama muito grande de informações acerca dos relatos bíblicos. Não somente isto, uma torrente de traduções e versões bíblicas nos dão a possibilidade de uma leitura bíblica altamente produtiva. Não obstante, todos estes favorecimentos, percebemos um grande desinteresse pela leitura objetiva e efetiva do texto bíblico. Grande parte dos cristãos não conhecem o texto bíblico, propriamente dito, senão citações isoladas e comentários de rodapé das edições de bíblias de estudo. O que, então, seria necessário para conhecer, de fato, a palavra de Deus?

              1- Estar disposto a prová-la - Logo as comi -
              • A atitude de comer é muito íntima, organicamente, falando;
              • Quando comemos algo é porque aceitamos que aquela substância satisfará nosso paladar e matará nossa fome;
              • Comer a palavra significa interiorizá-la, torná-la nossa fonte de vida – Mt. 4. 4 – viver da palavra...
              • O conhecimento de Deus exige mais do que racionalização, exige absorção. Não devemos apenas ter informações acerca de Deus, mas devemos torná-las nosso pão e nossa água – Jo. 6. 56;

              2- Estar disposto a ser afetado – e foram gozo e alegria
              • É impossível permanecer impassível diante da palavra de Deus – a palavra afeta nosso universo emocional – Mt. 7. 28, 29 – Mc. 10. 22;
              • A palavra de Deus opera num nível em que nenhum outro dispositivo humano pode operar – Hb. 4. 12 , 13;
              • A leitura e a meditação da palavra tem o poder de transformar o nosso estado físico, emocional e espiritual – At. 14. 8 – 10; At. 8. 6 – 8; Lc. 19. 8 – 10;
              • Quando lemos a palavra, nós estamos entrando no mundo de Deus, e neste mundo, coisa alguma é impossível – At. 8. 38, 39.

              3- Estar disposto a se comprometer com Deus – pois pelo teu nome sou chamado ...
              • Ler, apenas, para obter cultura ou material para discussão teológica não nos fará conhecer a palavra – é preciso um desvendar de Deus ... Sl. 119. 18
              • O aprendizado da palavra de Deus não é meramente cognitivo ou decodificador, é antes de tudo, revelativo. Deus se revela á medida que o homem se interessa por Ele; Mt. 13. 10 – 16;
              • O conhecimento de Deus exige comprometimento com ele, não é um conhecimento especulativo. Só conhece Deus de fato quem se compromete com ele – Mt. 13. 23;
              • Podemos dizer que alguém está conhecendo a palavra de Deus quando ele está produzindo frutos de justiça e de santidade – Lc. 6. 43, 44a.

              sexta-feira, 8 de julho de 2011

              IGREJA E ESTADO, O DEBATE CONTINUA


              ESTADO LAICO SIM, SECULAR NÃO!

              Diz o tolo no seu coração: não há Deus (Salmo 14. 1).

              A discussão sobre o papel da igreja na formação do Estado, bem como, a influência do Estado na vida da igreja sempre foi delicada, e não raramente, apaixonada. Parece não haver uma solução fácil.

              Entretanto, algumas questões são bastante evidentes, entre as quais enumero:
              - O modelo de igreja proposto pelos evangelhos e pelo livro de Atos não vislumbra, em hipótese alguma, uma ingerência do Estado na Igreja (At. 5. 29);
              - A igreja primitiva sempre manteve clara separação entre as coisas do Estado (secular) e da Igreja;
              - A relação, neste primeiro momento, foi de independência e respeito (Fp. 3. 20 e I Tm.2. 1, 2);
              - Não percebemos, em momento algum, uma proposta evangélica no sentido de criar – se uma parceria, associação ou ligação entre a igreja e o estado (Mt. 22. 21);
              - A proposta de um estado sagrado remonta ao “Sacro Império Romano”, quando alguns teólogos católicos acreditavam que o cristianismo deveria dominar o mundo inteiro;
              - A reforma protestante não soube, neste aspecto, se desvencilhar do modelo romano, e muitos estados como Alemanha, Suécia, Suíça, Escócia e outros se tornaram Estados Religiosos, trazendo como conseqüências as chamadas “guerras santas”.

