sábado, 23 de março de 2013




QUAL A SUA ATITUDE DIANTE DO OUTRO?

TEXTO: LUCAS 10. 29 - 37
29 Ele, porém, querendo justificar-se, perguntou a Jesus: Quem é o meu próximo?
30 Jesus prosseguiu, dizendo: Certo homem descia de Jerusalém para Jericó e veio a cair em mãos de salteadores, os quais, depois de tudo lhe roubarem e lhe causarem muitos ferimentos, retiraram-se, deixando-o semimorto.
31 Casualmente, descia um sacerdote por aquele mesmo caminho e, vendo-o, passou de largo.
32 Semelhantemente, um levita descia por aquele lugar e, vendo-o, também passou de largo.
33 Certo samaritano, que seguia o seu caminho, passou-lhe perto e, vendo-o, compadeceu-se dele.
34 E, chegando-se, pensou-lhe os ferimentos, aplicando-lhes óleo e vinho; e, colocando-o sobre o seu próprio animal, levou-o para uma hospedaria e tratou dele.
35 No dia seguinte, tirou dois denários e os entregou ao hospedeiro, dizendo: Cuida deste homem, e, se alguma coisa gastares a mais, eu to indenizarei quando voltar.
36 Qual destes três te parece ter sido o próximo do homem que caiu nas mãos dos salteadores?
37 Respondeu-lhe o intérprete da Lei: O que usou de misericórdia para com ele. Então, lhe disse: Vai e procede tu de igual modo.


Introdução: Quem é o outro? O que ele significa para você? O outro é absolutamente estranho? Ele tem liberdade para participar da sua vida? Você inclui o outro nos seus planos? Há espaço neste momento para o outro ou sua vida ocupa todo o espaço? Vamos analisar hoje qual a minha atitude diante do outro.

Atitude 1 – EGOÍSTA – v. 31 – personagem 1 - sacerdote
- A frase passar de largo é significativa – no texto original dá a idéia de mudar de margem da estrada;
- Neste sentido, o outro não faz parte da minha agenda. O ferido não cabia na agenda do sacerdote... “coisas mais importantes o esperavam”
- O pensamento do egoísta é: Meu status quo não deve ser posto em risco pelo sofrimento de meu próximo;
- Minha violência é considerar que a vida do outro não é preciosa. O ladrão também pensava assim – v. 30;
- O egoísta não assume o próximo, senão, para usufruir dos seus bens – v. 30.

Atitude 2 - CORPORATIVISTA – v. 32 – personagem 2 - Levita
- A palavra também é um símbolo do corporativismo – os outros não fazem nada eu também não faço – o sacerdote não se importou e o levita idém;
- O corporativista só pensa no seu grupo de interesses. Não é capaz de se libertar das amarras e promover o bem do outro;
- O próximo só é próximo se pertencer a sua “panelinha” – o levita era religioso, mas o ferido não tinha aparência religiosa;
- Nossa formação, nossa profissão e nossa posição social não devem ser engolida pelos interesses do mercado. O mercado é criação nossa, ele não deve nos subjugar...


Atitude 3 – ALTRUÍSTA – v. 33 – Personagem 3 - Samaritano
- O altruísta não se guia somente pelo que ouve ou vê. Ele é capaz de consultar seu coração – aproximou, viu e teve compaixão – v. 33;
- Na agenda do altruísta há espaço para as necessidades do próximo – v. 34; Nenhuma atividade humana é digna se as necessidades do outro não forem consideradas;
- O altruísta não pensa no que o outro pode lhe oferecer, mas no que o outro está precisando. A primeira finalidade de toda profissão deve ser servir ao outro;
- O egoísta está sempre precisando, o corporativista está sempre politicando, mas o altruísta está sempre ajudando – cedeu montaria, recursos financeiros, tempo, apoio – v. 34, 35.

Conclusão: A minha atitude diante do outro demonstra que tipo de pessoa eu sou. Na minha jornada, os primeiros pensamentos não devem ser: Quanto será o meu salário? Quais as vantagens que o cargo me dará? Mas os meus primeiros pensamentos devem ser: Como posso ser útil? Onde precisam de mim? Como posso ajudar?