sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

REFLEXÃO DE FIM-DE-ANO


ATÉ ONDE VAI A MILITÂNCIA IDEOLÓGICA CRISTÃ?
“Porque noutro tempo, éreis trevas, mas, agora, sois luz no Senhor; andai como filhos da luz (porque o fruto do Espírito está em toda bondade, e justiça, e verdade), aprovando o que é agradável ao Senhor. E não comuniqueis com as obras infrutuosas das trevas, mas, antes, condenai-as (Ef. 4. 8 – 11).”
Até onde devemos levar o debate ideológico acerca dos valores cristãos? Vale a pena lutar contra a cultura dominante do “povo da terra” (Nm. 33. 55)? Estaria Jesus interessado neste embate? Estas perguntas devem encontrar uma resposta sob pena de perdermos energia com uma batalha desnecessária, ou de sermos engolidos pela ideologia dominante.
Acreditamos que o cristianismo está muito ligado á palavra (logos), à apologia da fé (Jd 1. 3), portanto, o debate é inevitável. Agora, faz – se necessário definir em que esfera ele será desenvolvido.
Diante disto, resta á igreja definir seu papel ideológico e cultural no mundo. Nossa missão é cristianizar o mundo (cidade de Deus de Agostinho) ou confrontar a cultura do mundo (Rm. 12. 10)? A nossa apologia deve visar fortalecer os cristãos na sua fé ou debater academicamente a cultura mundana?
Pensamos que a proposta de cristianizar o mundo é inviável e, quem sabe, anti-bíblica, portanto, a pregação deve ter como foco a confrontação do sistema e, assim, ganhar alguns para Cristo, como fez Paulo no Areópago (At. 17. 16 - 34). Nossos primeiros esforços devem ser orientados para os cristãos que estão na igreja, ou seja, antes de ganhar os de fora, vamos ganhar os de dentro. Debater exaustivamente a cultura do mundo, no sentido de redirecioná-la para Deus, pode ser um caminho penoso e pouco produtivo, uma vez que a “ideologia dominante” trabalha com uma natureza pecaminosa e rebelde contra Deus, que já está estabelecida (I Jo. 5. 19).
A vitória sobre esta cultura mundana não é massificante, mas particularizante. O indivíduo que é alcançado com a pregação da cruz destrói para si a ideologia que partilhava nos dias de trevas (Ef. 2. 1 – 3).  A partir desta decisão particular de andar com Cristo ele (individualmente) prevalece sobre a cultura dominante.
A idéia de institucionalizar e acorrentar a cultura é descabida tanto para o estado quanto para a igreja, mesmo quando o estado é religioso. Exemplos na história não faltam, e o maior deles é o sacro império romano, que por força da política eclesiástica católica e da espada romana, resolveu aculturar o mundo pagão, de herança cultural grega, remixado pela religiosidade mística do oriente (babilônios e persas).
O resultado não podia ser outro, senão uma religiosidade dogmática, mística e sincrética.  Um dos grandes exemplos disto foi a cristianização de datas de festas pagãs, como a do deus sol, que era celebrada no dia 25 de dezembro e que tinha grande apreciação dentro do império romano e, que por força de decreto eclesiástico foi estabelecida como a data do nascimento do Salvador. Eis aí o natal, tão celebrado por nós, cristãos ocidentais. 
Por fim, concluímos ser necessária a reflexão sobre a validade da militância da igreja, no que concerne ao debate ideológico/cultural, bem como, no estabelecimento dos limites deste, porque somente assim teremos condições de nos posicionar adequada e inteligentemente na defesa de nossa fé.
Um abraço e, permita-me, sem um feliz natal!
Deus te abençoe!
José Roberto Limas da Silva



terça-feira, 20 de novembro de 2012



TEMA: COMO CONHECER A VONTADE DE DEUS?

TEXTO BÁSICO: LUCAS 24. 9 - 30

Introdução: Conhecer a vontade de Deus é o primeiro passo para a caminhada cristã. Se não conhecemos o que Deus quer de nós como podemos obedecê-lo. Se não sabemos como obedecê-lo, como podemos agradá-lo, ou seja, tudo começa com o conhecimento da vontade de Deus para nossa vida. Vamos aprender hoje como conhecer a vontade de Deus?

