sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

UMA REFLEXÃO SOBRE A CONCORRÊNCIA RELIGIOSA

QUEM SÃO AS IGREJAS QUE BUSCAM A CONCORRÊNCIA?

Texto: I Rs. 12. 28
28  Pelo que o rei, tendo tomado conselhos, fez dois bezerros de ouro; e disse ao povo: Basta de subirdes a Jerusalém; vês aqui teus deuses, ó Israel, que te fizeram subir da terra do Egito!
29  Pôs um em Betel e o outro, em Dã.
30  E isso se tornou em pecado, pois que o povo ia até Dã, cada um para adorar o bezerro.
31  Jeroboão fez também santuários nos altos e, dentre o povo, constituiu sacerdotes que não eram dos filhos de Levi.
32  Fez uma festa no oitavo mês, no dia décimo quinto do mês, igual à festa que se fazia em Judá, e sacrificou no altar; semelhantemente fez em Betel e ofereceu sacrifícios aos bezerros que fizera; também em Betel estabeleceu sacerdotes dos altos que levantara.
33  No décimo quinto dia do oitavo mês, escolhido a seu bel-prazer, subiu ele ao altar que fizera em Betel e ordenou uma festa para os filhos de Israel; subiu para queimar incenso.

A igreja que busca a concorrência
Introdução: Acompanhamos, assustados, a concorrência religiosa no mercado da fé. Em tempos passados havia cooperação e comunhão, hoje vemos disputas pelos cristãos, como se eles fossem consumidores. Que perfil tem este tipo de religião que busca a concorrência e o estabelecimento como empresa no mercado?

1-    São igrejas que nascem no coração do homem – I Rs. 12. 28 – 30
·         Os bezerros de ouro eram criação humana. Uma religião que foi criada para satisfazer uma necessidade humana – dominação política (vide v. 27) – At. 8. 18
·         A sua teologia está baseada na imaginação humana. O bezerro era uma reedição do bezerro de ouro do deserto –
·         Estas igrejas usam estratégias de mercado. O mercado se estendia de Betel até Dã – de uma extremidade à outra...
·         É uma igreja que não tem revelação divina e bíblica, por isto busca orientação no mundo – a decisão foi baseada na palavra de conselheiros – v. 28 – observe que estas igrejas estão sempre criando inovações bizarras... (unção dos celulares com o óleo das boas novas).

2-    São igrejas que não se sujeitam à orientação das Escrituras – I Rs. 12.31;
·         Não se preocupam com a eclesiologia bíblica – o templo deveria ser em Jerusalém, mas Jeroboão construiu em Betel e em Dã– I Rs. 11. 36;
·         Não se preocupam em formar bíblica e teologicamente seus obreiros e, não se importam com a condição moral de seus obreiros.  São sacerdotes mundanos e incompetentes para o ministério – Nm 3. 10, Hb 5. 4;
·         O deus de suas pregações é manipulável e egoísta. Em vez de graça e perdão. Sacrifícios e ofertas – Hb. 10. 8.

3-    São igrejas que não conhecem o sagrado, mas vivem de imitações do mesmo – I Rs. 12. 32, 33.
·         O culto realizado é uma imitação do verdadeiro culto. Tem coisas do culto santo e do culto pagão – páscoa é santa, o bezerro de ouro é pagão - Lv. 23. 5 e I Rs. 12. 32 (igual a que fazia em Judá);
·         A liturgia destas igrejas é baseada no entretenimento da carne – festa, ajuntamento, alegria, reencontro, amizades etc – Rm. 8. 7, 8;
·         São igrejas que produzem um culto sincrético – misturas de várias crenças (roupas brancas e sal grosso do espiritismo, pulseirinhas abençoadas das religiões indígenas).


Conclusão: O misticismo é o caminho mais fácil para dominar as pessoas, porque não precisa de explicações. A competição por fiéis está associada à ideia de que quanto mais pessoas, mais abençoadas são as igrejas. A competição visa o prevalecimento sobre os demais concorrentes, por isto a perseguição, a intolerância, a disputa e as contendas entre estas igrejas.