              Feitas estas considerações, percebemos que a idéia de um estado sagrado não é, biblicamente, aceitável, nem historicamente, recomendável. Sendo assim, a proposta mais viável seria um “Estado Laico”, entendido por muitos, como Estado Secular. Este modelo tem sido adotado pela maioria dos Estados ocidentais, como é o caso do Brasil.

              Entretanto, este modelo também não está imune a equívocos. Alguns países fizeram desta proposta laica uma represália contra toda manifestação religiosa, reprimindo, ideologicamente, a livre expressão de culto (como é o caso da França).
              Quando analisamos a palavra “laico”, que deriva de uma palavra grega “Laos” (Laikos) que significa povo, no sentido mais abrangente e universal possível (definição adaptada de http://www.laicidade.org/topicos/archives/). Deste vocábulo deriva a palavra portuguesa leigo, que é comumente entendida como o indivíduo não clérigo, sem investidura clerical.

              Acredito que, neste sentido, a palavra leigo (laico) não deve limitar seu significado apenas à questão religiosa, uma vez que a palavra grega “Laos (λαος) significa o povo, comumente designado, não privilegiando grupos ou etnias. Portanto, ser leigo é ser do povão, gente comum, sem privilégios políticos, econômicos ou religiosos. Ousaria dizer que ser leigo é não pertencer a elite dominante.

              Portanto, acredito que sinonimizar estado laico de estado secular não me parece apropriado. Uma vez que laico não é, exclusivamente, o contrário de sagrado conforme foi demonstrado.

              Acredito que a idéia de um estado secular traga, ideologicamente falando, uma proposta de tirar a presença da igreja, da religião e de Deus da vida social organizada. Sabemos que nenhum modelo governamental, nenhuma filosofia de vida, nenhuma ideologia produzida pela mente humana se revelou perfeitamente adequada ao longo dos séculos. Sendo assim, penso que, como comunidade cristã precisamos analisar o que está por detrás da proposta de um estado secular no Brasil.

              Minha última consideração é na forma de uma sugestão: diferenciar estado laico de secular. Porque sugiro isto? Porque no estado laico, considerando sua etimologia, a idéia é a de que o estado deve promover a liberdade religiosa, política e filosófica, enquanto no estado secular está presente a idéia de se expurgar os símbolos religiosos e minimizar as manifestações religiosas.
              Em breve, estaremos comentando sobre o “Estado Ateu”. Enquanto isto, quero a sua participação na forma de comentário...

              Um Abraço! Pr. José Roberto.

              terça-feira, 21 de junho de 2011

              IGREJA E ESTADO, QUEM É QUEM?

              IGREJA E ESTADO – INICIANDO UMA ABORDAGEM BÍBLICO-CRISTÃ.

              PARTE I

              Então lhes disse: daí, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus (Mt. 22. 21).

              A abordagem do tema “Igreja e Estado” deve ter, primariamente, um enfoque bíblico- cristão, se quisermos propor uma discussão relevante para o povo de Deus.

              A investigação histórica deve ser fomentada, sobretudo sob o viés da experiência cristã, entretanto, não deve determinar um juízo definitivo.

              Quando Jesus concorda com a idéia de pagar tributo ao império romano não está se colocando de forma tolerante e concessiva, mas de forma inteligente, e, legitimando a obrigação do estado de exigir uma contra-prestação pelos seus serviços oferecidos.

              Ainda que, no contexto, o império romano era um opressor, Jesus deixa claro que o Estado tem esta prerrogativa institucional (vide Romanos 13).

              Outra questão a ser colocada é que o Estado de alguma maneira representa um poder constituído pelo povo, ainda que por uma minoria (como nos sistemas totalitários).

              Diante disto, o estado não é um “agente independente e estranho”. Ele é, via de regra, produto de uma coletividade, por isto não devemos acreditar que a separação entre Igreja e Estado seja apenas uma questão legalista (definida por leis), mas que envolve aspectos religiosos e culturais.

              Partindo da idéia que o Estado não é um elemento extra-social, mas sim, um instrumento de organização da comunidade é que devemos tecer considerações sobre o papel da Igreja e do Estado.