1-    Através do testemunho pregado – Lc. 24. 9 - 11
  •          O cristão precisa estar atento à pregação que está sendo feita no seu ambiente congregacional – Hb. 10. 24 – as mulheres foram as pregadoras escolhidas para aquele domingo...
  •        Deus sempre levanta as testemunhas certas para apresentarem a vontade de Deus para nossa vida – Moisés, Elias, João Batista, os apóstolos, Paulo, os pastores locais- no texto as mulheres trouxeram uma mensagem de Deus aos onze apóstolos (apongeloô);
  •        A fé é desenvolvida em nosso coração através da pregação. A leitura, a oração, o jejum não substituem a necessidade de ouvir a pregação – Rm. 10. 17;
  •       A pregação não é a única forma de se entrar em contato com a vontade de Deus, mas é uma das mais importantes – At. 2. 37.

2-    Através das circunstâncias  - Lc. 24. 12
  •    As circunstâncias associadas com a pregação fortalecem a nossa compreensão da vontade de Deus – Lc. 24. 12 e Jo. 20. 6 – 8;
  • ·         As circunstâncias podem ser, muitas vezes, entendidas como a confirmação da palavra pregada na igreja;
  •      As circunstâncias não determinam a vontade de Deus, olhadas isoladamente, mas associadas com a pregação é um indicativo muito importante da vontade de Deus – Am. 4. 6 – 8;
  •        As circunstâncias servem para indicar qual o crédito estamos dando à palavra que ouvimos – Jn. 1. 1 – 4.

3-    Através da meditação das Escrituras – Lc. 24. 22 – 27
  •        As Escrituras são a maior e mais importante fonte de revelação da vontade de Deus – Lc. 24. 25. Eles foram questionados por não terem associado o texto das Escrituras á pregação ouvida e as circunstâncias acontecidas;
  •       A pregação pode haver imperfeições, as circunstâncias podem ser mal interpretadas, mas a palavra de Deus é infalível – Jo. 10. 35;
  •         Ainda que a pregação esteja alinhada com as circunstâncias, mas se contrariar as Escrituras esta não é a vontade de Deus;
  •         A Escritura é a fonte de autoridade máxima para desfazer todas as dúvidas acerca da vontade de Deus – II Tm. 3. 16.

4-    Através da comunhão e da oração – Lc. 24.30, 31
  •     A oração e a comunhão vivificam nossa mente e nossa alma para conhecermos a vontade de Deus revelada na pregação, na leitura das circunstâncias e na meditação das Escrituras – Lc. 24. 30 – 32;
  •       Quando oramos, entramos em comunhão com o Deus que falou na pregação, que criou circunstâncias e que deixou a sua palavra escrita – Lc. 24. 30;
  •        A oração e a comunhão nos possibilitam a compreensão de verdades que foram ministradas ao nosso coração, mas que não foram compreendidas pela mente natural – Ef. 1. 16, 17;
  •      Quando estamos em oração e comunhão somos capazes de perceber o que estava diante dos nossos olhos, mas não havíamos compreendido – Lc. 24. 31 (epignosco – reconhecer, perceber o que está em volta).

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

495 ANOS DE REFORMA PROTESTANTE

Catedral do Castelo de Wittemberg (onde foi afixado as 95 teses)

