quarta-feira, 22 de agosto de 2012



“Então seu senhor o levará aos juízes, e o fará chegar à porta, ou ao umbral da porta, e seu senhor lhe furará a orelha com uma sovela; e ele o servirá para sempre." (Êxodo 21:6).

Qual nosso nível de comprometimento com Deus?
O nosso discurso de comprometimento nem sempre corresponde ás nossas ações práticas. Como podemos aferir nosso comprometimento com Deus? Como saber até onde estamos comprometidos com Deus? Nosso comportamento na comunidade diz muito á respeito de nossas crenças e valores. Nossas declarações de fé ficam estampadas no cotidiano e repercutem nas praças, ruas e casas de nossa cidade, mesmo que nenhuma palavra tenha saído de nossos lábios.
Pensar de maneira prática no que somos e demonstramos no relacionamento com Deus exige certo esforço e humildade para admitir as contradições. Percebemos no texto de êxodo 21.6 uma gradação no comprometimento do servo com seu senhor. O servo na sua disposição de permanecer ao lado do seu senhor se dispõe a fazer isto de maneira legal (perante os juízes), de maneira pública (na porta da cidade) e de maneira cúmplice (ao furar suas orelhas).
Percebemos nestas ações uma vontade definida do servo em estar e permanecer com seu senhor. Nosso comprometimento com Deus deve percorrer também estas esferas: legalidade, publicidade e cumplicidade.
Não podemos ignorar o sistema legal da sociedade em que estamos inseridos, e sim, devemos nos valer dele para glorificar a Deus com uma vida sujeita ás autoridades constituídas (vide Romanos 13). Igualmente nossa aliança com Deus deve ser notória a todas as pessoas. Não devemos encobrir nossa religiosidade em favor de uma política de boa vizinhança, sacrificando valores da nossa fé.
Por fim, nosso compromisso com Deus deve nos expor (se preciso) à crítica e ao questionamento. Nossas “orelhas estão soveladas”, carregamos marcas indeléveis na nossa vida que não devem ser encobertas á visão dos céticos. Como disse o apóstolo Paulo: Desde agora ninguém me moleste mais, pois, carrego no meu corpo as marcas de Cristo (carta aos gálatas).
E aí, vamos avaliar nosso nível de comprometimento? 

Um abraço! Pr. José Roberto