              Mas antes de entrar na discussão precisamos definir também o que é a igreja. Aqui precisamos de estabelecer algumas diferenças na atribuição do termo “igreja”:
              • Igreja Universal: Comunidade dos salvos de todas as épocas em todos os lugares;
              • Igreja Militante: Comunidade daqueles que são salvos e que militam pela fé cristã;
              • Igreja Local: Congregação de membros (salvos e não salvos) que se reúnem num espaço físico;
              • Igreja Institucional: A organização Igreja regularmente constituída (com identidade jurídica).

              Sendo assim, o debate sobre Igreja e Estado precisa ser bem direcionado para que não estejamos discutindo sobre um Estado “socialmente independente” e uma “Igreja desconhecida”.

              Este artigo termina aqui, para que tenhamos espaço para sua participação.


              Aguardo o seu comentário. Capriche na escrita, ortograficamente correta, porque depois vamos publicar os comentários, ainda peço que limite seu comentário ao que foi proposto até aqui. Depois estenderemos o assunto. Estamos só começando!!! Um abraço – Pr. José Roberto



              terça-feira, 14 de junho de 2011

              SERMÃO

              Quando o profeta de Deus sente que nada mais pode ser feito.
              I Rs. 19: 13, 14
              “Ouvindo-o Elias, envolveu o rosto no seu manto e, saindo, pôs-se à entrada da caverna. Eis que lhe veio uma voz e lhe disse: Que fazes aqui, Elias?
              Ele respondeu: Tenho sido em extremo zeloso pelo Senhor, Deus dos Exércitos, porque os filhos de Israel deixaram a tua aliança, derribaram os teus altares e mataram os seus profetas á espada; e eu fiquei só, e procuram tirar-me a vida.”

              Introdução. Por vezes, o pastor sente que seu trabalho foi inútil. Todos os seus melhores esforços deram em nada. Percebe que suas palavras foram esquecidas, então ele sente que nada mais pode ser feito. Na leitura de Elias, o momento da vida da nação de Israel era profundamente negativo: Reis incompetentes, administrativamente, falando, como Acabe; Idolatria generalizada na religião e inimigos externos poderosos como a Síria. Uma nação frágil por dentro e por fora. Neste sentido, existe um momento, que nós, também,  sentimos que nada mais pode ser feito por aqueles que estão debaixo de nossa liderança.

              Mas porque isto acontece com os pastores e líderes?

              1- Porque achamos que nossos liderados estão apostatando da fé –  … e eu fiquei só...
              -         Elias enxergava somente a apostasia de Israel e não percebia mais a graça de Deus na vida do povo pecador;
              -         Há um momento em nossa caminhada cristã que nos tornamos profundamente pessimistas com relação ao futuro da igreja – Israel deixou a aliança...
              -          O pecado do povo não pode obscurecer a nossa visão de um Deus santo e poderoso – derrubaram teus altares – Deus não se torna menos santo pelo fato de não ser reverenciado...;
              -         Começamos a imaginar que somente nós estamos enxergando a verdade. Acreditamos que temos conhecimento completo da desastrosa situação. O que Elias falou era verdadeiro, mas ele não tinha conhecimento pleno dos fatos – I Rs. 19. 18

              2- Por que achamos que os perseguidores estão, cada dia, mais fortes – I Rs. 19. 15
              -         Muitas vezes acreditamos que os perseguidores do povo de Deus irão prevalecer sobre o povo de Deus – A síria era um poderoso inimigo, mas Deus disse: Volta o teu caminho para Damasco...;
              -         Não há inimigo forte na presença de Deus. Nenhum poder é exercido à margem do governo de Deus – Rm. 13. 1- os imperadores, na sua maioria eram inimigos do evangelho, mas eram ungidos por Deus...
              -         Há momentos que, como pastores, sentimos que o povo de Deus está sendo massacrado pelos inimigos. Devemos temer o nosso pecado, porque dos inimigos Deus cuida – unge a Hazael rei sobre a Síria...
              -         O pastor é chamado para ser profeta aos inimigos do povo de Deus – Moisés, Elias, Eliseu, Jeremias, Ezequiel, Daniel, Jonas,  etc; - … chegando lá, diga o que eu vou fazer, porque eu sou Senhor sobre os inimigos também...