REFORMA PROTESTANTE
1 -  CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Antecedentes históricos da reforma Protestante.
O cristianismo como religião começa na Judéia, na cidade de Jerusalém, sendo que a primeira igreja cristã é sediada em Jerusalém. O cristianismo só se espalha pelo mundo através das viagens missionárias do apóstolo Paulo, atingindo todo o império romano.
Devemos considerar que o mundo desta época é politicamente Romano e culturalmente Grego. Outra consideração importante é que somente a partir do ano ano 70 D. C, com a destruição de Jerusalém, a igreja cristã desloca seu eixo de influência para outras cidades, como Alexandria no Egito, Eféso na Ásia e Roma na Europa.
Durante os três primeiros séculos o cristianismo é considerado como religião fora da Lei, embora goze de alguns momentos de tranquilidade. Sendo que a perseguição efetiva do estado romano acontece de 285 D. C a 311, quando o estado legisla para prender os cristãos, queimar cópias das Escrituras e, em alguns casos, levá-los a pena capital. Somente a partir do edito de tolerância de Constantino – 313 o cristianismo adquire liberdade de culto. Ato contínuo, o cristianismo se torna então em seguida religião oficial do império – daí o termo católico (universal).
Com a institucionalização do cristianismo, a igreja preponderante que antes era grega, agora é romana, e em 382 a primeira bíblia em Latim é traduzida por Jerônimo, “a Vulgata Lectio” (Edição Popular). E durante mais de 1000 anos esta foi a única tradução adotada pelos católicos (até o século XV).
Não obstante, a destruição do Império Romano do Ocidente em 476 e a formação dos estados Europeus, a Vulgata continuou sendo a única tradução usada pela igreja cristã. É Importante anotar, também, que a igreja cristã (católica) sobrevive à destruição do Império Romano e se alia ao Santo Império Romano- germânico, agora fragmentado em diversos países (França (Francos), Itália (Lombardos), Anglos e os saxões (Inglaterra) etc.
Outro incidente histórico digno de nota é a separação da igreja grega (ortodoxa) da igreja romana, no século XI, rompendo com o governo do papa sobre ela. Em 1453 cai, também, o império romano do oriente se tornando uma possessão turca (a religião dominante passa a ser islâmica).
Chegando ao século XV, a religião cristã européia (catolicismo) é fortemente aliançada com o poder político. Ela não existe à margem do Estado, ela coroa reis, ela depõe reis, ela luta contra os reis. O governo não é independente, nem a ciência, nem as artes, nem a música, nem a literatura. A igreja domina sobre tudo e sobre todos.
Outro aspecto interessante, e que a religião é fortemente supersticiosa e os fiéis são dependente da orientação dos eclesiásticos (clero). Não há liberdade de culto. A igreja determina no que o fiel deve crer. Nesta época não existem traduções bíblicas nas línguas pátrias, embora o latim se torne ultrapassado e a maioria da população do império tinha seus próprios dialetos. Neste estado de coisas, qualquer tentativa de traduzir a Bíblia era passível de excomunhão, taxação de herege e, não raro, de morte.

2- PRECUSSORES DA REFORMA PROTESTANTE
·                     Nos arredores da igreja:
Na verdade, desde o século III (primeira citação em 225 D. C) já temos notícias de grupos reformadores, como os Anabatistas, que tinham uma postura bastante radical em relação a sua crença, não admitindo o batistmo de crianças, nem a participação de cristãos na guerra. Também eram fervorosos defensores da verdade bíblica, não se sujeitando á religião institucional romana, nem ao papado. São considerados como um grupo que influenciou, fortemente, a Reforma Protestante.
Existia, também, outros grupos de cristãos descontentes com a ação da igreja romana como os Valdenses, que eram liderados por Pedro Valdo, que traduziu a bíblia para a linguagem popular no século XII, mas foi perseguido e excomungado. No século XIV Jhon Wiclif, na Inglatera, propôs uma volta ao cristianismo primitivo, e em 1320, traduziu a Bíblia para o inglês, tendo os seus escritos queimados e os seus restos mortais desenterrados e queimados, uma vez que já era falecido.

·        Fora da igreja:
No século XIV com a Renascença alguns paradgmas começaram a ser propostos e a religião dominante começa a ser questionada. Uma nova forma de ver a ver o mundo é inaugurada: o teocentrismo por antropocentrismo, estudo das obras clássicas, nova visão da arte e da ciência. Leonardo da Vinci (na música, arte, ciência, engenharia etc). Erasmo de Roterdã na visão humanista – traduziu o novo testamento grego dando origem para as modernas traduções.

·        Dentro da igreja Romana
Jhon Huss: Outro pré - reformador foi Jhon Huss (1369 – 1415), padre tcheco, que defendia o livre sacerdócio do crente e o acesso desimpedido às Escrituras, sem o filtro hermenêutico de Roma. Suas atitudes foram taxadas de rebeldia, foi excomungado em 1410 e queimado vivo em 1415, numa estaca.

