segunda-feira, 1 de junho de 2015

Como a igreja evangélica pode produzir cultura na terra brasileira?
TEXTO: JOSUÉ 15. 16, 17
16  Disse Calebe: A quem derrotar Quiriate-Sefer e a tomar, darei minha filha Acsa por mulher.
17  Tomou-a, pois, Otniel, filho de Quenaz, irmão de Calebe; este lhe deu a filha Acsa por mulher.

Introdução: O relato bíblico fala de um período de instalação da nação israelita na região de Palestina, em que era dominada pelos cananeus, que possuía uma estrutura social, política, religiosa e cultural totalmente diferente dos hebreus. Para Israel era o momento de conquista, de tomar posse da terra que Deus lhe prometeu. Era o momento de construir uma nova história. Uma experiência parecida acontece com a igreja evangélica brasileira, que se vê diante do desafio de ocupar espaços na política, na educação, na cultura de nosso país. Ocorre que acostumamos a desconstruir a cultura religiosa romana, a criticar o modelo político brasileiro e a questionar a estrutura educacional que privilegiava a igreja católica. E agora qual a nossa proposta para a política, para a educação, enfim, para a cultura brasileira?

1-    TER UMA ATITUDE CONSTRUTIVA E NÃO DESTRUTIVA.
·         Não desprezar as conquistas culturais e científicas que vieram antes de nós – Ex. 18. 18, 19 – Jetro era um homem instruído, capaz e visionário – Moisés ouviu o que ele tinha a dizer – aprendeu sobre democracia representativa – liderança compartilhada. Diferentemente dos regimes do Islã que põem fogo nos redutos culturais e religiosos dos cristãos;
·         Não destruir a identidade cultural, mas redirecioná-la. A alegria, a improvisação, a criatividade, a emoção são características do povo brasileiro e não devem ser destruídas. O carnaval, as festas folclóricas são tentativas profanas de expressar esta alegria. Podemos expressar alegria sem sermos vulgares ou ofensivos a Deus;
·         As estratégias do passado não servem para o novo momento da igreja. A igreja que vivia em guetos, em recantos, em ambientes fechados precisa, agora, mostrar a cara no espaço público – Josué 11. 13. Não é tempo de queimarmos a cultura, mas apresentarmos alternativas;
·         É o tempo de conquistar os espaços acadêmicos pela competência e não pela imposição religiosa – Js. 15. 15, 16 - As cidades da planície eram fáceis de queimar, mas Quiriate Sêfer (cidade dos livros) era uma cidade na montanha e,  uma cidade na montanha, não era prudente queimar;
·         A cidade dos livros (a sociedade do conhecimento) não é para ser queimada, mas conquistada com inteligência e destreza. Se queimarmos a cidade da montanha, será destruída a nossa sobrevivência cultural – campos e florestas serão destruídos com a cidade;
·         Queimar a história só porque não gostamos dela, não vai mudá-la. Precisamos dar um novo prosseguimento, aproveitando as coisas boas que estão presentes – Atos 17. 22, 23 – o país nosso é muito bom, nosso povo é maravilhoso, só precisamos conduzi-los por um caminho seguro – Não devemos esquecer-nos de exemplos da história como a biblioteca de Alexandria, que era a maior do mundo – do século III A. C ao século V depois de Cristo – continha mais de 400.000 rolos de papiro (filosofia, direito, matemática, astronomia etc), mas tudo isto foi destruído, segundo a tradição, por um árabe que não queria concorrência com o alcorão. Outras fontes indicam um imperador Romano;
·         Queimar ou destruir uma cultura é característica de quem não tem nada melhor a oferecer. As cidades montanhosas exigiam um esforço a mais para conquistá-las, pois, possuíam bosques densos, feras no seu interior e as cidades possuíam gigantes – Js. 17. 14, 17, 18;
·         A cultura brasileira tem gigantes na literatura, como Machado de Assis, Jorge Amado e Paulo Coelho – autor vivo mais traduzido no mundo inteiro – já vendeu 174.000.000 (alquimista 72 idiomas) de exemplares. Qual nossa produção literária? Grandes Best Sellers americanos são de procedência evangélica – I Co. 2. 6 – As crônicas de Nárnia do escritor inglês C. S Lewis vendeu 120.000.000 em 41 idiomas, sendo uma ficção evangélica de sucesso mundial;
·         Quiriate Sefer é um tipo de cidade dotada de sabedoria e depósitos de conhecimento. Assim, também, a cultura secular é bem estruturada e de difícil penetração para o cristão, mas nos temos estratégia e armas para conquistar estes redutos – 2 Co. 10. 4, 5.


Conclusão: É o tempo de produzirmos cultura religiosa, literária, artística, educacional e política para o nosso país. Que Deus nos ajude! Amém!


Mensagem pregada pelo Pr. José Roberto Limas da Silva na Igreja Batista Nova Vida em  17 de agosto de 2014.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Faça o seu comentário. Ele é bem vindo!