              3- Porque, como profeta, podemos estar esgotados – I Rs. 19. 16
              -         A sensação de ser um único soldado na batalha poderá nos levar a exaustão – Elias estava esgotado física e emocionalmente – Síndrome de Burn; Elias estava além do estresse...
              -         Quando estamos extenuados nossos reflexos ficam afetados e nossa mente fica lenta. A liderança pode nos esgotar a ponto de perdemos a visão do Reino de Deus – Deus estava dizendo: Elias estou trabalhando em outras vidas. Deus não se cansa. Ele está sempre começando algo novo. Neste dia ele está começando algo na sua vida...
              -         Deus tem sempre um Eliseu para nos auxiliar. Aquele, que Deus envia para o nosso lugar, vai fazer mais do que nós...  não precisamos nos preocupar... 2 Rs. 2. 9 – Jo. 14. 12.

              Conclusão: Caríssimo irmão, a igreja não vai fechar porque o povo de Deus está perdendo o foco e os inimigos estão aumentando, ou porque sua geração está passando. A obra de Deus continua sempre. Prossiga seu caminho, conclua seu trabalho e Deus vai te abençoar grandemente.

              Parabéns aos pastores, obreiros e pregadores da palavra de Deus, neste dia!

              sexta-feira, 10 de junho de 2011

              UMA PALAVRA SOBRE MILAGRES


              O MILAGRE ACONTECE À MEDIDA QUE SE CAMINHA

              “E eles, tendo partido, pregaram em toda parte, cooperando com eles o Senhor e confirmando a palavra por meio de sinais, que se seguiam (Marcos 16.20).”

              Introdução: Os milagres atendem a um propósito de Deus. De tal sorte que eles acontecem dentro de uma maneira própria de Deus agir. Precisamos descobrir qual o caminho para o milagre. Apresentamos abaixo três considerações sobre o milagre.

              1- A MANEIRA DE DEUS AGIR NO UNIVERSO É DINÂMICA – MC. 16. 20
              - Os principais processos químicos e biológicos exigem movimento – as reações químicas exigem movimento e calor (de maneira geral);
              - Tudo que Deus criou aconteceu dentro de uma maneira dinâmica, o próprio universo está em movimento. ... Haja luz e houve luz...
              - Não há crescimento e progresso sem haver movimento – MT. 28. 19, 20
              - O poder de Deus é liberado em nossa vida á medida que entramos em atividade – At. 1. 8.

              2- O MOVIMENTAR-SE PERTENCE A NÓS, O REALIZAR O MILAGRE PERTENCE A DEUS – MC. 16. 3 , 4.
              - o caminhar é nosso, o remover a “pedra pesada” (que não agüentamos) pertence a Deus.
              - Os leprosos caminharam e experimentaram o milagre – Lc. 17. 11 – 14;
              - O cego foi curado quando se dispôs a entrar em movimento – Jo. 9. 6, 7
              - O mover-se pertence a nós, ainda que nossa jornada, aparentemente, tenha tudo para ser frustrante.

              3- A OBEDIÊNCIA PERTENCE A NÓS , O PODER PARA REALIZAR O MILAGRE PERTENCE A DEUS - II RS. 5. 10 - 14 –
              - O milagre não tem explicação, tem aceitação. Nem sempre o processo é razoável – ir ao rio Jordão não era razoável;
              - Não devemos criar um caminho para o milagre, devemos seguir o caminho das promessas de Deus – v. 10;
              - O milagre acontece dentro de uma dinâmica de Deus, cabe a nós participar dela. Nadando, correndo, pulando etc – v. 14
              - Deixe que Deus faça o que você não pode fazer, e não queira que Deus faça o que você pode fazer – Em Mc. 16. 1 as mulheres podiam fazer; em Mc. 16. 3 as mulheres não podiam fazer, Deus, então fez.

              terça-feira, 31 de maio de 2011

              UMA REFLEXÃO SOBRE FÉ

              PORQUE NÃO DEVO DEPENDER DE UM MILAGRE PARA CRER?


              TEXTO: LUCAS 10. 13


              “Ai de ti, Corazim, ai de ti, Betsaida! Porque, se em Tiro e em Sidom se fizessem as maravilhas que em vós foram feitas, já há muito, assentadas em saco e cinza, se teriam arrependido.”