Martim Lutero: Nascido em 1483 – monge agostiniano depois professor de teologia. Estudioso dedicado das escrituras e questionador do sistema religioso da época. Um reformador dos costumes da igreja. Seu grande questionamento foi as indulgências, sobretudo as indulgências exorbitantes para a construção da basílica de S. Pedro. Entretanto, seu maior conflito com a igreja católica foi com a doutrina da salvação pela fé e não meritória (Efésios 2. 8). As indulgências, na verdade, só afirmavam o caráter meritório da salvação. Este foi o motor da reforma Protestante:
Outras bandeiras da reforma:
·         O fiel deve ter seu próprio sacerdócio, ou seja, pode ler e estudar as escrituras livremente;
·         A Bíblia deve ser na língua do cristão;
·         A mediação pertence somente a Cristo;
·         A Bíblia é a autoridade máxima e não o papado;
·         A salvação é individual e não mediante a igreja.

3- REFORMA PROTESTANTE
A reforma é deflagrada com as 95 teses de Lutero em 1517, rejeitando vários dogmas romanos. Reforma esta que é confirmada pela não retratação de Lutero em 1521 reafirmando sua crença na Bíblia, sua negação da autoridade da tradição da Igreja, sendo por isto, excomungado da igreja católica. A partir daí Lutero é um fora-da-lei no império tendo sua vida em risco e, diante disto, com a cobertura do príncipe Frederico da Alemanha, exila – se no castelo wartburgo, onde faz a tradução da Bíblia para o alemão.
·         Desdobramento da Reforma:
Com a ausência de Lutero a Alemanha fervilha, a Suíça adere e mais tarde o Reino Unido (inglaterra, Escócia, Irlanda), Holanda, Hungria e Bélgica. Nesta fase da reforma, os países aderentes não conseguem estabelecer separação entre estado e igreja, trazendo grandes conflitos políticos na Alemanha e Suíça, principalmente. O mapa da Europa é redesenhado e Itália, Espanha, Portugal e depois França se posicionam em favor do catolicismo romano.
Além de Lutero, temos como principais reformadores: Zuinglio (Suiça), Jhon Knox (Escócia) e mais tarde João Calvino. As igrejas passam a ser chamadas de protestante, sendo chamada na  Alemanha passa de Luterana; Na Suiça chama-se Presbiteriana ou Calvinista, Na inglaterra é Anglicana, depois surgem os Batistas e metodistas.

4- CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como conclusão podemos afirmar que:
·         A reforma foi uma proposta cristã não uma proposta dos protestantes;
·         Os protestantes são consequência e não causa da reforma;
·         A reforma nasceu no coração piedoso daqueles que não concordavam com a forma da igreja caminhar;
·         Toda instituição humana carece de reformas e mudanças. A Bíblia está acima da instituição seja ela católica ou protestante;
·         A igreja precisa de reformadores de tempo em tempos;
·         A leitura da Bíblia opera a verdadeira reforma que todo ser humano precisa – 2 Tm. 3. 16;
·         Toda mudança global tem dimensões políticas, religiosas e sociológicas.
(Conteúdo adaptado de aula ministrada na UNIPAC pelo Pr. José Roberto Limas da Silva).

terça-feira, 2 de outubro de 2012


IX ENCONTRO ÁGAPE

Entendemos pela Bíblia e pela história do povo de Deus que há momentos de “encontros, reencontros e relacionamentos”. Cada experiência tem suas características próprias. Neste IX Encontro Ágape pudemos vislumbrar, pela revelação de Deus, que precisamos mais do que um encontro com Deus, e mesmo depois do reencontro ainda não teremos alcançado a maturidade que precisamos. Somos desafiados a vivermos um relacionamento sólido e comprometido com Deus. Abaixo segue esboço das três mensagens pregadas nos dias 22 e 23 de setembro de 2012, seguem, também, fotos de momentos de descontração, comunhão e lazer do IX Encontro Ágape.


                                         ( Atenção está começando o IX Encontro Ágape!!!)


QUAIS SÃO AS CARACTERÍSTICAS E OS PROPÓSITOS DE UM ENCONTRO?
TEXTO: JOÃO 4. 5 - 10
5  Chegou, pois, a uma cidade samaritana, chamada Sicar, perto das terras que Jacó dera a seu filho José.
6  Estava ali a fonte de Jacó. Cansado da viagem, assentara-se Jesus junto à fonte, por volta da hora sexta.
7  Nisto, veio uma mulher samaritana tirar água. Disse-lhe Jesus: Dá-me de beber.
8  Pois seus discípulos tinham ido à cidade para comprar alimentos.
9  Então, lhe disse a mulher samaritana: Como, sendo tu judeu, pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana (porque os judeus não se dão com os samaritanos)?
10  Replicou-lhe Jesus: Se conheceras o dom de Deus e quem é o que te pede: dá-me de beber, tu lhe pedirias, e ele te daria água viva.

Introdução: A narrativa fala de um encontro. É um encontro com características diferenciadas: Jesus, uma mulher, uma fonte de água, um lugar deserto. Era meio dia, os discípulos não estavam presentes. A mulher estava sozinha.  Duas realidades se encontrando: O filho de Deus e a filha dos homens. Céus e terra se encontram sob um sol de meio dia. Este é um encontro que merece nossa atenção. Vamos analisar quais as características deste encontro e qual o propósito de Deus com este encontro:

1-    O encontro é sempre uma oportunidade v- 5 - 10
·         A idéia do encontro é uma idéia de Deus. Estar com as pessoas, estar com Deus é um projeto do Pai – não é bom que o homem esteja só;
·         Jesus se auto-limitou para possibilitar o encontro – cansado, sedento e ausente da glória – v. 6 – Fp. 2. 5 – 8;
·         A oportunidade de estar com as pessoas é uma forma de sobrevivência emocional e espiritual do homem – a mulher tinha a chave para a sobrevivência física, mas não tinha a chave para a sobrevivência emocional e espiritual – v. 10;
·         O encontro é uma oportunidade de nos apresentar desarmados e acessíveis – v. 9.

2-    O encontro é sempre uma novidade – v. 9 – um judeu e uma samaritana...
·         As circunstâncias do encontro eram, absolutamente, novas. Local, pessoas e horário – o encontro é assim: surpreendente;
·         Deus cria coisas novas para nos encontrar – Is. 35. 5 – 9;
·         O encontro estava revestido de situações novas: Deus na pele de um judeu cansado e com sede, uma mulher samaritana solitária e infeliz – v. 6, 7;
·         O encontro é sempre imprevisível e Deus nos impacta com uma situação que foge ao nosso controle – Ex. 3. 2 – 4.

3-    O encontro é, quase sempre, uma casualidade – v. 6, 7 – Jesus assentado, eis que surge uma mulher...
·         O acaso humano pode ser um projeto de Deus para nos abençoar com uma vida mais significativa – v. 10 – existia um presente (dom);
·         A casualidade é uma estratégia a serviço de Deus para nos introduzir numa nova caminhada – Rt. 2. 3 – 8;
·         Precisamos interpretar os acasos da vida com inteligência e nos valer deles para vivermos uma vida para a glória de Deus – Rm. 8. 28 – todos os acasos cooperam para o bem...;
·         A casualidade proporcionou a mulher samaritana um encontro revelador – v. 16 – 19 – Jesus se revelou a Ela, e Ela se revelou a Jesus.

                                                                      (o dono da bola chegou!!! Pausa para o lazer.)

CARACTERÍSTICAS E PROPÓSITOS DO REENCONTRO

Texto 1: Jo. 4. 29, 30
29 Vinde comigo e vede um homem que me disse tudo quanto tenho feito. Será este, porventura, o Cristo?!
30 Saíram, pois, da cidade e vieram ter com ele.

Texto 2:  Lc. 17. 11 - 16

11 De caminho para Jerusalém, passava Jesus pelo meio de Samaria e da Galiléia.
12  Ao entrar numa aldeia, saíram-lhe ao encontro dez leprosos,
13  que ficaram de longe e lhe gritaram, dizendo: Jesus, Mestre, compadece-te de nós!
14  Ao vê-los, disse-lhes Jesus: Ide e mostrai-vos aos sacerdotes. Aconteceu que, indo eles, foram purificados.
15  Um dos dez, vendo que fora curado, voltou, dando glória a Deus em alta voz,
16  e prostrou-se com o rosto em terra aos pés de Jesus, agradecendo-lhe; e este era samaritano.
                                                                                     

1-    O REENCONTRO É FRUTO DE UMA ESCOLHA – Jo. 4. 29
·         No Reencontro eu escolho estar na companhia de Jesus – Lc. 17. 11 – 16;
·         No reencontro eu assumo publicamente o desejo de estar com Jesus – Jo. 4. 29;
·         O reencontro é uma oportunidade que eu crio para mim mesmo, a fim de me encontrar com Jesus;
·         No reencontro eu atuo ativamente no sentido de favorecer a aproximação minha e a de outros.