              Introdução: A nossa geração futurista e tecnológica vive num mundo confuso. Virtualidade e realidade habitam a imaginação do homem moderno. A vida, considerada ideal, é onde se mistura a fantasia e a realidade. Os realitys shows são a grande coqueluche de nossa geração. Todos estão em busca do sobrenatural, do diferente, da novidade, do extraordinário.


              Observamos, também, que a igreja moderna se tornou extremamente dependente dos milagres para crer. Os crentes vivem fazendo testes, provas e pedindo sinais de Deus para crer em promessas que estão claras na Bíblia. Quero apresentar, nesta ocasião, três argumentos para explicar “PORQUE NÃO DEVO DEPENDER DE UM MILAGRE PARA CRER.

               
              1- PRIMEIRO: Por que a presença de milagres não é garantia de fé – Lc. 11. 13 – 16


              - A presença dos milagres nem sempre foi em função da fé do povo, muitas vezes, foi em função da falta de fé – (...) dez vezes me colocaram a prova (...) – Nm. 14. 22, 23;


              - Os lugares onde Deus operou milagres nem sempre respondeu com fé – foi assim no deserto, em Corazim, Betsaida, Cafarnaum (sede do ministério de Jesus); Lc. 10. 13;


              - A presença dos milagres, em algumas situações, pode ser uma atitude extrema de Deus para se fazer conhecido no meio de um povo incrédulo e de coração duro – Jo. 12. 37;


              - A geração que mais experimentou milagres, foi a geração de escravos recém – libertos do Egito, sendo que a maioria deles não recebeu aprovação de sua fé – I Co. 10. 1 – 4, 9 – Eles se tornaram viciados em milagres. Não conseguiam confiar somente na palavra de Deus (I Co. 10.9).





              2- SEGUNDO - Por que a fé bíblica não exige um milagre para crer – Gn. 15. 4, 5;


              - Abraão creu que teria uma multidão de filhos quando não podia ter nenhum filho. Crer na multidão de filhos depois que nascesse o primeiro era mais fácil, mas ele creu antes do milagre acontecer;


              - Deus realizou grandes obras na vida de pessoas que creram sem exigir nenhum sinal – Gn. 12. 1 – 4 – não houve sinais ou dicas de Deus para Abraão, apenas uma palavra;


              - A fé verdadeira é movida pela palavra, não pelo sinal visível – Rm. 10. 17;


              - A fé bíblica constrói a partir do nada. A ferramenta de criação é o poder da palavra de Deus– Hb. 11. 3. Os cientistas querem descobrir a origem da terra a partir do seu funcionamento (e o seu funcionamento é um milagre). Não vão descobrir, pois a terra deve ser compreendida a partir do seu criador, não a partir do que já está criado – Glória a Deus! – o que a Bíblia ensina é o seguinte: que ao contemplar a beleza e a harmonia da terra, devo perguntar quem a criou? Ou então indagar: como posso conhecer este criador tão grandioso e poderoso ? Rm. 1. 20.






              3- TERCEIRO: Porque quem exige um milagre para crer é imaturo ou incrédulo – Mt. 16 – 1-4


              - Os religiosos dos dias de Jesus (a igreja do velho testamento é representada principalmente pelos fariseus), pediam sinais não porque criam, mas exatamente porque eram incrédulos – será que é diferente em nossos dias?


              - Uma igreja, cuja membresia, depende de milagres para crer, atesta sua imaturidade ou sua incredulidade – Jo. 3. 1 – 3; Lc. 23. 8, 9;


              - A igreja que conhece, somente, o Jesus que opera milagres é uma igreja que poderá ser enganada pelo anti-cristo – 2 Ts. 2. 3, 9 -10;


              - A igreja deve entender que os milagres não são finalidades em si mesmas. O milagre é apenas um meio de Deus atrair o homem para si. Deus quer ser conhecido pelo seu amor, sua santidade e sua justiça, não apenas, como um Deus que opera milagres (Jo. 3. 16).






              Toda Glória a Deus!

              Pr. José Roberto - maio de 2011