2-    O REENCONTRO É A MINHA RESPOSTA AO ENCONTRO – Lc. 17. 15
·         O reencontro demonstra a minha gratidão – Lc. 17. 15 – um dos ex leprosos julgou necessário voltar para reencontrar com Jesus;
·         No reencontro eu não estou em busca dos dons, mas estou oferecendo a Deus daquilo que já recebi – Lc. 17. 15, 16;
·         O reencontro é o sinal de que, de fato, eu entendi o encontro – Jo. 4. 29. 30;
·         No encontro eu conheço o sentimento de Deus a meu respeito, no reencontro eu expresso o meu sentimento em relação a Cristo.

3-    O REENCONTRO NÃO É CASUAL, MAS INTENCIONAL – Lc. 17. 15, 16
·         O encontro pode ser casual, mas o reencontro nunca – o ex leproso teve a intenção de voltar – Lc. 17. 15;
·         O acaso não proporciona reencontros, mas a atitude do coração que determina o reencontro;
·         No reencontro eu defino o local e o momento do encontro – Jo. 4. 30;
·         O Reencontro não é obra do acaso, mas fruto de uma reflexão e um desejo de estar novamente com Jesus.

                                                (Corra que o lanche foi servido!!!)

              (Irmãos de Barreiro Vermelho, Dolabela, Jequitinhonha e Guaraciama numa pose especial para o jornal Ágape)
                                                                 (Momento do culto)

CARACTERÍSTICAS DO VERDADEIRO RELACIONAMENTO
TEXTO: Jo. 6. 66 – 69
66 À vista disso, muitos dos seus discípulos o abandonaram e já não andavam com ele.
67 Então, perguntou Jesus aos doze: Porventura, quereis também vós outros retirar-vos?
68 Respondeu-lhe Simão Pedro: Senhor, para quem iremos? Tu tens as palavras da vida eterna;
69 e nós temos crido e conhecido que tu és o Santo de Deus.

Introdução: Há um tempo para o encontro com Deus, há também um tempo para o reencontro com Deus. Mas não há um tempo para medir o relacionamento com Deus. O encontro e o reencontro têm tempo para começar e terminar. O relacionamento com Deus foi feito para começar e nunca terminar, por isto não pode ser medido pelo tempo. O que podemos é analisar quais são as características do verdadeiro relacionamento com Deus.

1-    O relacionamento com Deus é comprometedor – Jo. 6. 66
·         Encontrar- se com Deus ou reencontrá-lo religiosamente não compromete ninguém ;
·         No relacionamento não basta encontrá-lo ou reencontrá-lo, é preciso segui-lo o tempo todo – muitos dos discípulos haviam encontrado com Jesus, mas neste momento eles não queriam se comprometer com Jesus v- 66;
·         No relacionamento podemos ser confundidos com Jesus é isto é muito perigoso – At. 11. 25, 26 – os cristãos eram considerados pelo império como ateus, foras da lei e perturbadores da paz social;

2-    O relacionamento com Deus é aberto e franco – Jo. 6. 67
·         O relacionamento depende de franqueza e sinceridade – v. 67;
·         O relacionamento com Deus não tem medo de verdades constrangedoras – Jo. 6. 70;
·         No relacionamento a segurança não é dada pelas virtudes ou pelas facilidades mas pela sinceridade – não prometeu multiplicar pão, não prometeu facilidades, mas ofereceu apenas sua pessoa (minha carne e meu sangue).

3-    O relacionamento com Deus é exclusivista – Jo. 6. 68
·         No Relacionamento com Deus não existe espaço para outras opções – Mt. 6. 24;
·         O relacionamento não é uma tentativa de fazer as coisas darem certo – Ele só existe a partir do momento que temos a certeza de vai dar certo – se alguém tem alguma dúvida de que o casamento pode dar certo, não deve casar. O casamento não tem uma saída de emergência;
·         No relacionamento com Deus há possibilidade de administrar fracassos. Toda desistência trará consigo desastres – Lc. 9. 62.
·         O encontro não é eterno, o reencontro não é eterno, mas o relacionamento é eterno – Jo. 5. 24

Momento do louvor